3 Dias Em Florença: O Roteiro De Florença Perfeito

Florença (em italiano, Firenze) é uma das cidades mais bonitas da Europa e um verdadeiro paraíso para os amantes de arte e arquitetura. Considerada o berço do Renascimento Italiano, Florença foi o local de trabalho dos mais conceituados mestres, como Giotto di Bondone, Sandro Botticelli, Leonardo da Vinci, Donatello Bardi, Michelangelo Buonarroti e Raffaello Sanzio – além de ser a cidade-natal de Dante Alighieri, um dos maiores poetas de sempre!

Capital da famosa região da Toscana, Florença é ainda um dos melhores lugares para visitar em Itália. Entre as várias dezenas de monumentos que compõem o Centro Histórico de Florença – que é Património Mundial da UNESCO desde 1992 – é impossível não mencionar a Cattedrale di Santa Maria del Fiore (uma das catedrais mais icónicas do mundo) e a Galleria degli Uffizi (o museu de arte mais importante do país)!

Por isso, queres saber mais sobre Florença? Continua a ler!

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Roteiro de Florença
Roteiro de Florença

Breve História de Florença

A cidade de Florença foi fundada no Império Romano (por volta de 59 a.C.) como um assentamento militar, porém sabe-se que esta região já tinha sido habitada pelos etruscos, entre os séculos VII-VI a.C.. Infelizmente, poucos vestígios arqueológicos desse período sobreviveram até aos dias de hoje.

No final da Idade Média, Florença começou a assumir-se como um dos principais centros culturais, artísticos e comerciais da Europa. E este desenvolvimento consolidou-se a partir da primeira metade do século XV, quando a Casa dos Medici chegou ao poder.

Duomo di Firenze
Corridoio Vasariano

Os Medici foram uma família de banqueiros e políticos, que governaram Florença e a Toscana durante mais de trezentos anos. Além do seu domínio e influência em questões administrativas e económicas, os Medici foram mecenas de inúmeros arquitetos, poetas, pintores, escultores e músicos.

Após a extinção da dinastia Medici em 1737, a Toscana foi integrada nos territórios da coroa austríaca. E em 1807, foi anexada pela França – situação que só se alterou sete anos depois, com a queda de Napoleão Bonaparte. Já em 1861, a Toscana tornou-se uma região do Reino de Itália, sendo que Florença foi a sua capital entre 1865 e 1871.

Património Mundial

Sabias que o Centro Histórico de Florença fez parte do terceiro conjunto de inscrições de Itália na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 5ª Sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Paris (França), entre os dias 13 e 17 de dezembro de 1982.

Hoje em dia, Itália é o país do mundo com mais sítios UNESCO: possui cinquenta e nove bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar oito:

Visitar Florença

A cidade de Florença é servida pelo Aeroporto Florença-Peretola (FLR), que tem diversas ligações para outras grandes cidades europeias – tornando-a num destino turístico ainda mais atrativo para os viajantes internacionais. E, se já estiveres em Itália, então podes chegar a Florença de comboio, autocarro ou carro!

Na minha opinião, a forma mais prática (e agradável) de viajar por Itália é de comboio. Com ligações diretas para as capitais de muitas das regiões italianas, Florença fica a cerca de 40 minutos de Bolonha (Emília-Romanha), 1h40 de Roma (Lazio), 1h55 de Milão (Lombardia), 2h10 de Perugia (Umbria), 2h40 de Veneza (Véneto), 2h45 de Génova (Ligúria), e a 3h tanto de Nápoles (Campânia) como de Turim (Piemonte).

Roteiro de Florença – Dia 1

Cattedrale di Santa Maria del Fiore (ou Duomo di Firenze)

O primeiro deste “Roteiro de 3 Dias em Florença” começa na Piazza del Duomo, com uma visita ao monumento mais famoso desta cidade italiana: a Cattedrale di Santa Maria del Fiore. Construída sobre a antiga Basilica di Santa Reparata, esta catedral foi um projeto começado pelo arquiteto Arnolfo di Cambio em 1296 e continuado por Giotto di Bondone em 1334, Andrea Pisano em 1337 e Francesco Talenti em 1349.

Quando foi consagrada em 1436, a Catedral de Santa Maria da Flor era a maior catedral da Europa e uma das primeiras em estilo renascentista. Entre os elementos que a diferenciam das demais, destaca-se a magnífica cúpula em tijolo (desenhada por Filippo Brunelleschi entre 1420 e 1436). E claro, o revestimento externo tricolor idealizado por Arnolfo di Cambio, com mármore branco de Carrara, mármore verde de Prato e mármore vermelho de Siena!

Mundialmente conhecida como Domo de Florença (ou Duomo di Firenze, em italiano), esta catedral é hoje uma das maiores igrejas do mundo, depois de outros templos religiosos igualmente icónicos, que já tive a oportunidade de visitar (como a Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano; a Catedral de Sevilha, em Espanha; ou a Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, Portugal).

A Cattedrale di Santa Maria del Fiore está aberta todos os dias (exceto aos domingos e feriados), das 10:15 às 16:30. A entrada é livre, embora seja necessário pagar para subir à cúpula. A melhor opção é comprares antecipadamente o “Passe Brunelleschi” no site oficial do Duomo de Florença, que custa 30€ (adultos) ou 12€ (crianças dos 7 aos 14 anos) e permite-te visitar as cinco atrações da Piazza del Duomo:

Campanile di Giotto

O Campanile di Giotto é a torre sineira da Cattedrale di Santa Maria del Fiore, com quase 85 metros de altura. E na minha opinião, subir os seus mais de 400 degraus para apreciar as vistas panorâmicas sobre a Piazza del Duomo, é uma das melhores coisas para fazer em Florença!

À semelhança do Domo de Florença, o Campanário de Giotto foi construído utilizando o mesmo mármore policromado da região da Toscana. O desenho ficou a cargo de Giotto di Bondone e as obras iniciaram em 1334, contudo o artista faleceu três anos depois e só teve tempo de concluir a base da torre.

Assim sendo, o projeto passou para as mãos de Andrea Pisano, que seguiu as ideias e conceito original do seu antecessor. No entanto, a construção teve de ser interrompida por causa da pandemia de Peste Negra e, quando retomou no final da década de 1340, já era Francesco Talenti quem supervisionava a obra.

O Campanário de Giotto ficou concluído em 1359 e, nos dias que correm, é considerado uma obra-prima da arquitetura gótica florentina. Um dos seus detalhes mais fascinantes são as dezenas de estátuas e relevos decorativos – se bem que os originais foram guardados no Museo dell’Opera del Duomo (para fins de conservação) e substituídos por réplicas.

O Campanile di Giotto está aberto todos os dias, das 08:15 às 19:45. No site oficial do Duomo de Florença, tens a opção de comprar o mesmo “Passe Brunelleschi”, ou então o “Passe Giotto” por 20€ (adultos) ou 7€ (crianças dos 7 aos 14 anos), que te dá acesso a quatro monumentos da Piazza del Duomo:

Battistero di San Giovanni

O Battistero di San Giovanni é o terceiro e último monumento localizado na Piazza del Duomo (e na Piazza San Giovanni), que decidi incluir neste “Roteiro de 3 Dias em Florença”. Curiosamente, é uma das igrejas mais antigas de Florença, pois as suas origens remontam ao século IV. Na verdade, durante vários séculos, os florentinos acreditaram que se tratava de um templo pagão fundado pelos romanos!

Tal como o nome indica, o “batistério” é o local onde se realizam os batismos cristãos, podendo estar incorporado numa igreja ou ser uma estrutura completamente independente – como é o caso do Batistério de Florença. O edifício religioso de planta octogonal que vês atualmente foi consagrado em 1059, mas a sua construção prolongou-se até ao século XVI.

Além do seu revestimento em mármore branco e verde, o Batistério de São João é célebre pelos três conjuntos de portas de bronze, criadas por Andrea Pisano e Lorenzo Ghiberti (este último, o autor das “Porte del Paradiso” – nome dado por Michelangelo às portas voltadas para a catedral). Com dimensões colossais e ricamente decorados com esculturas em relevo, os exemplares originais podem ser admirados no Museo dell’Opera del Duomo!

O Battistero di San Giovanni está aberto todos os dias, das 09:00 às 19:45. Mais uma vez, podes adquirir o “Passe Brunelleschi” ou o “Passe Giotto” no site oficial do Duomo de Florença – embora tenhas o “Passe Ghiberti” a 15€ (adultos) ou 5€ (crianças dos 7 aos 14 anos), que te permite visitar três monumentos da Piazza del Duomo:

Palazzo Vecchio

Construído entre o final do século XIII e o início do século XIV, o Palazzo Vecchio é a sede administrativa de Florença há mais de 700 anos. Originalmente apelidado de Palazzo dei Priori, este palácio fortificado está situado na Piazza della Signorina – uma praça que também acolhe dezenas de esculturas, entre as quais:

  • Statua Equestre di Cosimo I de’ Medici, uma estátua em bronze de Giambologna
  • Fontana del Nettuno, feita em mármore e bronze, com uma estátua central de Bartolomeo Ammannati
  • “Ercole e Caco”, uma escultura em mármore de Baccio Bandinelli
  • “Marzocco”, uma escultura em pietra serena de Donatello (é uma réplica, pois o original está em exposição no Museo Nazionale del Bargello)
  • “Giuditta e Oloferne”, uma estátua de bronze também de Donatello (também é uma cópia, mas podes ver o original na Sala dei Gigli do Palazzo Vecchio)
  • “David”, uma escultura em mármore de Michelangelo (logicamente, é uma réplica da obra-prima conservada na Galleria dell’Accademia)
Palazzo Vecchio
Fontana del Nettuno

O Palazzo Vecchio foi desenhado por Arnolfo di Cambio e tinha como objetivo acomodar a Signoria di Firenze (isto é, a magistratura e governo da cidade). Ao longo dos séculos, o edifício foi alvo de várias ampliações e intervenções, incluindo alterações do nome para Palazzo Ducale e Palazzo della Signoria.

A atual designação de “Palácio Velho” foi adotada em 1565, quando a Família Medici se mudou para o recém-construído Palazzo Pitti. Data também desta altura o Corridoio Vasariano, uma passagem concebida por Giorgio Vasari e que liga o Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti, atravessando monumentos como a Galleria degli Uffizi e a Ponte Vecchio.

O Museo di Palazzo Vecchio está aberto todos os dias, das 09:00 às 19:00 (exceto às quintas-feiras, que encerra às 14:00). Já a Torre di Arnolfo tem o mesmo horário, só que de sexta a quarta-feira fecha às 17:00. Quanto aos bilhetes, estes custam 12.5€ (adultos) ou 10€ (jovens dos 18 aos 25 anos e estudantes universitários) e podem ser adquiridos no site oficial dos Museus Cívicos Florentinos.

Galleria degli Uffizi

Em 1560, Cosme I de Medici encomendou a Giorgio Vasari um edifício de escritórios (o Palazzo degli Uffizi ou “Palácio dos Ofícios”), a fim de reunir os magistrados da cidade, até aí espalhados por Florença. No entanto, a sua “verdadeira” intenção era controlá-los diretamente a partir do Palazzo della Signoria, situado mesmo ao lado.

A Galleria degli Uffizi (isto é, Galeria dos Ofícios) foi um dos primeiros museus da História Moderna, uma vez que abriu pela primeira vez ao público em 1765. Ainda assim, só assumiu oficialmente o estatuto de “museu” cerca de um século depois. Hoje em dia, é não só uma das atrações mais populares em Florença, como também um dos museus de arte mais visitados do mundo!

A Galleria degli Uffizi está aberta de terça-feira a domingo, das 08:15 às 18:30. E o preço da entrada é de 12€, mas existe uma tarifa reduzida a 2€ para todos os jovens entre os 18 e os 25 anos, que sejam cidadãos da União Europeia. Além disso, a entrada é gratuita para todos os menores de 18 anos!

Lê o meu guia completo sobre a Galleria degli Uffizi, uma atração turística imperdível em qualquer roteiro de Florença!

Ponte Vecchio

Para terminar este primeiro dia de um “Roteiro de 3 Dias em Florença”, eu escolhi um dos sítios mais movimentados da bela cidade italiana: a Ponte Vecchio (ou “Ponte Velha”). Desenhada por Taddeo Gaddi, esta ponte em arco foi erigida em 1345, depois da antiga ponte romana ter sido destruída pelas cheias.

Além de ser uma das atrações mais turísticas de Florença, a Ponte Vecchio é muito popular entre os visitantes mais “abastados”. Isto acontece porque o tabuleiro da ponte acolhe uma série de lojas de luxo, na sua grande maioria ourivesarias e joalharias.

Roteiro de Florença – Dia 2

Galleria dell’Accademia

A Galleria dell’Accademia di Firenze (ou Galeria da Academia de Florença) é um dos museus de arte mais importantes de Itália, com um acervo de obras do início do século XIV até ao fim do século XIX.

A Galeria da Academia foi fundada pelo Imperador Leopoldo II (o então Grão-Duque da Toscana) em 1874 e tinha como objetivo promover o ensino da arte e o contacto direto entre esses estudantes e as obras de arte.

“David”, de Michelangelo

Além de “David” (a obra-prima de Michelangelo), é possível admirar inúmeras pinturas e esculturas de outros artistas toscanos, sobretudo do período renascentista. E em 2001, abriu uma coleção de instrumentos musicais, com exemplares de Nicola Amati, Antonio Stradivari e Bartolomeo Cristofori.

A Galleria dell’Accademia está aberta de terça-feira a domingo, das 09:00 às 18:45. Quanto aos bilhetes, os preços são semelhantes aos da Galleria degli Uffizi e também estão sujeitos a uma taxa adicional de 4€, quando comprados no site oficial dos Museus Estatais Florentinos.

Palazzo Medici Riccardi

Como já deves ter reparado, este “Roteiro de 3 Dias em Florença” centra-se nos três tipos de edifícios históricos mais importantes desta cidade: igrejas, palácios e museus. E o Palazzo Medici Riccardi é mais um deles, já que este palácio renascentista foi propriedade da Família Medici, antes de ser comprado e ampliado pela Família Riccardi!

A construção do palácio foi encomendada por Cosme de Medici (o fundador da poderosa dinastia) em 1444 e ficou a cargo do arquiteto Michelozzo Michelozzi. Porém, a residência familiar foi confiscada pela Repubblica Fiorentina em 1494, no ano em que os Medici foram expulsos da cidade.

Em 1659 e já depois do regresso da Família Medici ao poder, Fernando II de Medici vendeu a mansão ao Marquês Gabriello Riccardi. E esta outra família de banqueiros rapidamente alterou a sua estrutura arquitetónica e elementos decorativos, procurando expandir o palácio e modernizá-lo ao gosto barroco.

O Palazzo Medici Riccardi está aberto todos os dias (exceto às quartas-feiras), das 09:00 às 19:00. E como a maioria dos monumentos em Itália, os preços dos bilhetes dividem-se três categorias: 7€ (adultos), 4€ (jovens dos 18 aos 25 anos e estudantes universitários) e entrada gratuita (menores de 18 anos).

Basilica di San Lorenzo

A Basilica di San Lorenzo é uma das muitas basílicas que existem em Florença. Quer dizer, quando estive em Florença, vi/visitei sete: Basilica di San Marco, Basilica della Santissima Annunziata, Basilica di San Lorenzo, Basilica di Santa Maria Novella, Basilica di Santa Croce, Basilica di San Miniato al Monte e antiga Basilica di Santa Reparata!

Embora existisse uma pequena igreja neste local, fundada no final do século IV, a basílica atual data do século XV. Desenhada por Filippo Brunelleschi, as obras começaram em 1419 e prolongaram-se até 1460, já sob a supervisão do também arquiteto florentino Antonio Manetti.

O templo católico outro dos edifícios mandados construir pelos Medici, ainda que este tenha uma importância especial. Isto deve-se ao facto da Basílica de São Lourenço abrigar a Cappelle Medicee (o mausoléu da família), que inclui duas notáveis construções: a Sagrestia Nuova (de Michelangelo) e a Cappella dei Principi (de Matteo Nigetti)!

A Basilica di San Lorenzo está aberta todos os dias (exceto aos domingos), das 10:30 às 16:00. Quanto aos bilhetes, estes custam 6€ (Basílica) ou 8.50€ (Basílica, Capelas Medici, Claustro e Biblioteca Medicea Laurenziana), sendo que os menores de 12 anos não pagam entrada.

Basilica di Santa Maria Novella

Se chegaste a Florença de comboio, então deves ter visto a Basilica di Santa Maria Novella, pois ela fica a poucos metros da Stazione di Firenze Santa Maria Novella (a estação ferroviária central). Erguida entre 1246 e 1360 em estilo gótico e renascentista, esta igreja dominicana foi projetada pelos próprios frades da Ordem de São Domingos!

A Basilica di Santa Maria Novella está aberta todos os dias, se bem que com horários de abertura distintos: das 09:00 às 17:30 (de segunda a quinta-feira), das 11:00 às 17:30 (às sextas-feiras), das 09:00 às 17:00 (aos sábados) e das 13:00 às 17:00 (aos domingos e feriados). O bilhete custa 5€ (adultos) ou 3.50€ (crianças e jovens dos 5 aos 18 anos, e maiores de 65 anos).

Mercato Centrale di Firenze

Se pensaste que eu podia escrever um roteiro numa cidade italiana sem mencionar comida, pensa de novo! O Mercanto Centrale di Firenze não tem uma importância histórica equiparável aos outros monumentos deste artigo, contudo é um dos melhores sítios em Florença para degustar a deliciosa gastronomia da Toscana e de Itália!

Curiosamente, o Mercado Central de Florença foi desenhado por Giuseppe Mengoni (o mesmo arquiteto que concebeu a icónica Galleria Vittorio Emanuele II em Milão). O edifício em ferro e vidro data de 1874, mas a sua aparência atual é o resultado de uma longa campanha de reabilitação, para celebrar o seu 140º Aniversário (no ano de 2004).

O Mercato Centrale di Firenze está aberto todos os dias, das 10:00 às 24:00. Além das inúmeras barracas que vendem produtos frescos no rés-do-chão, podes encontrar restaurantes, tasquinhas, pizzerias, gelatarias, cafés e bares no andar superior. Eu experimentei um “panini al tartufo” no Il Tartufo de Luciano Savini e confesso que estava divinal!

Roteiro de Florença – Dia 3

Basilica di Santa Croce

O meu último dia em Florença é dedicado a Oltrarno (o bairro na margem sul do rio Arno), ainda que haja mais um local imperdível para visitar na margem norte: a Basilica di Santa Croce. Localizado na Piazza di Santa Croce, este monumento é um autêntico “Panteão de Mestres Italianos”. Afinal de contas, é aqui que estão sepultadas figuras como Lorenzo Ghiberti, Niccolò Machiavelli, Michelangelo Buonarotti, Galileu Galilei ou Gioachino Rossini!

A história da Basílica de Santa Cruz remonta ao ano de 1294 e o seu desenho é atribuído a Arnolfo di Cambio. E apesar de ter sido consagrada em 1442, as obras prolongaram-se por séculos, com o acrescento de várias capelas e a construção do campanário em meados do século XIX . Hoje em dia, é a maior igreja franciscana do mundo.

Basilica di Santa Croce
Monumento a Dante Alighieri

A Basilica di Santa Croce está aberta todos os dias (exceto às terças-feiras), das 09:30 às 17:30 (de segunda-feira a sábado) ou das 13:00 às 17:30 (aos domingos e feriados). Os bilhetes custam 8€ (adultos) ou 6€ (jovens dos 12 aos 17 anos e estudantes universitários). Se quiseres, podes comprar antecipadamente as entradas no site oficial da Basílica de Santa Cruz.

Palazzo Pitti

Quando saíres da Basilica di Santa Croce em direção ao Palazzo Pitti, certifica-te que atravessas o rio Arno pela Ponte alle Grazie – desta forma, tens vistas panorâmicas para a Ponte Vecchio! Ora, tanto quanto se sabe, o Palazzo Pitti foi encomendado a Filippo Brunelleschi em 1458, pelo banqueiro florentino Luca Pitti.

No entanto, a sua “fama” só surgiu um século depois, quando se tornou a residência oficial dos Medici, depois destes terem decidido deixar o Palazzo Vecchio. E apesar da dinastia Medici ter sido extinta em 1737, o edifício manteve o seu estatuto de “palácio real”, pois ainda acolheu as casas de Habsburgo-Lorena (1737-1801 e 1814-1860), Bourbon-Parma (1801-1807), Bonaparte (1807-1814) e Saboia (1860-1871)!

Atualmente, o Palácio Pitti é a principal atração turística do bairro de Oltrarno, estando dividido numa série de museus: o Tesoro dei Granduchi (no rés-do-chão); a Galleria Palatina, Cappella Palatina, Museo delle Icone Russe e os Appartamenti Imperiali e Reali (no primeiro piso); e a Galleria d’Arte Moderna e o Museo della Moda e del Costume (no segundo andar).

O Palazzo Pitti está aberto de terça-feira a domingo, das 08:15 às 18:30. Quanto aos bilhetes, estes custam 10€ (adultos) ou 2€ (jovens entre os 18 e os 25 anos, que sejam cidadãos da União Europeia), e dão acesso a todas as coleções deste palácio renascentista. Como o monumento é um dos mais populares em Florença, recomendo que compres antecipadamente os ingressos no site oficial dos Museus Estatais Florentinos.

Giardino di Boboli

O Palazzo Pitti pode ser o maior complexo museológico de Florença, mas o Giardino di Boboli não lhe fica nada atrás em termos de tamanha e espetacularidade! Concebido pela família Medici nas traseiras da sua “nova” residência oficial, este conjunto de jardins originou o conceito de “Giardino all’italiana” (ou seja, “Jardim à Italiana”) e tornou-se um modelo para outras cortes europeias.

Os Jardins de Boboli estão adornados com dezenas de estátuas clássicas e renascentistas, grutas artificiais e fontes monumentais. Além disso, são pontuados por outras estruturas, como o Anfiteatro di Boboli (com um obelisco egípcio), o Kaffeehaus (um dos poucos exemplos de arquitetura rococó na Toscana) e a Lemon House (construído por Zanobi del Rosso entre 1777-78).

O Giardino di Boboli está aberto todos os dias desde as 08:15. Contudo, o horário de encerramento depende do mês do ano: 16:30 (em janeiro, fevereiro, novembro e dezembro), 17:30 (em março e outubro, no horário de Inverno), 18:30 (de março a maio e em setembro e outubro, no horário de Verão) e 19:00 (de junho a agosto). O bilhete custa 6€ (adultos) ou 2€ (jovens entre os 18 e os 25 anos, que sejam cidadãos da União Europeia), e pode ser adquirido pelo site oficial dos Museus Estatais Florentinos.

Piazzale Michelangelo

Ver o pôr do sol no centro histórico desta cidade italiana desde a Piazzale Michelangelo deve ser uma das melhores coisas para fazer em Florença (e uma das mais indescritíveis também). Projetada pelo arquiteto Giuseppe Poggi em 1869, esta praça tem as melhores vistas panorâmicas que alguma vez encontrei nas minhas viagens pela Europa!

A Praça Michelangelo data da altura em que Florença era a capital de Itália e que grande parte da cidade estava a ser renovada. Dedicada ao génio da pintura, escultura e arquitetura, este terraço amplo alberga réplicas das suas obras (incluindo uma estátua de bronze de “David”) e uma loggia renascentista, convertida num restaurante.

Mapa do Roteiro de Florença

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