Palácio De Fontainebleau: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

No centro de uma enorme floresta na região de Île-de-France, o Palácio de Fontainebleau (Château de Fontainebleau, em francês) foi a residência de caça dos reis de França desde o século XII. Ampliado e remodelado no reinado de Francisco I, este palácio inspirou-se nos modelos italianos, num cruzamento entre a arte renascentista e as tradições francesas.

Durante a Revolução Francesa, a estrutura geral do Palácio de Fontainebleau foi poupada quase na sua totalidade, mas o monumento sofreu uma profunda remodelação de interiores, quando Napoleão I decidiu torná-lo na sua residência imperial.

Património Mundial da UNESCO desde 1981, o Palácio de Fontainebleau fica a apenas 40 minutos da capital francesa, o que o torna um destino perfeito para uma day trip desde Paris.

Por isso, queres saber mais sobre o Palácio De Fontainebleau: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024? Continua a ler!

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Palácio de Fontainebleau
Palácio de Fontainebleau

Breve História do Palácio de Fontainebleau

A história do Palácio de Fontainebleau remonta à Idade Média, ainda que o único vestígio do primeiro castelo é a sua torre de menagem (donjon, em francês). Portanto, o palácio propriamente dito só começou a ser reconstruído alguns séculos mais tarde, já no reinado de Francisco I. Neste período, sensivelmente a partir de 1528, as novas salas, galerias e pátios ganharam uma forte inspiração da arquitetura italiana renascentista.

Nesse sentido, a expansão massiva do Palácio de Fontainebleau continuou no século XVII. Sob o reinado de Henrique IV, foram construídos novos espaços, nomeadamente: a Porte du Baptistère, o Cour des Offices e ainda uma ala espaçosa que engloba a Galerie de Diane de Poitiers e a Galerie des Cerfs.

No século XVIII, o rei Luís XV ordenou não só a conceção do Gros Pavilion, mas também que a antiga Galerie d’Ulysse fosse transformada num edifício mais amplo. Com a Revolução Francesa (1789-1799), a Aile de Ferrare foi completamente destruída e deu lugar ao atual gradeamento na entrada principal.

Desde aí e tal como referi na introdução, a estrutura geral do Palácio de Fontainebleau permaneceu igual até aos dias de hoje. Por outro lado, todos os móveis foram retirados, quando Napoleão I se tornou imperador e converteu o palácio na sua residência.

Património Mundial

Sabias que o Palácio de Fontainebleau fez parte do segundo conjunto de inscrições de França na Lista de Património Mundial da UNESCO? Esta 5ª sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Sydney (Austrália), entre os dias 26 e 30 de outubro de 1981.

Quatro outros sítios franceses foram anunciados na sessão: a Abadia Cisterciense de Fontenay; os Monumentos Romanos e Românicos de Arles; a Catedral de Amiens; e o Teatro Antigo e seus arredores e “Arco do Triunfo” de Orange.

Hoje em dia, França é o terceiro país do mundo e o segundo país da Europa com mais sítios UNESCO, empatado com a Alemanha. Possui cinquenta e dois bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar nove:

  1. O Vale do Loire entre Sully-sur-Loire e Chalonnes (2000) – Castelo de Amboise, Castelo de Blois, Castelo de Chambord, Castelo de Chenonceau, Castelo de Sully-sur-Loire e Castelo do Clos Lucé
  2. Centro Histórico de Avignon: Palácio dos Papas, Conjunto Episcopal e Ponte de Avignon (1995)
  3. Le Havre, a Cidade Reconstruída por Auguste Perret (2005)
  4. Monte Saint-Michel e a sua Baía (1979)
  5. Nice, Cidade-Resort de Inverno da Riviera (2021)
  6. Palácio e Parque de Fontainebleau (1981)
  7. Palácio e Parque de Versalhes (1979)
  8. Paris, Margens do Sena (1991)
  9. Provins, Vila de Feiras Medievais (2001)

Como Chegar ao Palácio de Fontainebleau

Embora tenha optado por viajar de carro, a cidade de Fontainebleau encontra-se a somente 40 minutos de comboio de Paris. Por isso, a partir da Gare de Lyon, só tens de apanhar o comboio Transilier R em direção a Montereau ou Montargis.

Uma vez a bordo, deves sair na estação Fontainebleau / Avon (zona 5). Os bilhetes custam 8.85€ (adultos) e 4.40€ (crianças) e podem ser comprados em qualquer gare. Para isso, pergunta nas bilheteiras ou procura nas máquinas de venda automática pelo Billet Île-de-France.

Para além das três principais áreas interiores que fazem parte do palácio – o Musée Napoleon Ier, o Appartement du Pape e os Grands Appartements – o domínio de Fontainebleau possui muitos outros locais de interesse dignos de visita.

Para começar, o Jardin de Diane e o Jardin Anglais, dois dos espaços verdes favoritos dos monarcas e imperadores franceses. E logo depois, o Grand Parterre e o próprio Parc de Fontainebleau, que constituem a maior extensão da propriedade. E, se quiseres continuar o teu dia no centro histórico da cidade, também podes visitar outros edifícios e monumentos!

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Palácio de Fontainebleau está aberto todos dias, exceto às terças-feiras e feriados 1º de janeiro, 1º de maio e 25 de dezembro. O horário de funcionamento é das 09:30 às 17:00 (outubro a março) e das 09:30 às 18:00 (abril a setembro). A última entrada acontece exatamente 45 minutos antes do fecho.

Já os Pátios e Jardins (de acesso gratuito) estão abertos todos os dias do ano, mas com diferentes horários sazonais: das 09:00 às 17:00 (novembro a fevereiro), das 09:00 às 18:00 (março, abril e outubro) e das 09:00 às 19:00 (maio a setembro).

AVISO: O Jardim de Diana e o Jardim Inglês encerram, respetivamente, trinta minutos e uma hora antes dos horários mencionados.

O bilhete de entrada pode ser adquirido por 12€ (tarifa completa) ou 10€ (tarifa reduzida), através da bilheteira online do Palácio de Fontainebleau. Nele está incluído o acesso ao Museu Napoleão I, Apartamento do Papa e aos Grandes Apartamentos.

Contudo, a entrada é gratuita para todos os menores de 18 anos e jovens com menos de 26 anos, residentes no Espaço Económico Europeu. Nesse caso, basta apresentares um documento de identificação. Ou então, podes fazer como eu e visitar o palácio gratuitamente, no primeiro domingo de cada mês (salvo julho e agosto)!

O Que Ver no Palácio de Fontainebleau

Musée Napoleon Ier

O Museu Napoleão I (em francês, Musée Napoleon Ier) foi construído na Aile Louis XV do Palácio de Fontainebleau em 1986, no lugar dos antigos apartamentos reais. Dedicado ao Primeiro Império (1804-1814), exibe várias centenas de móveis, louças, armas, retratos e outros objetos de arte, pertencentes a Napoleão Bonaparte e à sua família.

Além disso, as múltiplas salas do museu evocam momentos quotidianos e ocasiões importantes na vida do Imperador, como a sua coroação, várias campanhas políticas e ainda o nascimento e infância do seu filho e herdeiro, Napoleão II.

Appartement du Pape

O Apartamento do Papa (em francês, Appartement du Pape) tinha diferentes quartos, salas, corredores e outras divisões e estava reservado para os hóspedes de maior renome durante o Império de Napoleão Bonaparte. Na verdade, a sua denominação atual deve-se ao Papa Pio VII, que ficou hospedado no Palácio de Fontainebleau por duas vezes – a primeira em 1804 e a segunda vez em 1812.

Grands Appartements

Os Grandes Apartamentos do Palácio de Fontainebleau (em francês, Grands Appartements du Château de Fontainebleau) compreendem salas, galerias e pequenos apartamentos. Estes últimos incluem os Appartements Royaux – que acolhiam os monarcas e as suas cortes – e ainda o Appartment de Napoleon Ier e da sua família.

Entre os espaços mais interessantes a visitar, recomendo principalmente as duas salas do Renascimento: a Galerie François Ier e a Salle des Fêtes. Para além dessas, podes igualmente passear pela Galerie des Fastes e pela Galerie des Assiettes, que retratam diversos acontecimentos em Fontainebleau.

Por fim, não deixes de visitar a Chapelle de la Trinité, idealizada pelo rei Francisco I. Surpreendentemente, esta capela só viu a sua conclusão alguns reinados mais tarde, com o rei Luís XIII.

Jardin de Diane

O Jardim de Diana (em francês, Jardin de Diane) – o mais pequeno da propriedade – tem este nome por causa de uma estátua que ornamenta a sua fonte central: Diana e a Corça. A princípio, servia de jardim privativo dos reis e, no século XVII, começou a ser decorado com canteiros, pequenos arbustos e estátuas.

Logo após o início do Império Napoleónico, foi transformado em jardim inglês, com grandes relvados, formas livres e espécies que se desenvolvem naturalmente.

Jardin Anglais

Na época de Francisco I, o Jardim Inglês (em francês, Jardin Anglais) tinha outra denominação: Jardin des Pins (isto é, Jardim dos Pinhos). Constituído por diversos jardins, foi primeiramente redesenhado durante o reinado de Luís XIV e voltou a ser remodelado pelo arquiteto paisagista francês Maximilien Hurtaut, já no império de Napoleão I.

Hoje em dia, contém uma coleção de plantas exóticas, um rio e um rochedo artificial, bem como caminhos sinuosos que formam uma paisagem pitoresca deslumbrante.

Grand Parterre

Sabias que o Grande Canteiro de Fontainebleau (em francês, Grand Parterre de Fontainebleau) é o maior canteiro não só de França, como também da Europa?

Apesar de já não possuir os seus arbustos ornamentados originais, o desenho geométrico concebido por André Le Nôtre, sobreviveu até aos dias de hoje. Afinal de contas, o arquiteto paisagista do rei Luís XIV tornou-se o expoente máximo do paisagismo barroco francês, tendo projetado ainda os jardins do Palácio de Versalhes e o Jardim das Tulherias.

Parc de Fontainebleau

O Parque de Fontainebleau (em francês, Parc de Fontainebleau) estende-se para lá do Grand Parterre e é de livre acesso, ficando aberto 24 horas por dia ao longo de todo o ano. Aliás, como pude confirmar naquela manhã de domingo, dezenas de pessoas aproveitavam o recinto para passear os cães ou praticar desporto ao ar livre.

Criado durante o reinado de Henrique IV, o extenso canal de 1200 metros prolonga a perspetiva do parque, da mesma forma que marca a sua paisagem natural.

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