Palácio Güell: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

O Palácio Güell (em catalão, Palau Güell) é um edifício em estilo modernista catalão, que foi desenhado por Antoni Gaudí para servir de residência a Eusebi Güell e à sua família. Construído entre 1886 e 1890, o palácio está situado no bairro de El Raval (no distrito da Ciutat Vella), no centro histórico de Barcelona.

Quando o industrial e político Eusebi Güell encomendou este primeiro grande trabalho a Antoni Gaudí, o jovem arquiteto ainda estava longe de tornar um dos mais célebres artistas catalães de sempre. Mas a verdade é que, depois do Palácio Güell, Eusebi Güell tornou-se o mais importante mecenas e cliente de Antoni Gaudí, como são exemplo o Parque Güell e a Cripta da Colònia Güell!

Por isso, queres saber mais sobre o Palácio Güell: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024? Continua a ler!

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Palácio Güell
Palácio Güell

Breve História do Palácio Güell

Eusebi Güell já possuía outra propriedade na Rambla quando contratou Antoni Gaudí para projetar o Palácio Güell. Ou seja, esta mansão começou por ser uma ampliação dessa primeira casa e, como tal, o jovem arquiteto incluiu uma passagem envidraçada para ligar os dois edifícios e que ainda hoje pode ser visitada no andar nobre!

Salão Central
Terraço

Antoni Gaudí demorou cerca de quatro anos a terminar o Palácio Güell que, apesar da sua complexa estrutura (que involvia problemas de falta de espaço, fraca iluminação e ventilação insuficiente), apresenta uma harmonia, equilíbrio e simetria no que diz respeito aos seus espaços interiores.

Mas o principal legado deste palácio burguês foram as soluções arquitetónicas e decorativas idealizadas pelo arquiteto catalão, que lhe serviram de “ensaio” para obras-primas futuras (como o Parque Güell, a Casa Batlló, a Casa Milà, a Cripta da Colònia Güell e a Basílica da Sagrada Família)!

Património Mundial

Sabias que o Palácio Güell fez parte do primeiro conjunto de inscrições de Espanha na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 8ª sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Buenos Aires (Argentina), entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro de 1984.

Quatro outros sítios espanhóis foram anunciados na sessão: Alhambra, Generalife e Albayzín, Granada; a Catedral de Burgos; o Centro Histórico de Córdoba; e o Mosteiro e Sítio do Escorial em Madrid. No entanto, o Palácio Güell não foi a única obra de Antoni Gaudí premiada nesta sessão. Num total de três obras do arquiteto, estão ainda a Casa Milà e o Parque Güell.

Hoje em dia, Espanha é o quinto país do mundo e o quarto país da Europa com mais sítios UNESCO. Possui cinquenta bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar dez:

Como Chegar ao Palácio Güell

Sabias que o Palácio Güell tem seis andares e duas mezzanines? Sim, leste bem! Ainda assim, apenas dois é que eram habitados a tempo inteiro pela família Güell (o andar nobre e o andar dos quartos, ou seja, o quarto e sexto pisos):

  • Cave – Cavalariça & Pátio
  • Rés-do-chão – Vestíbulo; Cocheira & Área de Armazenamento
  • Piso Intermédio – Vestíbulo & Escadaria; Escritório de Eusebi Güell & Salas Administrativas
  • Andar Nobre – Antessala; Sala dos Passos Perdidos; Sala de Visitas & Toucador; Salão Central; Sala Familiar & Sala de Tribuna (ou Sala de Fumadores); Sala de Jantar; Sala de Bilhar & Atelier de Pintura e Escultura; Terraço Sul; Corredor
  • Subnível – Tribuna dos Músicos
  • Andar dos Quartos – Sala Familiar; Quarto das Crianças & Quarto de Isabel Güell; Quarto de Isabel López; Quarto de Eusebi Güell; Casas de Banho & Quarto Azul
  • Sótão – Área do Sótão; Escadaria dos Criados
  • Terraço

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Palácio Güell está aberto de terça-feira a domingo (incluindo feriados às segundas-feiras), das 10:00 às 17:30 (de 1 de outubro a 31 de março) ou das 10:00 às 20:00 (de 1 de abril a 30 de setembro), sendo que a bilheteira encerra às 16:30 e 19:00, respetivamente. Além das segundas-feiras, os únicos dias de encerramento anual são a quarta semana de janeiro (para manutenção), 1 e 6 de janeiro, e 25 e 26 de dezembro.

Quanto aos bilhetes, estes custam 12€ (adultos), 9€ (estudantes com 18 anos ou mais, cidadãos da União Europeia com 65 anos ou mais, e detentores do Barcelona Card), ou 5€ (crianças e jovens dos 10 aos 17 anos, e detentores do Cartão Jovem). Contudo, há dias em que a entrada é livre para todos:

  • Primeiro domingo de cada mês
  • 12 de fevereiro (Festes de Santa Eulàlia)
  • 23 de abril (Diada de Sant Jordi)
  • Terceiro sábado de maio (Noite Europeia dos Museus)
  • 11 de setembro (Diada Nacional de Catalunya)
  • 24 de setembro (Festival La Mercè)
  • 15 de dezembro (Aniversário de Eusebi Güell)

DICA: Antes de comprares o teu ingresso, consulta as taxas de admissão no site oficial do Palácio Güell, até porque podem existir ofertas especiais. Por exemplo, quando eu visitei o Palácio Güell, existia uma tarifa única a 5€!

O Que Ver no Palácio Güell

Fachada Principal

A Fachada Principal do Palácio Güell é marcada pelos dois arcos parabólicos ao centro, que acomodam os grandes portões de ferro forjado.

Na verdade, o ferro forjado é o material decorativo que mais se destaca aqui, como é possível perceber pelas grades das janelas e varandas. Fora isso, a estrutura foi construída quase exclusivamente em pedra calcária proveniente do Massís del Garraf (na Serralada Litoral Catalana).

Um detalhe muito curioso na Fachada Principal do Palácio Güell é o Brasão de Armas da Catalunha, instalado entre as portas de entrada. Também feito de ferro forjado, este é coroado por uma fénix, símbolo da Renaixença (um movimento literário e cultural catalão do século XIX).

Cavalariça & Pátio

A cave do Palácio Güell era utilizada como estábulos e o acesso era feito por duas rampas diferentes: uma rampa helicoidal com uma inclinação suave, por onde subiam e desciam os cavalos; e uma rampa em espiral mais íngreme, utilizada pelos criados do palácio.

Cavalariça
Pátio

Não obstante, a caraterística mais notável deste espaço são os pilares grossos de tijolo, com capitéis em forma de cogumelo e que sustentam grande parte do peso do edifício. Neste andar subterrâneo, existe ainda um pequeno Pátio interior, que oferece ventilação e luz à Cavalariça e era utilizado para recolher a água das chuvas.

Vestíbulo

Como qualquer outra mansão daquela época, o rés-do-chão do Palácio Güell era destinado à receção dos convidados. A diferença é que, no Vestíbulo do Palácio Güell, já é possível perceber a riqueza, luxo e ostentação em que os seus donos viviam. Quer dizer, com esta monumental escadaria de mármore, Eusebi Güell certamente impressionava as suas visitas desde a sua chegada!

Como há dois portões de entrada – que, tecnicamente, formam dois vestíbulos ou um vestíbulo duplo – a escadaria principal fica no meio. Ora, se seguires por um desses acessos até às traseiras do Palácio Güell, vais chegar à Cocheira (onde eram guardadas as carruagens) e à Área de Armazenamento (onde os criados conservavam os produtos agrícolas). Atualmente, esta zona abriga o Bengaleiro e a Loja e Livraria.

(Segundo) Vestíbulo & (Segunda) Escadaria

O piso intermédio do Palácio Güell é uma mezzanine (ou sobreloja), que dá continuidade ao ambiente decorativo do rés-do-chão.

Aqui, localizava-se o Escritório de Eusebi Güell e uma série de Salas Administrativas (incluindo o Arquivo e a Biblioteca), bem como o (Segundo) Vestíbulo & (Segunda) Escadaria, que davam acesso ao andar nobre da residência.

Como deves ter reparado pela fotografia, este Vestíbulo & Escadaria do Palácio Güell são todos feitos em mármore de Garraf, à exceção de pequenos apontamentos em ferro forjado.

E o pavimento é revestido por uma mistura de mármores de cores diferentes (bege, vermelho com veios amarelos e cinzento com veios brancos), formando uma espécie de tabuleiro de xadrez!

Antessala (ou Antecâmara)

A primeira sala do andar nobre do Palácio Güell é, obviamente, a Antessala (ou Antecâmara). E, apesar do hall de entrada não ser propriamente a sala mais importante de uma casa, Antoni Gaudí não descurou na sua decoração e incorporou diferentes materiais (mármore, ferro, vidro, latão, madeira, etc.)!

Em primeiro lugar, mal sobes a Escadaria, deparas-te com os coloridos vitrais inspirados no estilo inglês do final do século XVI. E, por cima desta mesma escada, ainda figura um candeeiro em latão e vidro jateado, do tempo em que a família Güell habitava o palácio, assim como dois vitrais com as iniciais de Eusebi Güell!

Sala dos Passos Perdidos

Quando Antoni Gaudí projetou o Palácio Güell, fez questão de dispor as principais salas e quartos da casa à volta de um salão majestoso, que é quase tão alto como o edifício. Um desses exemplos é a Sala dos Passos Perdidos, uma divisão que ocupa a parte dianteira central do andar nobre.

A Sala dos Passos Perdidos era o local por onde as visitas passavam para chegar ao Salão Central do Palácio Güell. E os seus elementos decorativos e detalhes arquitetónicos (como os candeeiros a gás em ferro forjado ou a galeria de colunas com vista para a Carrer Nou de la Rambla) impressionavam-nos logo!

Sala de Visitas & Toucador

A Sala de Visitas tem um dos tetos mais fascinantes do Palácio Güell, com caixotões s esculpidos em madeiras nobres e ferro forjado e acabamentos feitos em folha de ouro. Eusebi Güell era um renomado anfitrião de concertos, tertúlias, banquetes e soirées, pelo que precisava de um palácio sumptuoso para deslumbrar os seus amigos. E o arquiteto respondeu a este pedido, trabalhando apenas com materiais de alta qualidade!

Também dignos de mencionar são os vitrais com personagens shakespearianas e muito parecidos com os da Antessala. Como é possível adivinhar pelo nome, era aqui que os convidados esperavam antes de entrar no Salão Central. Na porta adjacente à Sala de Visitas, há um Toucador feminino com mobiliário da época.

Salão Central

Com mais de 80m2 e 17 metros de altura, o Salão Central é o “coração” do Palácio Güell. Na altura em que a mansão era habitada pela família Güell, esta grande sala acolhia todo o tipo de eventos sociais e culturais – razão pela qual Antoni Gaudí equipou-a com uma capela e uma consola de órgão.

Na minha opinião, a cúpula parabólica que coroa o Salão Central é uma das ideias mais geniais do arquiteto catalão. Sustentado por quatro arcos parabólicos, o domo está revestido por peças hexagonais de alabastro perfuradas, que permitem a passagem da luz natural de forma a simular um “céu estrelado”!

Sala Familiar & Sala de Tribuna (ou Sala de Fumo)

Esta dupla sala de convívio, situada nas traseiras do andar nobre do Palácio Güell, estava reservada aos amigos mais próximos dos proprietários. Por um lado, a Sala Familiar era frequentada pelas senhoras da casa e suas convidadas, e tinha uma decoração muito elegante e feminina. Além disso, era aqui que as seis filhas de Eusebi Güell tinham aulas de piano e atuavam em recitais.

Sala Familiar
Sala de Tribuna (ou Sala de Fumo)

Por outro lado, a Sala de Tribuna (assim chamada por causa da janela saliente) era a típica Sala de Fumo que se encontrava nas casas burguesas de finais do século XIX e inícios do século XX. Contrastando com a vizinha Sala Familiar, era um espaço tipicamente masculino. E a divisória envidraçada que a separa da Sala de Jantar, servia precisamente para não deixar passar o fumo do tabaco para a zona de refeições.

Sala de Jantar

Sabias que a mobília da Sala de Jantar do Palácio Güell ainda é a original?

Além da mesa de jantar e das doze cadeiras – Eusebi Güell e Isabel López tinham dez filhos – figura uma lareira em madeira de nogueira, desenhada por Camil Oliveras i Gensana.

Este artista conceituado pertenceu à primeira geração de arquitetos modernistas catalães, com Lluís Domènech i Montaner (autor do Hospital da Santa Cruz e São Paulo e do Palácio da Música Catalã) e Josep Vilaseca i Casanovas (autor do Arc de Triomf).

Camil Oliveras também criou os rodapés em madeira de nogueira, com baixos relevos de folhas e animais fantásticos de inspiração oriental.

Terraço Sul & Fachada Posterior

O Terraço Sul fica nas traseiras do Palácio Güell e pode ser acedido pela Sala de Jantar, pela Sala de Bilhar & Atelier de Pintura e Escultura, e pelo Corredor.

As vistas que tens deste espaço são os terraços dos edifícios de três ruas: a Carrer de Lancaster, a Carrer Nou de la Rambla e a famosa Rambla dels Caputxins (mais conhecida como La Rambla).

No entanto, o elemento mais relevante deste pátio é a janela saliente de ferro forjado e painéis de azulejos, e com persianas dobráveis – a mesma que vês na Sala de Tribuna (ou Sala de Fumo)!

A Fachada Posterior é complementada por uma varanda no andar superior, que une o Quarto de Eusebi Güell ao Quarto de Isabel López e está protegida por um brise-soleil de ferro forjado.

Tribuna dos Músicos (ou Galeria dos Menestréis)

O subnível do Palácio Güell chama-se Tribuna dos Músicos (ou Galeria dos Menestréis), uma vez que era aqui que ficava a orquestra quando havia concertos no Salão Central.

Esta mezzanine, que liga o andar nobre ao piso dos quartos, possui uma treliça de madeira em estilo árabe, ornamentada com incrustações de marfim.

Eusebi Güell e os membros da sua família eram grandes adeptos das artes, em especial de música, pintura, arquitetura e literatura.

Aliás, as filhas mais velhas do casal – Isabel Güell i López e Maria Lluïsa Güell i López – dedicaram-se de forma profissional às artes: a primeira tornou-se compositora, enquanto que a segunda foi pintora, pianista, organista e compositora!

(Segunda) Sala Familiar

A primeira divisão deste quarto andar do Palácio Güell (ou sexto, se contarmos com as duas mezzanines) é apelidada de (Segunda) Sala Familiar.

Como este era um piso inteiramente dedicado aos dormitórios da família Güell, apenas os proprietários e os criados tinham acesso aos quartos, às casas de banho e a esta sala de estar.

Nos dias que correm, a (Segunda) Sala Familiar já não contém qualquer peça de mobiliário – se bem que ainda é possível admirar a magnífica lareira.

À semelhança dos outros compartimentos deste andar, a (Segunda) Sala Familiar tem acesso a uma galeria envidraçada, de onde se pode contemplar o Salão Central.

Quarto de Isabel Güell

Como já referi anteriormente, Isabel Güell i López era a primogénita de Eusebi Güell e Isabel López. Portanto, não é difícil entender porque razão tinha direito ao seu próprio quarto e toucador, certo?

Os outros filhos dormiam num quarto ao lado (o Quarto das Crianças), ao passo que os mais pequenos ficavam com as amas no Quarto Azul.

O Quarto de Isabel Güell está voltado para a Carrer Nou de la Rambla, na parte dianteira do Palácio Güell E na pequena varanda, Antoni Gaudí voltou a incluir vitrais com figuras shakespearianas (como na Sala de Visitas).

O arquiteto catalão também desenhou inúmeros móveis, candeeiros e lareiras para este palácio (como a que está no Quarto de Isabel Güell)!

Quarto de Eusebi Güell

Eusebi Güell e Isabel López dormiam em quartos separados, como era costume naquele tempo. Ainda assim, estes têm várias caraterísticas em comum.

A mais evidente é uma pequena loggia bastante discreta, que oferece vistas panorâmicas para o Salão Central. Desta forma, os donos da casa podiam controlar tudo o que se passava nos pisos inferiores da privacidade e intimidade dos seus aposentos.

Outro exemplo destas parecenças são as lareiras, já que foram ambas executadas por Antoni Gaudí.

E, claro, é preciso não esquecer que as duas suites são comunicantes e partilham a mesma varanda, voltada para as traseiras do Palácio Güell!

Terraço

O último local destacado neste guia sobre o Palácio Güell é, provavelmente, o mais fotogénico de todos. Estou a falar do Terraço, um espaço de recreio aliado à funcionalidade. Ao todo, são vinte as chaminés distribuídas por esta cobertura, todas elas esculpidas com diferentes materiais, formas e cores.

Pináculo da cúpula
Chaminés

No topo do pináculo de 15 metros de altura, que protege a impressionante cúpula do Palácio Güell, Antoni Gaudí colocou um cata-vento com três elementos cenográficos: uma cruz grega, um morcego (símbolo heráldico da Coroa de Aragão) e uma rosa dos ventos.

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