Museu Mucha: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

O Museu Mucha (em checo, Muchovo Muzeum) é um museu de arte localizado na Cidade Nova (em checo, Nové Město), um dos bairros históricos da cidade de Praga. Aliás, o próprio museu está instalado no Palácio Kaunicky (em checo, Kaunický Palác), um edifício barroco do século XVIII!

Inaugurado no dia 13 de fevereiro de 1998, o Museu Mucha é o único museu do mundo inteiramente dedicado à vida e obra do artista checo Alphonse Mucha (ou Alfons Maria Mucha), um dos principais expoentes do estilo Art Nouveau!

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Museu Mucha
Museu Mucha

Breve História do Museu Mucha

Como referi na introdução, o Museu Mucha abriu ao público no final dos anos 1990. Com cerca de cinquenta obras de arte em exposição, podes admirar cartazes, pinturas a óleo, desenhos, pastéis, fotografias e outros objetos pessoais que pertenceram a Alphonse Mucha.

Apesar de abordar a vida e obra do artista checo de uma forma geral, o Museu Mucha foca-se sobretudo no seu período parisiense, entre 1887 e 1904. Desta altura, destaca-se o conjunto de cartazes que Alphonse Mucha realizou para a atriz francesa Sarah Bernhardt.

O Museu Mucha integra também uma visão geral do seu ateliê de trabalho, com peças que adornavam a casa da família Mucha em Praga, assim como um documentário de meia-hora sobre a sua vida e obra. Nos dias de hoje, o acervo principal do museu divide-se em sete secções distintas:

  1. Painéis Decorativos (em checo, Dekorativiní Panó)
  2. Cartazes Parisienses (em checo, Pařížské Plakáty)
  3. Documentos Decorativos (em checo, Dekorativní Dokumenty)
  4. Cartazes Checos (em checo, České Plakáty)
  5. Pinturas (em checo, Malby)
  6. Desenhos e Pastéis (checo, Kresby a Pastely)
  7. Ateliê (em checo, Ateliér)

Como Chegar ao Museu Mucha

O Museu Mucha fica no número 7 da Panská Ulice, uma rua com edifícios de interesse cultural e embaixadas sul-americanas. Daqui, estás perto de outros pontos de interesse, como a Torre da Pólvora (a 500 metros), a Praça Venceslau (a 500 metros), a Casa Municipal (a 650 metros) e o Museu Nacional de Praga (a 750 metros).

Devido à sua excelente localização no bairro da Cidade Nova de Praga, o Museu Mucha é servido por vários tipos de transportes públicos: metro (linha A, estação Můstek) e elétrico (linhas 2, 3, 5, 6, 9, 14, 24, 91, 92, 94, 95,96 ou 98, paragem Jindřišská).

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Museu Mucha está aberto todos os dias, das 10:00 às 18:00!

No que diz respeito a bilhetes, estes custam 350 CZK (tarifa normal) ou 280 CZK (tarifa reduzida), sendo que existe ainda um bilhete de família (2 adultos e 2 crianças) a 950 CZK. Mas podes consultar todas as informações práticas no site oficial do Museu Mucha!

O Que Ver no Museu Mucha

“Čtyři Umění”

“As Quatro Artes” (em checo, “Čtyři Umění”) é um conjunto de quatro painéis decorativos, que Alphonse Mucha criou em 1898. Nesta fase da carreira, o artista executou outros ciclos, como “As Quatro Estações” (em checo, “Čtyři Roční Období”) em 1996, “As Quatro Flores” (em checo, “Čtyři Květiny”) em 1898 e “As Quatro Horas do Dia” (em checo, “Čtyři Denní Doby”) em 1899.

Ao contrário do habitual, Alphonse Mucha não acrescentou plumas, instrumentos musicais ou outros elementos usuais a “As Quatro Artes”. Aqui, as quatro musas são glorificadas como mulheres belas e elegantes, estilizadas com motivos vegetais simples e associadas a diferentes momentos do dia: manhã (“Dança”), meio-dia (“Pintura”), tarde (“Poesia”) e noite (“Música”).

“Čtyři Květiny”

“As Quatro Flores” (em checo, “Čtyři Květiny”) é outro conjunto de quatro painéis decorativos, que Alphonse Mucha produziu em 1898. Curiosamente, as aguarelas de duas das flores – “Cravo” e “Íris” – já tinham sido apresentadas no ano anterior, numa exposição do Salon des Cents em Paris.

Embora menos célebre que “As Quatro Artes”, “As Quatro Flores” demonstram o talento de Alphonse Mucha para representar as caraterísticas singulares de cada uma das flores. As outras duas flores homenageadas neste ciclo naturalista são “Rosa” e “Lírio”.

“Gismonda”

“Gismonda” é o cartaz que catapultou Alphonse Mucha para a fama e sucesso. A sua origem remonta a dezembro de 1894, quando o artista checo substituía um amigo na gráfica de Alfred Lemercier e este último recebeu um pedido urgente de Sarah Bernhard, a diretora do Théâtre de la Renaissance.

Como nenhum artista habitual de Alfred Lemercier estava disponível, o impressor recorreu a Alphonse Mucha. “Gismonda” foi um cartaz tão revolucionário com a sua forma longa e estreita e as suas cores pastéis suaves, que a gráfica teve de espalhar mais de 4 mil exemplares por Paris!

“Hamlet”

“Hamlet” foi o último cartaz que Alphonse Mucha fez para Sarah Bernhardt. Datada de 1899, esta litografia colorida apresenta não só Hamlet, como o fantasma do seu pai assassinado em segundo plano e a figura de Ofélia afogada, que jaz a seus pés numa cama de flores.

Sarah Bernhardt estrelou Hamlet na obra homónima de William Shakespeare – cujo nome oficial é “A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca” (em inglês, “The Tragedie of Hamlet, Prince of Denmarke”) – numa versão francesa traduzida pelo dramaturgo Eugène Morand e o escritor Marcel Schwob.

“Job”

“Job” é um de dois cartazes promocionais que Alphonse Mucha imaginou para as mortalhas de cigarro JOB, uma marca popular de papel para cigarros francesa que existe ainda hoje em dia. Este em específico é de 1898 e o maior e mais recente dos dois.

Ambos os cartazes “Job” de Alphonse Mucha exibem uma mulher com cabelos notavelmente longos e abundantes. A jovem segura um cigarro, cujo fumo se prolonga à volta da sua cabeça. Por último, no topo da obra, é bem vísivel o nome da marca de mortalhas de cigarro JOB.

“Zvěrokruh”

“Zodíaco” (em checo, “Zvěrokruh”) é uma das obras mais populares de Alphonse Mucha, sendo até a imagem usada no bilhete de entrada do Museu Mucha. Originalmente planeado como um calendário da gráfica de Ferdinand Champenois em 1897, acabou por tornar-se um calendário da revista La Plume.

A revista literária e artística francesa La Plume era uma das mais influentes na cidade de Paris durante o perído da Belle Époque. Quando o seu editor-chefe comprou os direitos de distribuição de “Zodíaco”, Alphonse Mucha começou igualmente a dedicar-se ao design das capas da revista.

“Pěvecké sdružení učitelů moravských”

“Coro de Professores da Morávia” (em checo, “Pěvecké sdružení učitelů moravských”) é um cartaz de 1911, centrado numa jovem vestida com um traje folclórico da cidade de Kyjov, na região da Morávia do Sul (em checo, Jihomoravský kraj). Se reparares, a sua pose lembra “Música”, em “As Quatro Artes”!

O Coro dos Professores da Morávia era um grupo coral, que fez inúmeras digressões não só pelas chamadas Terras Checas (Boémia, Morávia e Silésia), mas também pela Europa e Estados Unidos. O seu repertório incluía música clássica, popular e folclórica.

“Princezna Hyacinta”

“Princesa Jacinta” (em checo, “Princezna Hyacinta”) é um cartaz idealizado por Alphonse Mucha, para promover o ballet-pantomima com o mesmo nome. A efígie central é a renomada atriz de cinema e teatro checoslovaca Andula Sedláčková.

“Princesa Jacinta” estreou em 1911 no Teatro Nacional (em checo, Národní Divadlo), na cidade de Praga. Com música de Oskar Nedbal e libreto de Ladislav Novák, o enredo foca-se na filha de um ferreiro que é sequestrada por um feiticeiro.

“Výstava Slovanské Epopeje”

“Exposição da Epopeia Eslava” (em checo, “Výstava Slovanské Epopeje”) é um cartaz promocional das primeiras exposições de “A Epopeia Eslava” (em checo, “Slovanská Epopej”) em 1929. A modelo é a sua própria filha Jaroslava, enquanto que o vulto ao fundo é o deus da abundância e da guerra Svetovit.

Pintado entre 1910 e 1928, “A Epopeia Eslava” é um ciclo de vinte grandes telas sobre a história e mitologia dos checos e de outros povos eslavos. Atualmente, “A Epopeia Eslava” é vista como a grande obra-prima de Alphonse Mucha.

“Hvězda”

“Estrela” (em checo, “Hvězda”) é uma pintura a óleo de 1923, para a qual Alphonse Mucha concebeu quatro estudos preparatórios. O quadro é igualmente conhecido como “Mulher no Deserto” (em checo, “Žena v Divočině”), “Noite de Inverno” (em checo, “Zimní Noc”) e “Sibéria” (em checo, “Sibiř”).

“Estrela” retrata uma camponesa russa, que espera a sua morte causada pela Guerra Civil (1918-1922). O artista visitou várias vezes o país antes de pintar “A Abolição da Servidão na Rússia: O Trabalho em Liberdade é a Fundação do Estado” (em checo, “Zrušení Nevolnictví na Rusi: Svobodná Práce – Osnova Národů”), uma das vinte telas de “A Epopeia Eslava”.

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