Palácio Nacional Da Pena: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

Para alguém que já viveu em Lisboa, quando me perguntam o que fazer na capital portuguesa, eu sugiro sempre passar um ou dois dias em Sintra, a terra dos palácios encantados! O Palácio Nacional da Pena, no topo de uma das montanhas mais altas desta vila, é o rei de todos eles. Com vistas panorâmicas infinitas, está cheio de cores e detalhes, que fazem lembrar os castelos da Disneyland.

Além de ter sido eleito uma das “7 Maravilhas de Portugal” em 2007, o Palácio Nacional da Pena é também considerado o primeiro palácio romântico da Europa. Por essa razão, serviu de inspiração a outros edifícios históricos, incluindo o icónico Castelo de Neuschwanstein na Alemanha, que só foi construído trinta anos depois!

Por isso, queres saber mais sobre o Palácio Nacional Da Pena: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024? Continua a ler!

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Palácio Nacional da Pena

Breve História do Palácio Nacional da Pena

A história do Palácio Nacional da Pena remonta ao século XII, altura em que foi construída uma capela dedicada à Nossa Senhora da Pena. No final do século XV, o rei D. Manuel I mandou converter o pequeno templo católico num mosteiro, que doou à Ordem de São Jerónimo em 1503.

No Terramoto de Lisboa de 1755, o Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena ficou em ruínas – situação que se agravou com a extinção das ordens religiosas em 1834. Deixado ao abandono, o recinto foi comprado pelo rei D. Fernando II (o marido de D. Maria II) em 1838, que decidiu construir um palácio ao gosto romântico.

O encarregado pelo projeto foi o arquiteto alemão Wilhelm Ludwig von Eschwege, que transformou o que o edifício do Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena nos aposentos reais e acrescentou uma estrutura nova, destinada aos salões de visitas e de eventos.

Hoje em dia, a secção em tons de vermelho e amarelo do Palácio Nacional da Pena correspondem ao chamado “Palácio Velho” (o antigo mosteiro), enquanto que a parte revestida a azulejos em tons de azul (incluindo a grande torre amarela) constituem o “Palácio Novo”.

Património Mundial

Sabias que o Palácio Nacional da Pena fez parte do quarto conjunto de inscrições de Portugal na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 19ª sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Berlim (Alemanha), entre os dias 4 e 9 de dezembro de 1995.

No entanto, a Paisagem Cultural de Sintra inclui muitos outros sítios Património Mundial da UNESCO além do Palácio Nacional da Pena, como o Chalet da Condessa d’Edla, o Convento dos Capuchos, o Castelo dos Mouros, o Palácio de Monserrate, o Palácio Nacional de Sintra, a Quinta da Regaleira e a Vila Sassetti, entre outros.

Hoje em dia, Portugal é o décimo-oitavo país do mundo e o nono país da Europa com mais sítios UNESCO, empatado com a Chéquia e a Polónia. Possui dezassete bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar catorze:

Como Chegar ao Palácio Nacional da Pena

Existem três formas de chegar ao Palácio Nacional da Pena desde o centro histórico de Sintra: de carro, de autocarro ou a pé. Uma vez que o monumento fica num dos pontos mais altos da Serra de Sintra, é possível que dispenses caminhar até lá. Mas existem alguns percursos pedestres (desde a Vila de Sintra até ao Palácio Nacional da Pena e ao Castelo dos Mouros) para os amantes de trilhos e de Natureza, que podes consultar no Posto de Turismo!

Das três vezes que visitei Sintra, viajei de carro – se bem que escolhi deixá-lo sempre num parque de estacionamento gratuito (à entrada da vila) e optar pelo autocarro. Isto é algo que recomendo vivamente, sobretudo durante a época alta. Não só é difícil encontrar lugar à porta de cada palácio, como o próprio estacionamento é bastante caro.

Se estiveres em Lisboa e quiseres viajar de transportes públicos até Sintra, podes consultar os horários dos comboios no site da CP – Comboios de Portugal. Uma vez na estação ferroviária da vila, só tens de apanhar o autocarro 434 da Scotturb, que te leva diretamente ao Palácio Nacional da Pena. Esta linha turística chama-se “Circuito Pena” e tem um custo fixo de 6.90€ (ida e volta).

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Palácio Nacional da Pena está aberto todos os dias, das 09:30 às 18:30, sendo que a bilheteira encerra às 17:30 e a última entrada acontece às 18:00. Por outro lado, o Parque da Pena abre meia hora mais cedo e fecha meia hora mais tarde (ou seja, às 09:00 e às 19:00, respetivamente).

Quanto aos bilhetes, estes custam 14€ (dos 18 aos 64 anos) ou 12.5€ (dos 6 aos 17 anos, e para maiores de 65 anos), e dão acesso tanto ao Palácio como ao Parque. Também há um bilhete de família (para dois adultos e duas crianças) a 49€. Se preferires visitar apenas o Parque da Pena, existe um ingresso mais barato a 7.5€ ou 6.5€. O bilhete familiar que corresponde a esta modalidade de visita custa 26€.

DICA: Se já sabes o dia e hora em que queres visitar o Palácio Nacional da Pena (e/ou, se pretendes visitar mais do que um monumento em Sintra), recomendo que compres as entradas pela bilheteira online da Parques de Sintra. Desta forma, tens acesso a um desconto automático de 5%!

O Que Ver no Palácio Nacional da Pena

Palácio Nacional da Pena

O Palácio Nacional da Pena é um verdadeiro paraíso para os amantes de história, arquitetura e fotografia! Aliás, uma das suas caraterísticas mais singulares é o facto do edifício real parecer um conjunto de palácios amontoados, pois mistura os estilos Neogótico, Neoislâmico, Neo-Renascentista e Neomanuelino na sua arquitetura!

Por isso, existem alguns pontos de interesse que não podes mesmo perder, quando visitares este antigo palácio real:

EXTERIOR DO PALÁCIO NACIONAL DA PENA

  • Porta Monumental
  • Caminho de Ronda
  • Pátio dos Arcos
  • Terraço do Tritão
  • Pátio das Cocheiras

INTERIOR DO PALÁCIO NACIONAL DA PENA

  • Claustro Manuelino
  • Copa & Sala de Jantar
  • Aposentos do Rei D. Carlos
  • Aposentos da Rainha D. Amélia
  • Terraço da Rainha
  • Sala Verde / Sacristia
  • Sala de Fumo
  • Salão Nobre
  • Sala dos Veados
  • Cozinha

Porta Monumental

A Porta Monumental do Palácio Nacional da Pena é, na verdade, um grande arco triunfal datado do século XVI, que apresenta elementos arquitetónicos semelhantes aos da Torre de Belém e da Casa dos Bicos (dois monumentos e museus localizados na capital portuguesa).

Esta entrada principal ainda atravessa a antiga ponte levadiça, bem como um túnel por onde passavam as carruagens em direção aos pátios e terraços superiores. Hoje em dia, os coches reais puxados a cavalos desapareceram, tendo sido substituídos por milhares de turistas vindos dos quatro cantos do mundo!

Caminho de Ronda

Ao contrário do que acontecia nos castelos medievais (e noutras fortalezas militares do mesmo género), o Caminho de Ronda do Palácio Nacional da Pena nunca teve funções de vigia ou defesa. Ou seja, esta passarela que dá a volta ao palácio e que termina/começa no Pátio dos Arcos serve apenas de miradouro e de espaço de lazer.

Se tiveres sorte com a meteorologia e visitares o Palácio Nacional da Pena num dia de céu limpo, podes avistar do Caminho de Ronda: a cidade de Lisboa, as praias da linha de Cascais, o Castelo dos Mouros, as chaminés cónicas do Palácio Nacional de Sintra, o Palácio de Seteais, os jardins da Quinta da Regaleira e até mesmo o Oceano Atlântico!

Pátio dos Arcos

O Pátio dos Arcos é, provavelmente, o sítio mais popular e fotografado do Palácio Nacional da Pena. Localizado nas traseiras do edifício, é um terraço com uma varanda em tons de ocre, de onde se pode observar tanto como o Oceano Atlântico como a paisagem verdejante da Serra de Sintra.

É igualmente no Pátio dos Arcos que encontras a famosa escadaria partilhada em tantas imagens nas redes sociais, assim como uma versão romântica da janela mais conhecida de Portugal: a Janela do Capítulo (ou Janela Manuelina) do Convento de Cristo, em Tomar!

Terraço do Tritão

O Terraço do Tritão é um dos primeiros pontos de interesse que avistas logo à saída do túnel (depois da Porta Monumental). No entanto, se percorreres primeiro o Caminho de Ronda, só vais passar por este pátio no fim da tua visita ao exterior do Palácio Nacional da Pena.

Ora, o Terraço do Tritão recebeu o seu nome devido ao monstro mitológico que decora a entrada do “Palácio Novo”. Este ser macabro, que é metade homem e metade peixe, representa o mundo aquático (no piso inferior) e o mundo terrestre (no piso superior).

Se olhares com atenção, vais reparar que a parte de baixo está decorada com diversos elementos marinhos, como por exemplo corais, conchas e búzios. Já a parte de cima assemelha-me a uma grande videira, repleta de folhas e cachos de uvas.

Terraço das Cocheiras

Devido à sua localização, podes escolher explorar o Pátio das Cocheiras tanto antes como depois da visita às salas e aposentos do Palácio Nacional da Pena. Isto porque se encontra mesmo ao lado do Terraço do Tritão e da Cozinha (o último ponto de interesse do itinerário interior).

Tal como o nome indica, esta era a casa onde se guardavam as carruagens utilizadas pela família real e pelos seus convidados. Estas ficavam no piso térreo (que hoje em dia acolhe a Loja do Palácio Nacional da Pena) e o andar superior destinava-se aos quartos dos criados.

Claustro Manuelino

O Claustro Manuelino do Palácio Nacional da Pena é um dos poucos espaços do Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena que sobreviveram até aos dias de hoje. Aliás, mesmo tendo sido alvo de obras de requalificação na última década, o seu estado de conservação é simplesmente impressionante!

Construído na primeira metade do século XVI, o Claustro Manuelino é composto por duas galerias de colunas – uma no rés-do-chão e outra no andar superior. A nível da decoração, destaca-se o revestimento de azulejos hispano-árabes, assim como os pináculos que ostentam a esfera armilar e a cruz da Ordem de Cristo (dois símbolos de D. Manuel I).

Copa & Sala de Jantar

A Copa e a Sala de Jantar são duas das primeiras divisões por onde vais passar na tua visita ao interior do Palácio Nacional da Pena. Tal como o Claustro Manuelino, situam-se na parte mais antiga e, curiosamente, tinham uma utilidade muito parecida à de quando o edifício funcionava como um mosteiro.

Copa
Sala de Jantar

Nos louceiros da Copa, podes admirar três serviços que pertenceram à Casa Real Portuguesa: um da Vista Alegre (Ílhavo, Portugal), um da Pickman (Sevilha, Espanha) e um da Haviland (Limoges, França). Os dois primeiros foram concebidos para o rei D. Fernando II, o primeiro proprietário do Palácio Nacional da Pena. Quanto ao terceiro, foi encomendado pelo rei D. Carlos.

A Sala de Jantar é um espaço magnífico, com o seu revestimento de azulejos produzidos pela Fábrica Eugénio Roseira (Lisboa, Portugal). Outrora o refeitório do Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, a sala recebeu ainda mobiliário criado à medida pela Casa Barbosa & Costa (Lisboa, Portugal), na década de 1860.

Aposentos do Rei D. Carlos

Os Aposentos do Rei D. Carlos ficam no piso térreo do Claustro Manuelino, enquanto que os Aposentos da Rainha D. Amélia (a sua esposa) ocupam o andar de cima. Neste conjunto de salas e quartos, podes visitar o Quarto do Camarista (ou Moço de Câmara, um fidalgo que vigiava o Quarto do Rei), o Gabinete do Rei, o próprio Quarto do Rei e a Casa de Banho (a primeira a integrar uma residência real em Portugal e que servia também de Quarto de Vestir).

Gabinete do Rei D. Carlos
Quarto do Rei D. Carlos

O Gabinete do Rei D. Carlos era a antiga Sala do Capítulo do mosteiro, que o Rei D. Fernando II tinha convertido em Sala do Café. As figuras de ninfas e faunos que cobrem as paredes foram retratadas pelo próprio D. Carlos, que era um pintor talentoso e fotógrafo. Após o Regicídio de 1908 (que vitimou o rei e o príncipe herdeiro, Luís Filipe), a divisão continuou a ser utilizada como gabinete de trabalho e sala de estar pelo seu segundo filho, o rei D. Manuel II.

O Quarto do Rei D. Carlos está mobilado com peças provenientes dos seus antigos aposentos no Palácio das Necessidades, em Lisboa. Anteriormente, tinha sido o quarto da mãe da Condessa d’Edla (a segunda mulher do rei D. Fernando II e herdeira do Palácio Nacional da Pena).

Aposentos da Rainha D. Amélia

Os Aposentos da Rainha D. Amélia incluem o Quarto do Veador (o secretário da monarca), outra Casa de Banho, o Quarto da Dama de Companhia, o Quarto da Rainha, o Quarto de Vestir, a Sala do Chá e o Gabinete da Rainha. D. Amélia viveu neste primeiro piso do antigo mosteiro de 1890 até 1910, já depois do assassinato do seu marido e primeiro filho, e dias antes da Implantação da República.

Quarto da Rainha D. Amélia
Gabinete da Rainha D. Amélia

O Quarto da Rainha D. Amélia era, na sua origem, o Quarto de D. Fernando II e da Condessa d’Edla. Aqui, é impossível não reparar na magnífica cama de dossel feita em pau-santo, no revestimento em estuque neomourisco (da autoria de Domingos Meira), ou nas vistas desafogadas para o vizinho Castelo dos Mouros!

O Gabinete da Rainha D. Amélia serviu de Sala de Estar à Condessa d’Edla, entre as décadas de 1860 e 1880. As peças de mobiliário e decoração que compõem o espaço são as originais, sendo que a mais impressionante é a secretária da rainha. Durante o período em que viveu no Palácio Nacional da Pena, D. Amélia utilizava esta magnífica secretária para ler ou escrever as suas cartas.

Terraço da Rainha

O Terraço da Rainha é um dos meus sítios favoritos no Palácio Nacional da Pena. Aliás, este é um dos melhores spots para observar a arquitetura fantasiosa do palácio e a paisagem natural circundante!

A estrutura metálica existente neste terraço, foi mandada construir pelo rei D. Carlos e pela rainha D. Amélia. A sua função era a de sustentar um toldo, que protegia os monarcas do sol e do calor, nos meses mais quentes do ano.

Na outra ponta do pátio, encontra-se o Gabinete Árabe, onde costumava existir um óculo para observações a longa distância. Outro pormenor interessante do Terraço da Rainha é um relógio de sol com um canhão automático, que soava todos os dias ao meio-dia.

Sacristia

A Sacristia do Palácio Nacional da Pena é uma das últimas salas que podem ser visitadas no chamado “Palácio Velho”.

Como o próprio nome indica, era a sala onde se preparava a eucaristia (que decorria na Capela, a antiga igreja do mosteiro), bem como o local onde se guardavam todos os objetos religiosos de maior valor.

Hoje em dia, acolhe duas vitrinas de três andares cada, onde estão expostas várias peças em prata e prata dourada.

Todas elas faziam parte da coleção privada da Casa Real Portuguesa e eram usadas nas missas e nas restantes celebrações litúrgicas do palácio.

Sala de Fumo

A Sala de Fumo é a primeira sala do “Palácio Novo” nesta visita ao interior do Palácio Nacional da Pena. O mobiliário em carvalho é o original do tempo de D. Fernando II, que o encomendou à Casa Barbosa & Costa na década de 1860 (a mesma empresa que produziu o mobiliário da Sala de Jantar).

No entanto e na minha opinião, para veres os dois detalhes mais interessantes desta sala, tens de olhar para cima! O teto foi claramente inspirado na arte e arquitetura mudéjar – provavelmente para combinar com os cachimbos de água, que estavam muito em voga na época. E o lustre em vidro evoca um ambiente mais naturalista, em harmonia com o Parque da Pena.

Salão Nobre

Depois de tantos quartos e salas, eis que chegamos finalmente à divisão mais importante e sumptuosa do Palácio Nacional da Pena: o Salão Nobre! Este espaço amplo destinava-se ao entretenimento quotidiano da Família Real, à receção dos convidados mais ilustres e à realização de eventos e festas formais.

O Salão Nobre também era apelidado de Sala do Bilhar, devido a uma grande mesa de bilhar que existia no coração da sala. Além disso, sabe-se que os monarcas e a restante família também jogavam às damas e ao dominó. O restante mobiliário (incluindo o lustre os outro quatro candelabros) foi, mais uma vez, elaborado pela Casa Barbosa & Costa.

Sala dos Veados

Apesar do Palácio Nacional da Pena possuir uma Sala de Jantar (já mencionada neste guia), o rei D. Fernando II decidiu construir a Sala dos Veados como uma segunda Sala de Jantar (ou uma Sala de Banquetes, para ser mais específica).

Os convidados que não podiam aceder à pequena Sala de Jantar privada da Família Real, faziam as suas refeições neste salão amplo e circular, que integra o famoso torreão do “Palácio Novo”.

O nome é uma clara alusão às várias cabeças e armações de veados que decoram as paredes da sala, evidenciando o gosto que a Casa Real Portuguesa tinha pela caça e um tema que foi muito comum na decoração de palácios europeus, durante todo o século XIX.

Cozinha

As grandes dimensões e o vasto número de compartimentos do Palácio Nacional de Pena quase que deixa adivinhar o tamanho da sua Cozinha, ainda antes de passares por ela! Ora, ao fundo da sala, existem três chaminés, cada uma destinada a um fogão a lenha (ainda que só tenham sido preservados dois dos fogões originais).

E na entrada que vês à direita, acedia-se ao forno. Aqui, estão também dispostos centenas de tachos, panelas, louças, talheres e outros utensílios de cozinha utilizados na confeção das refeições das várias gerações de reis e rainhas, que habitaram o Palácio Nacional da Pena.

Parque da Pena

Se achas que o Palácio Nacional da Pena é gigante, espera até veres o Parque da Pena! Com cerca de 85 hectares, este projeto paisagístico levado a cabo pelo rei D. Fernando II transformou a Serra de Sintra num conjunto de jardins, lagos, fontes, miradouros e estátuas (entre outros espaços e estruturas).

É pouco provável que consigas explorar todos os recantos do Parque da Pena numa só visita, mesmo que passes o dia inteiro neste paraíso verde. Na verdade, eu confesso que apenas explorei uma pequena parte do recinto florestal, até porque o meu principal objetivo desse dia era visitar o Palácio Nacional da Pena e o Chalet da Condessa d’Edla.

Ou seja, os pontos de interesse do Parque da Pena mencionados neste guia, são apenas os que encontras a caminho do Chalet desde o Palácio. Se preferires, podes fazer este mesmo trajeto num pequeno autocarro turístico (cujo preço está incluído no bilhete) ou então dar uma volta maior e incluir paragens no/a:

  • Alto de Santa Catarina
  • Estátua do Guerreiro
  • Mesa da Rainha
  • Templo das Colunas
  • Picadeiro
  • Caso do Pombal
  • Jardim da Rainha D. Amélia
  • Cruz Alta
  • Gruta do Monge
  • Feteira da Rainha
  • Jardim das Camélias
  • Fonte dos Passarinhos
  • Vale dos Lagos
  • Quinta da Pena
  • Jardim & Chalet da Condessa d’Edla

Fonte dos Passarinhos

A Fonte dos Passarinhos é um pavilhão escondido no coração do Parque da Pena, cujo nome se deve às pequenas estátuas de pássaros dispostas num parapeito interior.

Construída em estilo islâmico, a Fonte dos Passarinhos possui uma planta hexagonal e uma cúpula esférica, que lhe dão uma aparência volumosa.

No exterior desta, sobressai um anel decorado com inscrições em árabe, mencionando os dois monarcas associados ao recinto da Pena (D. Manuel I e D. Fernando II).

Outro pormenor que vale a pena salientar é o revestimento das paredes em azulejos, que fazem lembrar os do Claustro Manuelino!

Vale dos Lagos

O Vale dos Lagos é constituído por cinco lagos de diferentes tamanhos, que estão ligados entre si por pequenas cascatas. Os dois mais a norte estão ainda decorados com pateiras, que abrigam não só patos, mas também cisnes, gansos e outras aves aquáticas.

E sabias que as duas pateiras do Vale dos Lagos foram inspiradas pelo estilo arquitetónico dos dois edifícios mais imponentes da Serra de Sintra (o Palácio Nacional da Pena e do Castelo dos Mouros)? Vê se consegues encontrar as semelhanças nas formas e cores, através das fotografias que partilhei!

Quinta da Pena

A Quinta da Pena localiza-se na parte mais ocidental do Parque da Pena, a poucos metros do Jardim & Chalet da Condessa d’Edla. Fundada no ano de 1843, tinha como principal objetivo proporcionar passeios campestres, enquadrados na floresta pitoresca do Palácio Nacional da Pena.

Atualmente, a Quinta da Pena é composta pela Abegoaria (um edifício que servia de celeiro, armazém e estábulo), por uma Coelheira, um Aviário, a Casa do Lago (que funcionava como abrigo) e por uma série de Estufas, onde o rei D. Fernando II e a Condessa d’Edla plantaram várias espécies vegetais e botânicas.

Jardim & Chalet da Condessa d’Edla

A última paragem neste guia sobre o Palácio Nacional da Pena é tão deslumbrante, que achei que merecia um artigo independente! Estou a falar do Jardim & Chalet da Condessa d’Edla, construído pelo rei D. Fernando II e por Elise Hensler (a condessa e sua segunda esposa), entre 1864 e 1869!

Desenhado ao estilo dos chalés alpinos, o Chalet da Condessa d’Edla é uma residência bem mais modesta que o Palácio Nacional da Pena. Por isso, servia como um pequeno refúgio para o rei e a condessa, que assim podiam celebrar os seus primeiros tempos de recém-casados, longe dos olhares e dos comentários da Corte Portuguesa.

AVISO: Tal como acontece com o Parque da Pena, a visita ao Chalet da Condessa d’Edla está incluída no preço do bilhete para o Palácio Nacional da Pena!

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2 thoughts on “Palácio Nacional Da Pena: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024”

  1. Quando entrei no site oficial, eles falam que tem que marcar hora para o Palácio da Pena. Isso vale só para comprar antecipadamente, ou posso comprar la na hora?

    1. Olá! Se não estou em erro, essa foi uma medida adotada por causa da pandemia. Por isso, recomendo mesmo que compre o bilhete online, tanto para ter direito ao desconto de 5% como para garantir que visita o monumento no dia e hora que quer. Espero ter ajudado 🙂

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