O Museu Nacional Ferroviário é um dos museus mais fascinantes em Portugal. Situado na cidade do Entroncamento, no distrito de Santarém, é o local perfeito para visitar numa day trip desde Lisboa – sobretudo, se escolheres viajar de comboio desde/para a capital portuguesa!
A coleção do Museu Nacional Ferroviário é composta por cerca de 36 mil objetos associados à temática ferroviária, incluindo locomotivas, carruagens, vagões desde os tempos da máquina a vapor. Além disso, tem em exposição duas obras-primas do transporte ferroviário de Portugal: o Comboio Real e o Comboio Presidencial!
Por isso, queres saber mais sobre o Museu Nacional Ferroviário: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024? Continua a ler!
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Breve História do Museu Nacional Ferroviário
O Museu Nacional Ferroviário foi inaugurado a 18 de maio de 2015, ainda que a primeira área expositiva – o Armazém de Víveres – tenha aberto ao público em 2007. Instalado num complexo ferroviário com 4.5 hectares, este museu incorporou a Rotunda de Locomotivas em 2008 e, finalmente, as Oficinas do Vapor em 2015.

Estes três edifícios históricos, em conjunto com o acervo, preservam mais de 160 anos de história dos Caminhos de Ferro Portugueses. Hoje em dia, o Museu Nacional Ferroviário tem a sua sede na cidade do Entroncamento, mas conta ainda com sete núcleos museológicos espalhados por outros lugares do país:
- Núcleo Museológico de Arco de Baúlhe – no município de Cabeceiras de Basto e distrito de Braga
- Núcleo Museológico de Bragança – no município e distrito de Bragança
- Núcleo Museológico de Chaves – no município de Chaves e distrito de Vila Real
- Núcleo Museológico de Lousado – no município de Vila Nova de Famalicão e distrito de Braga
- Núcleo Museológico de Macinhata do Vouga – no município de Águeda e distrito de Aveiro
- Núcleo Museológico de Lagos – no município de Lagos e distrito de Faro
- Núcleo Museológico de Valença – no município de Valença e distrito de Viana do Castelo
O Que Ver no Museu Nacional Ferroviário
Locomotivas a vapor, diesel e elétricas; carruagens e vagões de vários tipos e modelos; equipamentos e ferramentas; documentos, mapas e cartazes; mobiliário e decoração; vestuário, acessórios e muito mais. A gigantesca coleção do Museu Nacional Ferroviário divide-se em onze categorias:
- Comunicação
- Espólio Documental
- Estação e Escritório
- Informação e Sinalização
- Material Circulante
- Oficina
- Proteção e Segurança
- Restauração
- Saúde
- Tarifários e Bilhética
- Via e Catenária
E está espalhada por cinco espaços distintos:
- Armazém de Víveres – Bilheteira, Loja, Cafetaria, WC, Exposição Permanente e Sala de Exposições Temporárias
- Rotunda de Locomotivas – Exposição de locomotivas a vapor
- Oficinas do Vapor – Exposição Permanente, Comboio Real, Comboio Presidencial
- Sala Multiusos
- Circuito de Modelismo Tripulado
La Lilliputienne
La Lilliputienne é uma locomotiva brinquedo, que foi construída pelo engenheiro mecânico Eugène Philippe na primeira metade do século XIX, a pedido do rei Luís Filipe I de França.
Luís Filipe I era o padrinho do infante D. Luís, o futuro rei D. Luís I. Assim sendo, o monarca francês decidiu oferecer esta máquina de vapor infantil à Família Real Portuguesa.

Por volta de 1880, D. Luís I doou La Lilliputienne ao Passeio Público de Lisboa – um parque público onde hoje se encontra a Avenida da Liberdade. Já no século XX, a peça passa a integrar a coleção do Museu da Cidade de Lisboa. E em 2010, La Lilliputienne foi emprestada ao Museu Nacional Ferroviário, onde ainda hoje pode ser admirada.
Telefone de Parede
Este Telefone de Parede data de 1913/1914 e foi fabricado pela L. M. Ericsson & Co.. Nos dias que correm, a empresa de tecnologia sueca é conhecida como Telefonaktiebolaget LM Ericsson.

Utilização na comunicação entre estações ferroviárias, este Telefone de Parede é um modelo Ericsson AB590. De entre as suas principais caraterísticas, destacam-se as duas campainhas no topo e a manivela lateral. Esta última, servia para acionar cinco magnetos no interior do aparelho, que permitiam gerar a corrente elétrica necessária para realizar a chamada telefónica.
Pelo seu estado de preservação e renome do fabricante, esta é uma das peças mais importantes do Museu Nacional Ferroviário!
Locomotiva CP 02049
Sabias que a Locomotiva CP 02049 é a locomotiva mais antiga existente em Portugal?
Projetada em 1857 pela empresa William Fairbairn & Sons de Manchester, Inglaterra, trata-se de uma locomotiva a vapor do tipo “tanque de sela”. Tem este nome curioso porque o tanque de água, em forma de sela, repousa sobre o corpo da caldeira. Desta forma, o calor da irradiação é melhor aproveitado.

A Locomotiva CP 02049 foi posta ao serviço da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses logo após a inauguração das primeiras vias ferroviárias em Portugal. E foi utilizada para transporte de passageiros, mercadorias e outros até ao início da década de 1930!
Locomotiva Pejão
A Locomotiva Pejão é uma locomotiva mineira, que foi construída em 1918 pela casa inglesa Robert Hudson. O seu destino original eram as pequenas linhas férreas industriais – se bem que acabou por ser usada pelo Departamento de Guerra Britânico na Primeira Guerra Mundial, para o transporte de víveres e armamento!

Terminada a guerra, foi comprada em 1922 pela Empresa Carbonífera do Douro, começando a servir o caminho de ferro do Couto Mineiro do Pejão – daí o nome. Nessa época, a sua principal função foi assegurar a deslocação do carvão entre os poços das minas e o cais fluvial no rio Douro.
Comboio Real
O Comboio Real é uma das joias do Museu Nacional Ferroviário e é fácil de perceber porquê. Afinal de contas, estamos a falar do primeiro comboio que esteve ao serviço da Família Real Portuguesa – mais especificamente do rei D. Luís I, da rainha D. Maria Pia e do príncipe (e futuro rei de Portugal) D. Carlos I!

Ao todo, eram quatro os diferentes veículos que compunham o Comboio Real (na fotografia, da esquerda para a direita): o Salão do Príncipe; o Salão D. Maria Pia; o Tender (uma espécie de atrelado da locomotiva, que servia de “depósito de combustível”); e a Locomotiva D. Luiz.
Locomotiva CP 1501
A Locomotiva CP 1501 é uma locomotiva a diesel, que chegou a Portugal no âmbito do Plano de Reequipamento – um programa financiado pelo Plano Marshall (o Programa de Recuperação Europeia). Isto porque, no final da Segunda Guerra Mundial, a escassez do carvão tinha atingido proporções catastróficas.

Na realidade, a Locomotiva CP 1501 foi uma das primeiras locomotivas a diesel de via larga a operar no país. Primeiro, foi redirecionada para fazer os comboios de passageiros e mercadorias da Linha do Norte. Mas logo foi também aproveitada para outras linhas, permanecendo ao serviço até ao final dos anos 2000.
Comboio Presidencial
O Comboio Presidencial é outra das joias do Museu Nacional Ferroviário, pois foi usado pelos Chefes de Estado entre 1910 e 1970, para deslocações pelo país. De 1910 a 1930, o Comboio Presidencial era constituído por três carruagens herdadas do Comboio Real: o Salão Real (depois renomeado Salão da Comitiva e Segurança), o Salão dos Ministros e o Salão Restaurante.

Contudo, em 1930, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses comprou aquele que seria denominado de Salão do Chefe de Estado. E em 1940, além das três carruagens originais terem sido totalmente remodeladas, o Comboio Presidencial ganhou um Furgão (para o transporte de bagagens) e a chamada Carruagem dos Jornalistas.
Guia Prático do Museu Nacional Ferroviário
1. Toma Nota dos Horários
O Museu Nacional Ferroviário está aberto de terça-feira a domingo, das 10:00 às 18:00, sendo que a última visita acontece à 17:00. Além das segundas-feiras, os dias de encerramento oficial durante o ano são os feriados de 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro.
2. Procura Descontos
O Museu Nacional Ferroviário disponibiliza diversos tipos de ingressos, consoante os interesses dos seus visitantes. Por exemplo, a visita livre custa 6€ (adultos dos 18 aos 64 anos), 4€ (séniores com mais de 65 anos) ou 3€ (crianças e jovens dos 6 aos 17 anos, estudantes, desempregados), enquanto que as crianças até aos 5 anos não pagam entrada.
Se preferires uma visita guiada, os bilhetes custam 8€ (adultos dos 18 aos 64 anos), 5€ (crianças e jovens dos 6 aos 17 anos, e estudantes), 4.5€ (séniores com mais de 65 anos), 4€ (desempregados) ou 2€ (crianças até aos 5 anos). Nos dois casos, há ainda um Bilhete de Família a 15€ (visita livre) ou 21€ (visita guiada).
DICA: Consulta as vantagens da parceria entre o Museu Nacional Ferroviário e a CP – Comboios de Portugal!
3. Visita Outros Pontos de Interesse no Entroncamento
Como referi na introdução, o Entroncamento é um destino perfeito para se conhecer numa day trip desde Lisboa ou numa road trip pela sub-região do Médio Tejo (ou pelo distrito de Santarém). Portanto, aproveita para visitar outros pontos de interesse, como a Igreja da Sagrada Família, a Praça José Coelho ou o Parque Verde do Bonito!

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Que Equipamento Fotográfico Utilizo?
- Corpo da Câmara: Fujifilm X-T4 Mirrorless
- Lente da Câmara: Fujinon XF 18-55 mm F2.8-4 R LM OIS
- Tripé: Manfrotto Compact Action
- Tripé Pequeno: Manfrotto PIXI Mini
- Adaptador para Smartphone: Manfrotto PIXI Clamp
- Cartão de Memória: SanDisk 128GB Extreme PRO SDXC