Museu De Orsay: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

O Museu de Orsay (ou seja, Musée d’Orsay em francês) é um museu de arte na cidade de Paris, França. Situado no 7e arrondissement – na margem esquerda do rio Sena – recebe cerca de 3 milhões de visitantes por ano, apesar de ter apenas 35 anos de existência!

A coleção do museu apresenta a diversidade da criação artística do mundo ocidental, entre 1848 e 1914. Ou seja, no período que cobre o surgimento da Segunda República Francesa (1848-1852) até ao início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Neste guia completo, poderás encontrar obras de arte imperdíveis, informações relativas a horários de abertura e preços de bilhetes, bem como as melhores dicas e sugestões sobre o Museu de Orsay!

Por isso, queres saber mais sobre o Museu De Orsay: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024? Continua a ler!

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Museu de Orsay
Museu de Orsay

Breve História do Museu de Orsay

Anteriormente, o edifício do Museu de Orsay era uma estação de comboios, com o nome de Gare du Quai d’Orsay. Inaugurada em 1900 para a Exposição Universal, a Gare do Cais de Orsay permitia assim aos viajantes de todo o sudoeste da França chegar ao coração de Paris, numa linha ferroviária apelidada de Chemin de Fer de Paris à Orléans.

Nessa altura, o monumento igualmente alojava um salão de festas e um hotel de luxo. No entanto, com a modernização dos comboios ao longo do século XX, a estação de caminhos-de-ferro foi perdendo o seu valor e caiu no abandono.

Em 1977, o governo francês decidiu recuperar o edifício e convertê-lo em museu, cuja inauguração oficial aconteceu a 1 de dezembro de 1986. Nos dias que correm, o museu é constituído por pisos amplamente abertos, de modo a mostrar o cuidado com que o edifício foi pensado e a harmonia da arquitetura original.

O Que Ver no Museu de Orsay

O acervo do Museu de Orsay exibe sobretudo pinturas, esculturas, artes decorativas, fotografias e desenho. Além disso, estas derivam essencialmente de três outros museus:

Entre os pintores mais importantes da coleção, estão: Claude Monet, Édouard Manet, Pierre-Auguste Renoir, Edgar Degas, Paul Cézanne, Vincent van Gogh, Paul Signac, Pierre Bonnard, Édouard Vuillard e Eugène Delacroix. Quanto aos escultores, existem obras de Auguste Rodin, Camille Claudel, Paul Gauguin, Honoré Daumier, Jean-Baptiste Carpeaux e Aristide Maillol, entre outros.

“Danseuses Bleues”, de Edgar Degas (Piso 0, Exposição Temporária)

No final da década de 1860, Edgar Degas começou a acompanhar o trabalho de bailarinas em aulas, treinos, espetáculos e até nos seus momentos de pausa. A partir de 1890, o pintor passou a dedicar-se a criar quadros de grupos de bailarinas (“corpos de baile”) ou da figura de uma só bailarina, tema que o tornou conhecido ou não fossem os 1500 trabalhos sobre o assunto!

Nesta pintura em específico, “Bailarinas em azul”, Degas apresenta um conjunto de quatro jovens nos bastidores de um ensaio ou de uma performance. A cor azul dos tutus de ballet dá o título à obra, pela sua predominância, enquanto que os restantes artistas vestidos de amarelo em segundo plano, quase se desvanecem no fundo da cena, de tão impercetíveis que são.

Com este quadro de cerca de 1890 e outros da mesma altura retratando bailarinas, o pintor trocou a importância dada aos detalhes, pelo domínio da imagem no geral: agora, em vez de linhas mais consistentes, Degas preocupa-se com as tonalidades, as texturas e os volumes.

“Arrangement in Grey and Black No.1”, de James McNeill Whistler (Piso 2, Sala 70)

Embora seja conhecido internacionalmente como “Whistler’s Mother”, o nome original deste quadro de 1871 é, na verdade, “Arranjo em Cinza e Preto No.1 – Retrato da Mãe do Artista”.

De nacionalidade norte-americana, James McNeill Whistler dividiu a sua carreira na Europa, mais concretamente entre Londres e Paris. Inspirado por Eugène Delacroix, Whistler representou a vanguarda artística em Paris, ao lado de Édouard Manet e Charles Baudelaire.

A pintura foi comprada pelo estado francês em 1891 e, hoje em dia, é uma das obras mais famosas de um artista norte-americano, fora dos Estados Unidos.

“Coquelicots”, de Claude Monet (Piso 5, Sala 29)

Depois de voltar de Inglaterra em 1871, Claude Monet mudou-se para Argenteuil, na região de Île-de-France, onde permaneceu até 1878.

Nesse local, encontrou paisagens luminosas que lhe permitiram explorar as possibilidades da pintura ao ar livre. Esta pintura de 1873 evoca, com sucesso, a atmosfera vibrante de uma caminhada pelo campo, num dia de Verão.

“Papoilas”, tornou-se numa das telas mais famosas de Monet. Curiosamente, a jovem mulher de guarda-chuva e a criança em primeiro plano são, Camille – esposa do pintor – e o seu filho Jean.

“Bal du Moulin de la Galette”, de Auguste Renoir (Piso 5, Sala 30)

Esta pintura de 1876 retrata uma atmosfera animada e alegre no Moulin de la Galette, um estabelecimento muito popular naquela altura e localizado em Montmartre, Paris. Acima de tudo, Auguste Renoir preocupou-se em mostrar como a multidão se deslocava sob a luz natural e artificial.

No entanto, também foi alvo de críticas na sua época, porque optou por uma certa dissolução das formas. De formato imponente, estilo inovador e temática assente na vida parisiense contemporânea, o quadro não só é uma das melhores criações artísticas de Renoir, como uma referência nos primórdios do movimento impressionista.

“Nymphéas Bleus”, de Claude Monet (Piso 5, Sala 34)

Em Botânica, Nymphéas é o nome dado aos nenúfares brancos. Claude Monet começou a cultivar estas plantas com flor no jardim aquático que mandou instalar em 1893, na sua propriedade em Giverny, na Normandia.

Nas últimas décadas da sua vida, o seu jardim e lago tornaram-se as suas principais fontes de inspiração. E neste quadro em específico, criado entre 1916-1919, Monet concentra a sua visão numa pequena área do lago.

Contudo, ele cria uma pintura onde nenhum ponto sobressai mais do que os outros, usando o formato quadrado e as extremidades inacabadas da tela para reforçar essa neutralidade e, ao que parece, uma certa abstração.

“La nuit étoilée sur le Rhône”, de Vincent van Gogh (Piso 5, Galerie Bellechasse)

Vincent van Gogh tencionava representar uma “noite estrelada” desde que chegou a Arles, no sul de França, no início de 1888. Depois de várias correspondências com os seus irmãos e amigos pintores onde confidenciava esse desejo, conseguiu finalmente pôr em prática o seu projeto em setembro do mesmo ano.

A obra retrata uma paisagem noturna, nas margens do rio Ródano. Van Gogh utiliza sobretudo três cores: o azul, como cor dominante; o laranja intenso, que representa os candeeiros a gás da cidade e o seu reflexo na água; e o amarelo, numa tentativa de recriar o brilho das estrelas como pedras preciosas.

“A Noite Estrelada sobre o Ródano” acabou por inspirar uma outra versão do mesmo tema – “A Noite Estrelada” – que está em exposição no MoMA (Museum of Modern Art), em Nova Iorque, e que é considerada por muitos como a sua verdadeira obra-prima.

“Portrait de l’artiste”, de Vincent van Gogh (Piso 5, Galerie Bellechasse)

Ao longo da sua vida, Vincent van Gogh criou mais de quarenta autorretratos, tanto pinturas quanto desenhos. Neste quadro em concreto de 1889, o artista concentrou toda a sua atenção no rosto, em especial nas suas feições rígidas e magras e no seu olhar algo intransigente e ansioso, estranhamente cercado de verde – quase como se estivesse “em alerta”.

A tonalidade dominante deste quadro – uma mistura de absinto verde e turquesa claro – é perfeitamente contrastada com o laranja vivo do seu cabelo e da sua barba. Além disso, a sua imobilidade desconcertante enquanto modelo contrapõe-se ao movimento criado pelas curvas ondulantes do cabelo, bem como pelos arabescos caraterísticos como “pano de fundo”.

Guia Prático do Museu de Orsay

Visitar o Museu de Orsay é quase obrigatório para todos os amantes de arte, sobretudo de pintura impressionista. Como adoro esta corrente artística, acabei por conciliar a minha visita ao Museu de Orsay com uma passagem pelo Museu da Orangerie (em francês, Musée de l’Orangerie), uma galeria de arte impressionista e pós-impressionista, no Jardim das Tulherias.

Ambos os museus são relativamente pequenos e completam-se nas temáticas e autores destacados. Além disso, a proximidade entre eles é uma mais-valia: a única coisa que os separa é o rio Sena. Para chegar ao Museu de Orsay, a alternativa mais simples e conveniente é o metro, através da estação “Solférino – Museu de Orsay” (linha 12). Se preferires usar o comboio suburbano, existe uma paragem do RER C chamada “Musée d’Orsay”.

Quando estive no Museu de Orsay, descobri a riqueza da vida cultural parisiense durante a Belle Époque, enquanto aproveitava a vantagem de ser jovem e ter entrada gratuita. Por essa razão, deixo-te três dicas com base na minha experiência pessoal, que te vão ajudar a aproveitar ao máximo este magnífico monumento.

1. Compra o Bilhete com Antecedência

Uma das dicas mais importantes numa visita ao Museu de Orsay é comprar o bilhete com bastante antecedência. A opção mais rápida e fácil é adquiri-lo através da bilheteira online, mas tem em atenção que o bilhete individual costuma ser a última opção da lista. Hoje em dia, o bilhete para as coleções permanentes e exposições custa 14€ e 11€ para acompanhantes de jovens menores de 18 anos, residentes na União Europeia (limite máximo de 2 acompanhantes).

A boa notícia é que a entrada é gratuita para todos os menores de 18 anos e jovens com menos de 26 anos, residentes no Espaço Económico Europeu. Nesse caso, basta apresentares um documento de identificação à entrada, depois de passares o controlo de segurança. Finalmente, o Museu de Orsay também é de livre acesso no primeiro domingo de cada mês.

2. Entra pela Porta Correta

Resolveste comprar o teu bilhete de entrada pela internet? Então esta próxima dica vai-te ser muito útil. De modo a diminuir o tempo de espera, o Museu de Orsay decidiu instalar um sistema de quatro filas, divididas por portas/entradas com letras de A a D:

  • A – Visitantes individuais sem bilhete/reserva
  • B – Grupos com reserva
  • C – Visitantes individuais com bilhete
  • D – Grupos escolares com reserva

Portanto, se não estiveres em grupo e tiveres o bilhete na mão (ou no smartphone), podes dirigir-te diretamente à entrada C, que tem normalmente uma fila muito menor do que as outras.

3. Escolhe a Altura Adequada

O Museu de Orsay está aberto todos os dias (exceto às segundas-feiras), das 9:30 às 18:00. Às quintas-feiras, o horário estende-se até às 21:45. O museu está fechado nos feriados 1 de maio e 25 de dezembro. Se precisares, todas estas informações podem ser consultadas (e confirmadas) no site oficial.

ATENÇÃO: Às quintas-feiras, as salas começam a fechar às 21:15 e no resto dos dias, às 17:15!

Queres um conselho? Visita o Museu de Orsay no início do dia – ou no fim da tarde, se for quinta-feira. E evita as terças-feiras: como o Museu do Louvre está fechado nesse dia, as terças-feiras conseguem ser quase tão populares como os fins-de-semana!

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