Museu Do Louvre: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

O Museu do Louvre (em francês, Musée du Louvre) não é só o maior museu de arte do mundo, mas também é um monumento consagrado em Paris, França. Além disso, é o museu mais visitado do mundo, com perto de 10 milhões de visitantes por ano!

O edifício está situado no 1er arrondissement, a zona mais central da capital francesa. Assim, numa área astronómica de quase 73.000 m², o Museu do Louvre exibe em permanência mais de 35.000 obras de arte, numa coleção que totaliza aproximadamente 380.000 artefatos.

Neste guia completo, poderás encontrar obras de arte imperdíveis, informações relativas a horários de abertura e preços de bilhetes, bem como as melhores dicas e sugestões sobre o Museu do Louvre!

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Museu do Louvre
Museu do Louvre

Breve História do Museu do Louvre

O Palácio do Louvre (em francês, Palais du Louvre), foi originalmente construído como uma fortaleza, entre os séculos XII e XIII, sob o reinado de Filipe II. No entanto, com a expansão urbana da cidade, a fortaleza acabou por perder a sua função defensiva.

Dessa forma, a mando de Francisco I, foi transformada na residência principal dos reis franceses, já no século XVI. Em 1682, o rei Luís XIV decidiu mudar-se permanentemente para o Palácio de Versalhes. Enquanto isso, o Palácio do Louvre passou a servir de local de exibição da sua coleção real.

Durante a Revolução Francesa (1789-1799), o Palácio do Louvre acabou por ser convertido num museu nacional e inaugurado oficialmente ao público, no dia 10 de agosto de 1793. Atualmente, o edifício é constituído por cinco pisos e três alas, homenageando três figuras proeminentes da história francesa: Denon, Sully e Richelieu.

O Que Ver no Museu do Louvre

Nos dias que correm, o gigantesco acervo cultural e histórico do Museu do Louvre divide-se em oito departamentos e coleções de arte:

  1. Antiguidades Egípcias – que apresenta vestígios de povos do fim da pré-história (ca. de 4000 a.C.) até aos tempos cristãos (século IV d.C.)
  2. Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas – reunindo trabalhos destas importantes civilizações, dos tempos neolíticos (4000 a.C.) até ao século VI d.C.
  3. Antiguidades Orientais – com uma história de 9000 anos, da pré-história ao início da era islâmica
  4. Arte Islâmica – que tem quase 3000 obras em exibição, de mais de 1000 anos de história e num território que abrange três continentes
  5. Esculturas – conservando exemplos desde a Idade Média e Renascimento, nomeadamente a maior coleção do mundo de esculturas francesas
  6. Pinturas – com obras representativas de todas as escolas europeias, do século XIII a 1848
  7. Artes Decorativas – que detém um conjunto único de objetos no mundo, da Alta Idade Média até ao século XIX, como joias, bronzes, cerâmica, ourivesaria, vidraria, mobiliário, tapeçarias, etc.
  8. Artes Gráficas – abrigando a coleção mais vasta do mundo de desenhos, gravuras, pastéis, aguarelas e manuscritos, que é exposta rotativamente, devido à sensibilidade à luz

Portanto, no meio de dezenas de milhares de obras à espera de serem apreciadas, vou ajudar-te a encontrar algumas obras de arte imperdíveis no Museu do Louvre!

“Grand Sphinx de Tanis” (Piso 0, Ala Sully, Sala 338)

A “Grande Esfinge de Tanis” representa uma criatura fantástica das mitologias egípcia e grega, com a cabeça de um Faraó e corpo de leão. É, certamente, uma das maiores e mais bem preservadas esfinges, fora do Egito.

Exatamente no Antigo Egito, as esfinges podiam ter a cabeça de um falcão, gato ou ovelha, ainda que as mais comuns fossem humanas, normalmente de um Faraó. Além disso, era frequente encontrar estas criaturas míticas à entrada de túmulos reais ou templos religiosos.

A “Grande Esfinge de Tanis” foi encontrada em 1825, nas ruínas do templo de Amon-Rá, em Tanis, a capital das XXI e XXII dinastias egípcias. Se por um lado, a mitologia grega representava a esfinge como uma mulher, por outro lado, a do Antigo Egito era quase sempre um homem.

Esta obra monumental em granito integra o departamento de Antiguidades Egípcias do Museu do Louvre!

“Vénus de Milo” (Piso 0, Ala Sully, Sala 346)

A escultura de Afrodite mais famosa do mundo, apelidada de “Vénus de Milo”, data sensivelmente de 100 a.C. No entanto, foi apenas descoberta em 1820, na ilha grega de Milos, pertencente ao arquipélago das Cíclades.

Pensa-se que esta representação da deusa grega do amor terá sido criada por Alexandre de Antioquia, apesar da sua autoria ter sido atribuída a Praxiteles – o célebre escultor da Grécia Antiga – durante mais de um século!

Ainda assim, o museu não referencia o seu autor na placa descritiva. Com uma altura impressionante de 202 cm, a obra-prima do período helenístico incorpora o departamento de Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas do Museu do Louvre.

“Amore e Psiche”, de Antonio Canova (Piso 0, Ala Richelieu, Sala 403)

“Amor e Psique” é uma escultura concebida pelo artista italiano Antonio Canova, para uma encomenda do colecionador de arte galês, o Coronel John Campbell. Surpreendentemente, existem duas versões deste romance mitológico do mesmo autor: a primeira obra foi esculpida entre 1787-1793, enquanto que a segunda estátua data de 1794-1799 e encontra-se no Museu Hermitage em São Petersburgo, na Rússia.

Também conhecida como “Psique Reanimada pelo Beijo do Amor” (do título francês, “Psyché ranimée par le baiser de l’Amour”), a obra representa o deus-alado Cupido, no momento em que desperta a sua amada mortal Psique com um “beijo do verdadeiro amor”.

Esta obra-prima da escultura neoclássica foi esculpida em mármore e entrou para o acervo do Museu do Louvre em 1824, integrando a coleção de Esculturas. Na minha opinião, deves “perder” tempo a admirar Amor e Psique, a toda a volta e de todos os ângulos, porque vale mesmo a pena.

“La Victoire de Samothrace” (Piso 1, Ala Denon, Escadaria Daru)

A “Vitória de Samotrácia” (ou “Vitória Alada de Samotrácia”) integrava um santuário erigido na ilha grega de Samotrácia, no norte do mar Egeu. Embora existisse desde o início do século II a.C., o monumento foi encontrado somente em 1863.

A obra de arte, com 244 cm, é um tributo à deusa da mitologia grega Nice (ou Nike), que personificava a vitória e era constantemente representada por uma mulher alada na Grécia Antiga. O seu equivalente romano tem exatamente o nome de Vitória.

Esculpida no famoso mármore de Paros, é outra obra-prima do período helenístico que faz parte das Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas do Museu do Louvre. Por esse motivo, encontra-se em grande destaque, no topo da Escadaria Daru.

“Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci (Piso 1, Ala Denon, Sala 711)

Esta pintura a óleo em madeira de álamo, foi iniciada por volta de 1503. Pensa-se que Leonardo da Vinci estaria a criar o retrato de Lisa Gherardini, esposa do florentino Francesco del Giocondo, daí a alcunha “La Gioconda” ou “La Joconde”.

Hoje em dia, é decerto o quadro mais conhecido, visitado, admirado e valioso do mundo – com uma avaliação de seguro digna do Guinness World Records – depois de ter atingido uma fama planetária com o seu roubo em 1911.

Em suma, a obra-prima italiana é a protagonista do departamento de Pinturas do Museu do Louvre. Por detrás de um vidro à prova de bala, acredita-se que cerca de 80% das pessoas visitam o Louvre só para ver a “Mona Lisa”!

Depois de reformas, limpezas e trabalhos consecutivos na Salle des États, (ou Sala 711), o compartimento apresenta-se desde finais de 2019 em tons de azul-escuro, com uma fila em ziguezague para a sua atração principal, que permite contemplar a “Mona Lisa” de forma mais íntima e com menos tempo de espera.

“Nozze di Cana”, de Paolo Veronese (Piso 1, Ala Denon, Sala 711)

A maior pintura em exibição no Museu do Louvre pertence ao artista italiano Paolo Veronese e está exposta em frente à “pequena” “Mona Lisa”, na Salle des États. Executada em estilo maneirista do final do Renascimento, Veronese recriou o ideal estilístico à imagem de Leonardo da Vinci, Raffaello Sanzio ou Michelangelo Buonarotti.

Com quase 10 metros de comprimento e 7 de largura, o quadro a óleo foi concluído em 1563 e retrata a cena bíblica do casamento em Caná, onde Jesus Cristo realizou o seu primeiro milagre, ao transformar a água em vinho.

“Bodas de Caná” adornava um mosteiro beneditino na ilha veneziana de San Giorgio Maggiore, mas a pintura foi roubada pelas tropas napoleónicas em 1797 e levada para Paris. Hoje em dia, integra o Departamento de Pinturas do Museu do Louvre.

“La Liberté guidant le peuple”, de Eugène Delacroix (Piso 1, Ala Denon, Sala 77)

“A Liberdade guiando o povo” é, certamente, a obra mais conhecida de Eugène Delacroix. O quadro comemora a Revolução de Julho de 1830 em Paris, que foi desencadeada por republicanos liberais e culminou na queda do rei Carlos X.

Na imagem, uma mulher – personificando a Liberdade com o seu barrete frígio – guia o povo por cima de uma espécie de “barricada” feita com os corpos dos derrotados, enquanto empunha a bandeira tricolor da Revolução Francesa numa mão e um mosquete noutra.

Esta pintura do outono de 1830 tornou-se uma das mais icónicas do século XIX e estabeleceu Eugène Delacroix como representante máximo do Romantismo na pintura francesa. Agora, faz parte da coleção de Pinturas do Museu do Louvre.

Guia Prático do Museu do Louvre

Visitar o Museu do Louvre está no plano de muitas pessoas que viajam para Paris. Porém, devido ao tamanho do edifício e à quantidade de obras de arte, é importante pensar numa estratégia, para conseguir apreciar as obras de arte da melhor forma possível.

DICA: Não tentes ver tudo numa primeira visita, senão vais ter uma experiência no mínimo frustrante e aborrecida!

Na minha opinião, podes focar-te, por exemplo, num conjunto de coleções ou temas, ou até mesmo numa ala ou piso. Pelo caminho, deixa-te passear pelo museu, parando para admirar as obras que te chamam mais à atenção.

Felizmente, já tive a oportunidade de visitar o Museu do Louvre em três ocasiões diferentes (2017, 2018 e 2019), aproveitando a vantagem de ser jovem e ter entrada gratuita. Por essa razão, quero deixar-te três recomendações com base na minha experiência pessoal, que te vão ajudar a aproveitar ao máximo este magnífico monumento.

1. Compra o Bilhete com Antecedência

Uma das dicas mais importantes numa visita ao Museu do Louvre é comprar o bilhete com bastante antecedência. A opção mais rápida e fácil é adquiri-lo através da bilheteira online, mas tem em atenção que deves selecionar a data e hora da tua visita no momento da reserva.

Hoje em dia, o bilhete para as coleções permanentes custa 17€ pela internet e 15€ dentro do museu. A boa notícia é que a entrada é gratuita para todos os menores de 18 anos e jovens com menos de 26 anos, residentes no Espaço Económico Europeu. Nesse caso, basta apresentares um documento de identificação à entrada, depois de passares o controlo de segurança.

2. Esquece a Entrada Principal

A Pirâmide do Louvre (em francês, Pyramide du Louvre) é uma estrutura de vidro e metal, rodeada por três pirâmides menores, no pátio principal do Palácio do Louvre. Concluída em 1989, tornou-se um ponto de referência para a capital francesa, além de constituir a entrada principal do museu.

Para chegar ao Museu do Louvre, a alternativa mais simples e conveniente é o metro, com duas estações disponíveis no local: Palais Royal-Musée du Louvre (linhas 1 e 7) e Louvre-Rivoli (linha 1).

Se optares pela primeira estação de metro, existe uma entrada direta para um centro comercial subterrâneo – o Carrousel du Louvre – que te leva à famosa Pirâmide Invertida (em francês, Pyramide Inversée). Aqui, as filas de segurança são movimentadas, mas ainda assim, bem menores que à superfície!

No entanto, o que muita gente não sabe é que existe uma terceira entrada, mais escondida e isolada, perto do Arc de Triomphe du Carrousel. Esta entrada secreta tem como nome Porte des Lions e localiza-se em pleno Jardin du Carrousel.

3. Escolhe a Altura Adequada

O Museu do Louvre está aberto todos os dias (exceto às terças-feiras), das 9:00 às 18:00. Às quartas e sextas-feiras, o horário estende-se até às 21:45. O museu está fechado nos feriados 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro.

Se precisares, todas estas informações podem ser consultadas (e confirmadas) no site oficial do Museu do Louvre. A meu ver, é crucial evitar os horários mais concorridos – das 11:00 às 16:00 – porque as filas conseguem ser inacreditáveis!

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