Como Visitar O Parque Güell Em 2024

O Parque Güell (em catalão, Parc Güell) é um grande parque urbano desenhado por Antoni Gaudí no distrito de Gràcia, em Barcelona. Além disso, é uma das três obras do arquiteto catalão distinguidas como Património Mundial em 1984, às quais se juntaram outras quatro em 2005 (todas localizadas na província de Barcelona).

A ideia para a criação do Parque Güell partiu de Eusebi Güell, que queria construir um condomínio luxuoso inspirado no conceito inglês de “cidades-jardim”. O projeto inicial para o recinto contava com sessenta casas com jardins, além de ruas, praças e viadutos. No entanto, a urbanização revelou-se um fracasso e foi convertida num parque público!

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Parque Güell
Parque Güell

Breve História do Parque Güell

Depois de ter vivido em Inglaterra, Eusebi Güell i Bacigalupi (um abastado empresário industrial) regressou à sua cidade natal de Barcelona com intenções de criar uma cidade-jardim, conceito que havia conhecido no estrangeiro. E o local escolhido foi uma colina rochosa no distrito de Gràcia, na altura chamada de Muntanya Pelada (isto é, Montanha Pelada).

Para concretizar esta urbanização, Eusebi Güell contratou Antoni Gaudí i Cornet, que por sua vez chamou os seus colegas arquitetos Llorenç Matamala i Piñol, Francesc d’Assís Berenguer i Mestres, Joan Rubió i Bellver e Josep Maria Jujol i Gibert para colaborarem no projeto.

O Parque Güell (cujo nome original é escrito em inglês, Park Güell) foi pensado como um condomínio privado de luxo, destinado a famílias da alta sociedade, que pretendiam fugir à poluição, ao ruído e à agitação da cidade de Barcelona. As obras começaram em 1900 e prolongaram-se até ao ano de 1914, altura em que irrompeu a Primeira Guerra Mundial.

Eusebi Güell percebeu que a sua ideia tinha sido um fracasso comercial logo nos primeiros anos de construção, pois não tinha investidores interessados nos lotes residenciais do Parque Güell. Após a morte do empresário em 1918, a família Güell vendeu o terreno ao Município de Barcelona, que o inaugurou como parque público em abril de 1926.

Património Mundial

Sabias que o Parque Güell fez parte do primeiro conjunto de inscrições de Espanha na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 8ª sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Buenos Aires (Argentina), entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro de 1984.

Quatro outros sítios espanhóis foram anunciados na sessão: Alhambra, Generalife e Albayzín, Granada; a Catedral de Burgos; o Centro Histórico de Córdoba; e o Mosteiro e Sítio do Escorial em Madrid. No entanto, o Parque Güell não foi a única obra de Antoni Gaudí premiada nesta sessão. Num total de três obras do arquiteto, estão ainda a Casa Milà e o Palácio Güell.

Hoje em dia, Espanha é o quinto país do mundo e o quarto país da Europa com mais sítios UNESCO. Possui cinquenta bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar dez:

Como Chegar ao Parque Güell

Embora o Parque Güell fique numa zona bastante longe do centro histórica de Barcelona, é muito fácil lá chegar. Isto porque existem várias opções de transportes – se bem que o metro e o autocarro são as mais práticas:

  • De metro, podes sair nas estações da linha 3 Lesseps ou Vallcarca e fazer o resto a pé até à entrada na Avinguda del Santuari de Sant Josep de la Muntanya. ATENÇÃO: tens de caminhar cerca de 1000 metros e grande parte do percurso é a subir!
  • Os autocarros das linhas H6 e D40 têm uma paragem relativamente mais próxima, na Travessera de Dalt. Daí, estás a pouco mais de 500 metros da mesma entrada para o Parque Güell (existem quatro entradas de visitantes, que podes consultar aqui).

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Parque Güell está aberto todos os dias a partir das 09:30, mas o horário de encerramento varia consoante o mês do ano, pelo que deves confirmar a hora exata no site oficial do Parque Güell (normalmente, é entre as 17:30 e as 19:30).

Quanto aos bilhetes, estes custam 10€ (tarifa normal) ou 7€ (crianças dos 7 aos 12 anos). Como o Parque Güell é um sítio muito turístico, recomendo vivamente que compres antecipadamente as entradas através da sua bilheteira online, de forma a evitares longas filas de espera no local!

O Que Ver no Parque Güell

Pavelló de Recepció & Casa del Guarda

O Pavilhão da Receção (em catalão, Pavelló de Recepció) e a Casa do Guarda (em catalão, Casa del Guarda) são dois pavilhões à entrada do Parque Güell, que funcionam como saída única do recinto, desde que a chamada “Zona Monumental” passou a ser paga em 2013.

Ora, o Pavelló de Recepció era a área de trabalho do porteiro desta propriedade e estava equipada com uma sala de espera e uma cabine telefónica. Já a segunda era a residência do mesmo (daí o nome Casa del Guarda) e hoje faz parte do MUHBA – Museu d’Història de Barcelona.

Assim que os visitantes chegam ao Parque Güell e avistam estes dois edifícios de serviço, conseguem reparar imediatamente na harmonia perfeita entre a arquitetura e a natureza, uma caraterística típica desta fase artística de Antoni Gaudí. Na minha opinião, ambos os pavilhões fazem lembrar a casinha de chocolate de “Hansel e Gretel” (o célebre conto de fadas dos Irmãos Grimm)!

Escala i Drac

A Escadaria (em catalão, “Escala”) é certamente um dos locais mais fotografados do Parque Güell e da cidade de Barcelona. Qual é a razão? Uma escultura animalesca que ninguém sabe se é uma salamandra, um lagarto ou um dragão! E tu, que animal achas que está aqui representado?

O “Dragão” (em catalão, “Drac”) é uma peça integrante de uma fonte decorativa, cuja água chega de uma cisterna (construída por baixo da Sala Hipòstila) e corre ao longo de três lances desta escadaria dupla. Outro detalhe fascinante da Escala é um mosaico com o emblema da Catalunha, que tem uma bica insólita com a forma de uma cabeça de serpente!

Sala Hipòstila

A Sala Hipostila (em catalão, Sala Hipòstila) é um grande recinto coberto, que se encontra no topo da escadaria do Parque Güell. O seu nome vem da palavra grega “hipostilo”, que significa “teto sustentado por colunas”. Curiosamente, há quem considere que esta é uma das obras menos criativas (e interessantes) de Gaudí, pois é baseada em formas demasiado “convencionais” para o seu estilo.

Antoni Gaudí concebeu a Sala Hipòstila para acomodar um mercado. O espaço é formado por 86 colunas de inspiração dórica e um teto de pequenas abóbodas, onde predomina o trencadís branco. E se olhares cuidadosamente para algumas destas cúpulas, vais encontrar “medalhões” de mosaico policromado, da autoria de Josep Maria Jujol (um amigo e discípulo de Gaudí).

Plaça de la Natura

A Praça da Natureza (em catalão, Plaça de la Natura) é o coração do Parque Güell é um dos seus cartões-postais mais famosos, muito por causa da sua varanda colorida. Quando Antoni Gaudí desenhou o Parque Güell, decidiu incorporar uma grande praça central, destinada a receber espetáculos e outros eventos sociais ao ar livre. Por isso, o arquiteto apelidou-a de Teatro Grego (em catalão, Teatre Grec).

Este espaço é único também por outra razão: ao contrário do resto do parque, que foi adaptado aos relevos do terreno, a Plaça de la Natura é totalmente artificial. A parte mais recuada (junto ao Passeig de les Palmeres) foi escavada da rocha aqui existente, enquanto que a secção dianteira é sustentada pelas colunas da Sala Hipòstila!

No entanto, o elemento que mais se destaca na Plaça de la Natura é, sem dúvida, o banco ondulante que serve de balaustrada e de miradouro panorâmico. Desenhado pelo arquiteto Josep Maria Jujol, utiliza pedaços de cimento pré-fabricados e revestidos com trencadís.

Passeig de les Palmeres

O Passeio das Palmeiras (em catalão, Passeig de les Palmeres) é o caminho mais amplo do Parque Güell, chegando a atingir os dez metros de largura!

Quando Eusebi Güell teve a ideia de construir uma cidade-jardim nesta colina do bairro de Gràcia, Antoni Gaudí concebeu caminhos, estradas e viadutos, para interligar os lotes residenciais e simultaneamente minimizar o declive acentuado do terreno.

O resultado é uma rede serpenteante com cerca de 3 km de extensão, do qual o Passeig de les Palmeres é o troço principal. Ladeado por palmeiras (daí o nome) o caminho passa pelos sítios mais icónicos do Parque Güell, como o Pòrtic de la Bugadera, a Plaça de la Natura, os Jardins d’Àustria e a Casa Museu Gaudí.

Casa Museu Gaudí

A Casa Museu Gaudí (anteriormente apelidada de La Torre Rosa, isto é, A Torre Rosa) foi um dos dois únicos edifícios construídos no Parque Güell (o outro foi a Casa Trias i Domènech), apesar do plano inicial de Eusebi Güell prever a projeção de sessenta casas!

Desenhada pelo arquiteto Francesc Berenguer i Mestres (um amigo e discípulo de Gaudí), as obras da La Torre Rosa duraram dois anos (entre 1903-05) e estiveram a cargo do empreiteiro Josep Casanovas i Pardo e do próprio Antoni Gaudí.

Esta propriedade foi colocada à venda, ao mesmo tempo que funcionava como casa-modelo para potenciais compradores dos restantes terrenos do Parque Güell, mas não obteve qualquer oferta. Em 1906, Gaudí acabou por adquiri-la e passou a morar aqui até 1925 – altura em que se mudou para a sua oficina dentro da Basílica da Sagrada Família.

Depois do arquiteto catalão ter deixado o imóvel em testamento à Fundação La Sagrada Família e desta a ter vendido a particulares, La Torre Rosa foi recuperada pela associação Amigos de Gaudí e aberta ao público em 1963 com o nome de Casa Museu Gaudí. A exposição inclui objetos pessoais de Antoni Gaudí, assim como uma coleção de móveis e elementos decorativos pensados para outras das suas obras: a Casa Milà, a Casa Batlló, a Casa Vicens e até a Cripta da Colònia Güell!

Jardins d’Àustria

O sítio onde se encontram os Jardins d’Áustria (em catalão, Jardins d’Àustria) correspondia a uma das propriedades da urbanização inicial de Antoni Gaudí, com uma casa e horta. No entanto, quando o Parque Güell foi transformado num parque público na década de 1920, este terreno passou a ser utilizado como viveiro de plantas municipal.

Nos anos 1960, o espaço verde foi finalmente projetado como um jardim pelo arquiteto municipal Lluís Riutort, que concebeu um jardim formal com parterres ao gosto daquela época. Depois de uma doação de espécies vindas da Áustria em 1977, os Jardins d’Àustria ganharam o seu nome atual.

Pòrtic de la Bugadera

O Pórtico da Lavadeira (em catalão, Pòrtic de la Bugadera) tem este nome curioso, porque uma das suas colunas foi esculpida de forma a imitar uma mulher com um cesto de roupa sobre a cabeça.

Localizado no lado oriental da Plaça de la Natura, esta galeria de duplas colunas inclinadas assemelha-se a uma onda gigante e é um dos melhores exemplos de arquitetura orgânica idealizados por Antoni Gaudí.

O Pòrtic de la Bugadera dá acesso aos antigos jardins da Casa Larrard (ou Casa Muntaner de Dalt), uma mansão que já existia antes da criação do Parque Güell.

Em 1906, Eusebi Güell escolheu a Casa Larrard para residência oficial, mas o edifício foi convertido numa escola primária em 1931. Atualmente, chama-se Escola Baldiri Reixac.

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