Como Visitar O Panteão De Roma Em 2024

O Panteão de Roma foi projetado por Marco Vipsânio Agripa entre 25 e 27 a.C., como um templo dedicado aos doze principais deuses da mitologia romana: Júpiter, Juno, Neptuno, Minerva, Marte, Ceres, Febo, Diana, Vulcano, Vénus, Mercúrio e Baco. E, desde então, tornou-se num dos símbolos mais importantes da cidade.

Reconstruído pelo Imperador Adriano entre 118 e 125 d.C., o Panteão é o monumento mais bem-preservado da Roma Antiga. Ao contrário de atuais sítios arqueológicos como o Coliseu, o Fórum Romano e o Monte Palatino, as Termas de Caracala ou os Fóruns Imperiais, o Panteão de Roma permaneceu quase intacto à passagem do tempo!

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Panteão de Roma
Panteão de Roma

Breve História do Panteão de Roma

Tal como referi na introdução, o Panteão de Roma foi construído há mais de dois milénios, durante o reinado de Augusto (o fundador do Império Romano e, consequentemente, seu primeiro imperador). No entanto, segundo as escavações arqueológicas, pouco resta do edifício original (o chamado “Panteão de Agripa”), à exceção da fachada.

Foi nesta mesma fachada que o Imperador Adriano, juntamente com o seu arquiteto Apolodoro de Damasco, homenagearam o primeiro autor do templo pagão, com a inscrição “M·AGRIPPA·L·F·COS·TERTIVM·FECIT” (isto é, “Marcos Agripa, filho de Lúcio, fez [este edifício] quando cônsul pela terceira vez”).

Em 608, o Papa Bonifácio IV recebeu o Panteão de Roma do Imperador Focas e decidiu convertê-lo numa igreja cristã, consagrando-a a “Santa Maria e os Mártires”. Ao mesmo tempo, o papa ordenou a trasladação de dezenas de mártires, das Catacombe di Roma para a nova Basilica di Santa Maria dei Martiri.

Esta decisão acabou por salvar o monumento do abandono e destruição – que foi o que aconteceu à maioria dos edifícios e estruturas do Império Romano, durante a Idade Média. Já no Renascimento, o Panteão de Roma foi transformado naquilo que hoje em dia se entende por “panteão”: um mausoléu de figuras ilustres da História.

No seu interior, podes visitar os túmulos do arquiteto Baldassare Peruzzi, do pintor Raffaello Sanzio, do compositor Arcangelo Corelli, dos reis Vítor Emanuel II e Humberto I, e da rainha Margarida de Saboia (entre outros). Não obstante, o Panteão de Roma continua a funcionar como uma igreja católica, realizando missas e outras cerimónias religiosas.

Património Mundial

Sabias que o Panteão de Roma fez parte do segundo conjunto de inscrições de Itália na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 4ª sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Paris (França), entre os dias 1 e 5 de setembro de 1980.

Apenas um outro sítio italiano foi anunciado na sessão: a Igreja e Convento Dominicano de Santa Maria delle Grazie com “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci.

Hoje em dia, Itália é o país do mundo com mais sítios UNESCO: possui cinquenta e nove bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar oito:

Como Chegar ao Panteão de Roma

O Panteão de Roma fica na Piazza della Rotonda, uma praça em pleno centro histórico de Roma. Daqui, estás muito perto de vários outros pontos turísticos da capital italiana, como por exemplo a Piazza Navona (300 metros), o Largo di Torre Argentina (400 metros), a Fontana di Trevi (650 metros) ou o Monumento a Vittorio Emanuele II (850 metros).

Na minha opinião, Roma é um verdadeiro “museu a céu aberto” e, portanto, merece ser percorrida a pé. Contudo, se preferires deslocar-te de transportes públicos, podes chegar ao Panteão de autocarro (números 30, 40, 62, 64, 81, 87 e 492; paragem Largo di Torre Argentina) ou metro (linha A, estação Barberini).

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Panteão de Roma está aberto todos os dias do ano (exceto a 1 de janeiro, 15 de agosto e 25 de dezembro), das 09:00 às 19:00, sendo que a última entrada acontece às 18:30. Quanto aos bilhetes, estes custam 5€ (adultos) ou 2€ (jovens dos 18 aos 25 anos), sendo que os menores de 18 anos não pagam entrada.

Também existe uma visita guiada (20-25€), que dura 45 minutos e é feita exclusivamente em inglês, e uma visita com audioguia, que tem a duração de 35 minutos e está disponível em oito idiomas: português, inglês, italiano, espanhol, francês, alemão, chinês e russo.

DICA: Se quiseres visitar o Panteão de Roma de forma independente, recomendo que faças o download da app oficial no Google Play ou na App Store. Além de oferecer um guia completo com todos os pontos de interesse, esta aplicação também reúne informações úteis, assim como a história do monumento, curiosidades, eventos e muito mais!

O Que Ver no Panteão de Roma

Pórtico

Embora o Panteão de Roma seja conhecido mundialmente por causa da sua planta circular, a verdade é que o edifício é precedido por um imponente pórtico de colunas de granito, coroadas por capitéis em estilo coríntio.

Inspirado pelos templos pagãos da Grécia Antiga, o Panteão de Roma é composto por uma primeira fila de oito colunas, que suportam um majestoso frontão (outrora decorado com relevos em bronze). Seguem-se duas filas de quatro colunas cada, perfazendo um total de dezasseis colunas monolíticas.

Nem toda a gente sabe, mas estas colunas foram esculpidas no Mons Claudianus, uma pedreira romana no leste do Egito! Consegues imaginar toda a logística envolvida no seu transporte?

Porta

Com cerca de 7.50 metros de altura e 4.90 metros de largura, a porta de entrada do Panteão de Roma é o maior e um dos mais antigos exemplos de portas da Roma Antiga. Porém, importa referir que a sua longevidade é questionada por alguns historiadores, que afirmam tratar-se de uma reconstrução do século XV.

Outro detalhe interessante é o facto desta porta de entrada ser a única fonte de luz natural no interior do monumento, além do famoso óculo da cúpula!

Por último, podes admirar uma série de placas comemorativas, que foram instaladas de cada lado da porta. Feitos em mármore, estes painéis com inscrições mencionam o Papa Urbano VIII (1623-1644) e o Papa Pio IX (1846-1878).

Cela e Óculo

O interior do Panteão de Roma consiste numa sala circular, com 43 metros de altura e largura. Ainda hoje se chama “cela” a este espaço, pois este era o nome dado à câmara interior dos templos da Antiguidade Clássica. A toda a volta, existem sete capelas retangulares e circulares, assim como oito edículas (isto é, pequenos nichos ou santuários).

A cúpula, revestida por caixotões de betão, tem uma abertura no topo com 9 metros de diâmetro (o célebre “óculo”). Quando chove, a água é escoada por 22 orifícios instalados no chão. E quando os raios de sol entram pelo óculo, o Panteão de Roma transforma-se num relógio de sol invertido, onde as horas são marcadas pela luz em vez da sombra!

Mesmo com mais de dois mil anos, o Panteão de Roma continua a ter a maior cúpula de betão não reforçado do mundo!

Túmulo do Rei Vítor Emanuel II

O Túmulo do Rei Vítor Emanuel II (em italiano, Vittorio Emanuele II) foi concebido em 1888, a partir de um desenho de Manfredo Manfredi. Podes encontrá-lo na segunda capela do Panteão de Roma, anteriormente dedicada ao Espírito Santo.

Vítor Emanuel II foi o último Rei da Sardenha (1849-1861) e o primeiro Rei de Itália (1861-1878). Por essa razão, é chamado de “Padre della Patria” (ou “Pai da Pátria”) pelo povo italiano.

O Túmulo do Rei Vítor Emanuel II é feito em bronze e está decorado com o brasão da Casa de Saboia. No topo, figura uma escultura da Águia de Roma (ou Aquila), um símbolo da Roma Antiga. E apesar de Itália ser uma República desde 1946, os túmulos reais do Panteão de Roma ainda são zelados por apoiantes da monarquia!

Altar-Mor

O Altar-Mor (e abside) do Panteão de Roma é da autoria de Alessandro Specchi, um arquiteto da conceituada Accademia di San Luca (uma academia de artistas em Roma, fundada em 1577). A obra foi encomendada pelo Papa Clemente XI e a sua construção começou em 1700, tendo ficado concluída mais de duas décadas depois, em 1721.

Por cima do Altar-Mor, foi instalado uma imagem de Nossa Senhora com o Menino, em estilo bizantino. Esta peça foi doada pelo Imperador Focas ao Papa Bonifácio IV, aquando da inauguração do Panteão como um templo cristão, em 609 d.C.!

A estrutura do coro é bastante posterior ao Altar-Mor, pois data de 1840. Foi projetada por Luigi Poletti, o arquiteto neoclássico responsável pela reconstrução da Basilica Papale di San Paolo fuori le Mura.

Capela do Crucifixo

A quinta capela do Panteão de Roma é apelidada de Capela do Crucifixo (em italiano, Cappella del Crocifisso), devido ao crucifixo em madeira do século XVI, que ornamenta o altar.

A Capela do Crucifixo localiza-se no lado esquerdo da cela, mais precisamente a noroeste da porta de entrada. E é normal que encontres bastantes pessoas nesta zona, uma vez que a capela está mesmo ao lado do túmulo de Raffaello Sanzio!

Dentro da Capela do Crucifixo, ainda é possível admirar duas obras (nas paredes esquerda e direita, respetivamente): “La Pentecoste”, pintada pelo italiano Pietro Labruzzi em 1790; e o “Monumento Funebre del Cardinal Consalvi”, esculpido pelo dinamarquês Bertel Thorvaldsen em 1824.

Túmulo de Raffaello Sanzio

Raffaello Sanzio (conhecido em português como Rafael) foi um dos grandes mestres da pintura e arquitetura do Renascimento. Quando o artista faleceu em 1520, o seu corpo foi logo transferido para o Panteão de Roma, onde ainda hoje é guardado por “La Madonna del Sasso”, uma escultura criada pelo seu discípulo Lorenzetto em 1523-24.

À direita desta estátua da Virgem Maria com o Menino, figura uma lápide em memória de Maria Bibbiena (a noiva de Rafael) e uma epígrafe funerária de Annibale Carracci (um pintor barroco). Do lado esquerdo, foi colocado um “Busto di Raffaello”, esculpido por Giuseppe Fabris em 1833.

Túmulos do Rei Humberto I e da Rainha Margarida de Saboia

Os Túmulos do Rei Humberto I e da Rainha Margarida de Saboia (em italiano, Umberto I e Margherita di Savoia) foram criados em 1910, segundo um projeto do arquiteto Giuseppe Sacconi. Podes encontrá-los na sexta capela do Panteão de Roma, primeiramente dedicada ao Arcanjo Miguel e depois a São Tomé Apóstolo.

Humberto I era o primogénito de Vítor Emanuel II e foi o segundo Rei de Itália (1844-1890). Já a sua esposa Margarida de Saboia, foi Rainha de 1851 a 1926. Giuseppe Sacconi tinha perdido o concurso para desenhar o túmulo de Vítor Emanuel II, mas recuperou a honra quando construiu o icónico “Altare della Patria” (ou “Il Vittoriano”). Infelizmente, o arquiteto faleceu antes da concretização destes túmulos e o trabalho foi terminado pelo seu aluno Guido Cirilli.

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