Museu Dos Biscainhos: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

Localizado no centro histórico de Braga, o Museu dos Biscainhos foi construído no século XVII e alterado no século seguinte. Antiga residência dos Condes de Bertiandos, trata-se de um palácio barroco, com salas amplas e acabamentos requintados!

Em 1978, o Palácio dos Biscainhos foi convertido num museu de artes decorativas, procurando recriar o quotidiano da nobreza portuguesa entre os séculos XVII e XIX. As suas coleções incluem mobiliário, cerâmica, ourivesaria, têxteis, pinturas, instrumentos musicais e até meios de transporte!

Por isso, queres saber mais sobre o Museu Dos Biscainhos: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024? Continua a ler!

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Museu dos Biscainhos
Museu dos Biscainhos

Breve História do Museu dos Biscainhos

Como referi na introdução, o Museu dos Biscainhos abriu ao público em 1978, especificamente no dia 11 de fevereiro. Mas até lá – e desde a sua fundação no século XVI – este antigo palácio barroco serviu de residência a uma família nobre durante quase três séculos!

Átrio

Hoje em dia, a exposição permanente do Museu dos Biscainhos está distribuída em mais de uma dezena de salas habitacionais e de aparato (no andar nobre ou primeiro andar) e espaços funcionais ou de serventia (no rés-do-chão).

Como Chegar ao Museu dos Biscainhos

O Museu dos Biscainhos fica na Rua dos Biscaínhos, uma das ruas mais centrais da cidade. E daqui, estás muito perto de outros museus, como o Museu da Imagem (a 140 metros), o Tesouro-Museu da Sé de Braga (a 290 metros), o Museu Pio XII (a 650 metros), o Museu Nogueira da Silva (a 700 metros) e o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa (a 850 metros).

Na minha opinião, Braga é um verdadeiro “museu a céu aberto” e, portanto, merece ser percorrida a pé. Contudo, se preferires deslocar-te de transportes públicos, podes chegar ao Museu dos Biscainhos de autocarro (números 2, 6, 14, 21, 24, 32, 33, 35, 36, 37, 53, 54, 66, 84, 89, 90, 91, 93, 95, 96, 501, 914, 933 e 943; paragens Biscainhos, Conselheiro Torres Almeida I ou Conselheiro Torres Almeida II).

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Museu dos Biscainhos está aberto de terça-feira a domingo, das 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30. Além das segundas-feiras, o Museu dos Biscainhos encerra nos feriados de 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro.

No que diz respeito a bilhetes, estes custam 2€ (tarifa normal) ou 1€ (tarifa reduzida para estudantes e pessoas com mais de 65 anos), enquanto que as crianças até aos 12 anos não pagam entrada. E aos domingos, a entrada é gratuita para todos até às 12:30!

O acesso ao Jardim Histórico também é gratuito para toda a gente e em todos os dias do ano!

O Que Ver no Museu dos Biscainhos

Escadaria

A Escadaria do Museu dos Biscainhos é precedida por um Átrio, por onde entravam os senhores da casa em liteiras ou outros meios de transporte típicos daquela época. E na decoração do espaço, destacam-se várias esculturas em granito conhecidas como “Figuras de Convite” – uma espécie de “mordomos” ou “porteiros”, muito caraterísticos do barroco português.

Quanto à Escadaria propriamente dita, esta conduz os residentes e convidados ao andar nobre do edifício e está revestida por painéis de azulejos azuis e brancos. Criados pelo artista António Vital Rifarto, estes azulejos representam cenas mitológicas e fantasiosas.

Sala de Entrada

A Sala de Entrada do Museu dos Biscainhos era, como o nome indica, o local onde os convidados esperavam para serem recebidos pelos proprietários desta casa senhorial. E, desde logo, é impossível não ficar impressionado com o teto neoclássico em estuque, de onde pende um lanternim central.

Ainda no teto, aproveita para admirares as pinturas de efígies clássicas e das grinaldas de folhas de louro, que as contornam. Já as paredes, estas foram acabadas com a escaiola (ou escariola), uma técnica ornamental que imita o mármore polido.

Salão Nobre

Como em qualquer outro palácio ou mansão senhorial, o Salão Nobre do Museu dos Biscainhos era a sala principal da casa. Utilizado para celebrar os eventos mais majestosos e exuberantes da nobreza portuguesa, este compartimento é uma verdadeira joia da arquitetura barroca.

Painéis de azulejos azuis e brancos revestem as paredes, ilustrando cenas galantes, de caça e de montaria. Datado do primeiro quartel do século XVIII, o Salão Nobre apresenta ainda um magnífico teto pintado por Manuel Furtado Mendonça e dedicado ao Beato Miguel de Carvalho, um missionário jesuíta.

Oratório

O Oratório é uma divisão que passou a integrar quase todas as casas senhoriais desde o século XVII. Aliás, as propriedades mais abastadas chegavam a ter capelas, onde eram realizadas missas e outras celebrações litúrgicas exclusivamente para a família!

No Museu dos Biscainhos, o Oratório é relativamente pequeno, quando comparado com o de outros palácios do mesmo período. Mas não deixa de incluir diversas peças de mobiliário, obras de arte sacra e objetos de cariz religioso, que ilustram bem a fé católica dos Condes de Bertiandos.

Sala do Estrado (ou Sala do Lavor)

A Sala do Estrado (ou Sala do Lavor) é, provavelmente, o recanto mais feminino do Museu dos Biscainhos. Isto porque era aqui que as senhoras da casa passavam o dia, na companhia das suas amigas, familiares e criadas.

A nível de ambiente, é inevitável não mencionar as influências orientais nas peças de mobiliário e decoração – por exemplo, os móveis indianos e as cerâmicas chinesas. Mas há igualmente pinturas e vidros dos séculos XVII e XVIII, tanto portugueses como europeus.

Salão de Música e de Jogo

O Salão de Música e de Jogo era a sala de eleição para o entretenimento e divertimento da família que habitava o Palácio dos Biscainhos. Palco de longos serões de música, dança, poesia e jogo, o próprio teto neoclássico com motivos musicais em estuque sugere esse tipo de função.

Os jogos favoritos da nobreza portuguesa desta altura eram os jogos de cartas. Ainda assim, aqui também se jogavam os jogos de tabuleiro mais populares, como xadrez, gamão e damas. Tudo isto ao som de música e conversas animadas, sempre acompanhadas de café, chá ou chocolate quente!

Gabinete

O Gabinete do Museu dos Biscainhos servia, simultaneamente, de local de trabalho e sala de leitura (ou biblioteca). Por isso, é bastante fácil imaginar esta pequena sala repleta de livros, material de escrita, esculturas e outras “curiosidades” de caráter intelectual!

O teto do Gabinete do Museu dos Biscainhos evidencia, uma vez mais, o estilo neoclássico, graças aos motivos em estuque e à pintura central. E este estilo é reforçado pelos painéis de azulejos policromados, que adornam as quatro paredes.

Sala de Jantar

O último espaço interior que podes visitar no andar nobre do Museu dos Biscainhos é a Sala de Jantar. E sabias que esta foi a primeira Sala de Jantar de Braga e, possivelmente, uma das primeiras do país? É que a sua génese remonta ao final do século XVIII, quando o conceito de “sala de jantar” ainda era desconhecido!

Durante muitos séculos, as famílias reais e nobres não disponham de um compartimento específico e fixo para fazerem as suas refeições. Em vez disso, comiam e bebiam onde lhes apeteciam: nos seus aposentos privados, nas salas de convívio, ou até mesmo no exterior (se o tempo assim o permitisse)!

Claustro (ou Pátio)

O Claustro (ou Pátio) do Museu dos Biscainhos tem dois pisos sustentados por colunas de granito e era usado pelos donos da casa como refúgio privado. Além disso, tem acesso direto pelo Átrio (no andar térreo) e pela Escadaria, Salão Nobre, Gabinete e Sala de Jantar (no primeiro piso).

O rés-do-chão do Claustro (ou Pátio) é marcado por uma fonte central em granito, que por sua vez está rodeada por canteiros de buxo. Por outro lado, o andar nobre foi embelezado com painéis de azulejos do século XVII.

Cavalariças

De volta ao piso inferior do Museu dos Biscainhos, é tempo de descobrir as Cavalariças, que tinham dimensões e condições para acolher até cinco cavalos. Construídas já no século XIX, situam-se ao fundo do corredor que liga o Átrio ao Jardim.

À parte dos instrumentos ligados à arte e transporte equestre que estão aqui expostos, é possível apreciar os diferentes elementos trabalhados em ferro forjado, como os cestos para armazenar o feno ou as cabeças de cavalos à entrada das baias.

Cozinha

Depois de visitares as Cavalariças e antes de te aventurares no Jardim, recomendo que espreites a Cozinha do Museu dos Biscainhos. Instalada numa ala independente do edifício principal, é composta por uma primeira área, com uma imponente chaminé, dois fornos de parede, uma cantareira e um armário embutido.

Na fotografia, vê-se uma segunda área, preenchida com uma mesa ao centro, um tanque com uma carranca, duas pias e mais armários embutidos. Uma terceira e última área, com acesso à Sala de Jantar no andar superior, estava fechada para visitas.

Jardim

O Jardim do Museu dos Biscainhos é o meu sítio favorito deste antigo palácio nobre e um importante testemunho da sua riqueza patrimonial. Estruturado em três patamares – Jardim Formal, Pomar e Horta – abriga várias espécies botânicas, assim como as mais belas estátuas e fontes em granito.

Em 2020, o Jardim do Museu dos Biscainhos foi reconhecido com o “Selo de Qualidade de Jardim Histórico” pela Associação Portuguesa dos Jardins Históricos, passando a fazer parte da “Rota dos Jardins Históricos do Baixo Minho”.

Como o acesso ao Jardim do Museu dos Biscainhos é livre, é provável que encontres muitos mais visitantes aqui do que no interior do Palácio – sobretudo se as condições metereológicas forem tão favoráveis como no dia em que tirei estas fotografias!

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