O Museu Gustave Moreau (em francês, Musée Gustave Moreau) é um museu de arte localizado no 9º arrondissement de Paris, uma zona de grande interesse cultural. Aliás, o próprio museu está instalado na antiga casa e estúdio do pintor francês Gustave Moreau!
O rés-do-chão do Museu Gustave Moreau expõe obras de épocas diferentes da sua carreira, enquanto que o primeiro piso corresponde ao apartamento onde o artista viveu com os pais. Já o segundo e terceiro andares do edifício são o atelier, onde podes admirar os seus trabalhos mais conceituados!
Por isso, queres saber mais sobre o Museu Gustave Moreau: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024? Continua a ler!
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Breve História do Museu Gustave Moreau
Ao contrário da grande maioria dos museus, o Museu Gustave Moreau foi cuidadosamente pensado pelo homem que lhe deu o nome. Influenciado por sucessivas perdas de entes queridos, Gustave Moreau idealizou um lugar onde poderia eternizar a sua vida e obra na década de 1860.

Adquirido por Louis e Pauline Moreau em 1852, o número 14 da Rue Catherine de la Rochefoucauld foi reabilitado como uma casa-museu em 1895 pelo arquiteto Albert Lafon, a pedido do próprio Gustave Moreau. E foi assim que as suas mais de 14 000 obras (desenhos, pinturas, aguarelas, gravuras, esculturas, etc.) encontraram uma residência permanente!

A 10 de setembro de 1897, menos de um ano antes da sua morte, Gustave Moreau legou o edifício e todo o seu conteúdo ao Estado Francês. E em 1903, o novo monumento e instituição abriu as suas portas ao público como Museu Nacional Gustave Moreau!
Como Chegar ao Museu Gustave Moreau
O Museu Gustave Moreau fica no número 14 da Rue Catherine de la Rochefoucauld, uma rua cujo nome homenageia uma freira e abadessa francesa. E daqui, estás perto de outro pontos de interesse, como o Museu da Vida Romântica (a 450 metros), a Grande Sinagoga de Paris (a 450 metros), o Palais Garnier (a 1 km) e o Museu Grévin (a 1,2 km).
Devido à sua excelente localização no 9º arrondissement de Paris, o Museu Gustave Moreau é servido por vários tipos de transportes públicos: metro (linha 2, estação Pigalle; ou 12, estações Trinité – d’Estienne d’Orves ou Saint-Georges) e autocarro (linhas 26 ou 43, paragem Trinité; ou 40 ou 74, paragem Saint-Georges).
Horários de Abertura & Preços de Bilhetes
O Museu Gustave Moreau está aberto de quarta a segunda-feira, das 10:00 às 18:00, sendo que as salas fecham 15 minutos antes. Além das segundas-feiras, o Museu Gustave Moreau encerra nos feriados de 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro.
DICA: Nos oito dias seguintes à tua visita, tens direito a um bilhete de tarifa reduzida para o Museu de Orsay, Museu da Vida Romântica, Museu Guimet, Museu Jean-Jacques Henner e Palais Garnier, se apresentares o teu bilhete do Museu Gustave Moreau (e vice-versa)!
No que diz respeito a bilhetes, estes custam 7€ (tarifa normal) ou 5€ (tarifa reduzida), enquanto que os menores de 18 anos e os menores de 26 anos residentes na União Europeia não pagam entrada. Mas podes consultar todas as informações práticas no site oficial do Museu Gustave Moreau!
DICA: No primeiro domingo do mês, a entrada no Museu Gustave Moreau é gratuita para todos – mas não te esqueças de reservar o teu bilhete com antecedência!
O Que Ver no Museu Gustave Moreau
“Les Prétendants”
“Os Pretendentes” (em francês, “Les Prétendants”) é uma pintura a óleo sobre tela, que Gustave Moreau começou em 1852, mas que nunca chegou a concluir. Tudo o que se sabe é que o quadro adquiriu a dimensão atual em 1882, quando o artista acrescentou tiras de tela, ainda hoje visíveis!

Com mais de três metros de largura e comprimento, “Os Pretendentes” é uma das obras mais monumentais de Gustave Moreau e uma das pinturas mais impressionantes do Museu Gustave Moreau! E o quadro é uma imagem fiel do Canto XXII da “Odisseia”, o poema épico de Homero.
“Les Chimères”
“As Quimeras” (em francês, “Les Chimères” é uma pintura a óleo sobre tela, que Gustave Moreau assinou em 1884. E à semelhança d’ “Os Pretendentes”, este quadro de grandes dimensões – mais de dois metros de largura e comprimento – nunca foi terminada.

“As Quimeras” inspira-se em “Crocifissione e apoteosi dei diecimila martiri del monte Ararat” de Vittore Carpaccio, em exposição na Gallerie dell’Accademia, em Veneza. Curiosamente, a obra parece mais uma tapeçaria medieval do que uma pintura, devido ao uso de tons suaves e desenho refinado!
“Jupiter et Sémélé”
“Júpiter e Sémele” (em francês, “Jupiter et Sémélé”) é uma pintura a óleo sobre tela, encomendada pelo mecenas e colecionador de arte Léopold Goldschmidt em 1889 e acabada em 1895. Considerada uma das obras-primas de Gustave Moreau, é vista como um dos maiores exemplos do Simbolismo.

Baseado na mitologia greco-romana, “Júpiter e Sémele” retrata Júpiter (ou Zeus) em esplendor divino, o que provoca a morte da sua amante Sémele, uma jovem mortal. Também estão presentes na cena Baco (ou Dioniso), Fauno (ou Pã) e Trivia (ou Hécate), entre outros personagens.
“Vie de l’humanité”
“Vida da humanidade” (em francês, “Vie de l’humanité”) é um políptico a óleo sobre madeira, composto por nove painéis retangulares dispostos encimados por uma luneta semicircular, que ilustra a redenção de Jesus Cristo. E al como o título sugere, esta obra de 1886 descreve as fases da vida humana.

A primeira fila é dedicada à idade de ouro personificada por Adão, símbolo da infância pura, enquanto que a segunda diz respeito à idade de prata, a juventude conturbada encarnada por Orfeu. Por último, a idade de ferro concretiza-se com Caim, espelho da maturidade dolorosa.
“Promethée”
“Prometeu” (em francês, “Promethée”) é uma pintura a óleo sobre tela, que celebra o titã da mitologia grega Prometeu. Gustave Moreau exibiu a obra no Salão de Paris de 1868, no mesmo ano em que a datou, só que o quadro foi rejeitado pela crítica.

“Promoteu” evoca o momento em que uma grande águia devora o seu fígado, depois de ter sido acorrentado a uma rocha no topo da cordilheira do Cáucaso. A sentença fora imposta por Zeus, como castigo por ter roubado o fogo dos deuses para o oferecer aos humanos.
“Les Licornes”
“Os Unicórnios” ou “Os Licórnios” (em francês, “Les Licornes”) é uma pintura a óleo sobre tela, à qual Gustave Moreau nunca adicionou uma data. E apesar da obra ter sido encomendada pelo mecenas e colecionador de arte Edmond de Rothschild, o artista nunca a entregou ao seu comprador!

O tema é uma alusão às seis tapeçarias d’ “La Dame à la licorne”, que são parte da coleção do Museu de Cluny (ou Museu Nacional da Idade Média). E para executar esta composição, Gustave Moreau misturou motivos ornamentais medievais com elementos decorativos renascentistas.
Sala de Receção
Como referi na introdução, o primeiro andar do Museu Gustave Moreau é composto por uma série de divisões, que acomodaram Gustave Moreau e a sua família. Hoje, este “museu sentimental” reflete o pensamento simbolista, evocando memórias e eternidade em vez da vida quotidiana.


A Sala de Receção (em francês, Cabinet de Réception) conserva os estudos que Gustave Moreau fez a partir dos antigos mestres, quer no Museu do Louvre, quer em Itália. E a biblioteca abriga edições dos séculos XVI e XVII de tratados de arquitetura, bem como a coleção de antiguidades do seu pai!
Sala de Jantar
Esta visita ao primeiro andar do Museu Gustave Moreau continua na Sala de Jantar (em francês, Salle à Manger), que está decorada com reproduções fotográficas das pinturas mais significativas do artista e gravuras de outros mestres.


Ao mesmo tempo, as peças de mobiliário que preenchem o espaço são verdadeiras obras-primas da marcenaria. E as cerâmicas sumptuosas que vês nas fotografias – típicas do Segundo Império Francês – foram colecionadas pelo seu pai, Louis Moreau!
Quarto
A próxima paragem no primeiro andar do Museu Gustave Moreau é o Quarto (em francês, Chambre à Coucher), que era a antiga sala de estar da mãe do pintor, Pauline Moreau. Aqui, não há espaço livre nas paredes, tal é a quantidade de retratos de família desenhados, pintados ou fotografados!

Durante a transformação da sua casa em museu, Gustave Moreau juntou neste Quarto os móveis favoritos da sua mãe – nomeadamente as secretárias que estavam no seu quarto e no dela. E na vitrina que ocupa uma das laterais, estão dispostas ainda mais lembranças e recordações de família!
Boudoir
Esta visita ao primeiro andar do Museu Gustave Moreau termina no Boudoir, o meu sítio favorito deste “pequeno museu sentimental”. Originalmente o gabinete de trabalho (ou escritório) do arquiteto Louis Moreau, tornou-se o quarto de dormir de Gustave Moreau depois da morte do pai em 1862.

Contudo, Gustave Moreau voltou a remodelá-lo em 1895, como um Boudoir em honra de Alexandrine Dureux – uma das suas amigas mais íntimas, que havia falecido cinco anos antes. Por essa razão, os móveis e objetos que aqui vês faziam parte da sua coleção pessoal.
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Que Equipamento Fotográfico Utilizo?
- Corpo da Câmara: Fujifilm X-T4 Mirrorless
- Lente da Câmara: Fujinon XF 18-55 mm F2.8-4 R LM OIS
- Tripé: Manfrotto Compact Action
- Tripé Pequeno: Manfrotto PIXI Mini
- Adaptador para Smartphone: Manfrotto PIXI Clamp
- Cartão de Memória: SanDisk 128GB Extreme PRO SDXC