Palácio Da Bolsa: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

O Palácio da Bolsa ou Palácio da Associação Comercial do Porto é um dos monumentos mais famosos da cidade do Porto, recebendo a visita de centenas de milhares de turistas todos os anos. Além disso, como fica no centro histórico do Porto, integra a lista de Património Mundial da UNESCO de 1996!

Destinado a servir de sede da Associação Comercial do Porto, o Palácio da Bolsa começou a ser construído em 1842, no local do antigo Convento de São Francisco. E em termos arquitetónicos, o edifício mistura diferentes estilos, que incluem o neoclássico oitocentista e neopalladianismo inglês!

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Palácio da Bolsa
Palácio da Bolsa

Breve História do Palácio da Bolsa

Como referi na introdução, as obras de construção do Palácio da Bolsa arrancaram em 1842, mais precisamente no dia 6 de outubro de 1842. O motivo foi o encerramento da Casa da Bolsa do Comércio uns tempos antes, que obrigara os comerciantes portugueses a discutirem negócios em plena rua!

O local escolhido foram as ruínas do antigo Convento de São Francisco, que havia sido destruído num violento incêndio na noite de 24 de Julho de 1832, durante o infame Cerco do Porto. O projeto ficou a cargo do arquiteto Joaquim da Costa Lima, embora só tenha ficado totalmente concluído em 1909.

Património Mundial

Sabias que o Palácio da Bolsa fez parte do quinto conjunto de inscrições de Portugal na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 20ª sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Mérida (México), entre os dias 2 e 7 de dezembro de 1996.

Hoje em dia, Portugal é o décimo-oitavo país do mundo e o nono país da Europa com mais sítios UNESCO, empatado com a Chéquia e a Polónia. Possui dezassete bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar catorze:

Como Chegar ao Palácio da Bolsa

O Palácio da Bolsa está localizado na Rua Ferreira Borges, uma das ruas mais centrais da cidade. E daqui, estás muito perto de outras atrações turísticas, como a Casa do Infante – Museu da Cidade (170 metros), o Cais da Ribeira (200 metros), a Sé do Porto (550 metros), a Ponte Luiz I (650 metros), a Igreja e Torre dos Clérigos (700 metros) ou a Estação de São Bento (700 metros).

Na minha opinião, o Porto é um verdadeiro “museu a céu aberto” e, portanto, merece ser percorrido a pé. Contudo, se preferires deslocar-te de transportes públicos, podes chegar ao Palácio da Bolsa de autocarro (número 1M, 403, 500 ou 913; paragem Ribeira (Infante) ou Ribeira), ou então de elétrico (número 1; paragem Infante).

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Palácio da Bolsa está aberto todos os dias, das 09:00 às 18:30, sendo que a visita é obrigatoriamente guiada. Esta tem uma duração de cerca de 30 minutos e está disponível em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e francês.

No que diz respeito a bilhetes, estes custam 10€ (adultos) ou 6.5€ (estudantes, escolas e séniores), enquanto que as crianças menores de 12 anos não pagam entrada!

O Que Ver no Palácio da Bolsa

Pátio das Nações

O Pátio das Nações é assim chamado devido aos vinte brasões de países, que tinham relações de amizade e de comércio com Portugal no século XIX. Aqui, não há forma de ignorar a imponente cúpula de ferro e vidro, criada pelo arquiteto Tomás Soller e que inunda o espaço de luz!

Se olhares para o chão, poderás também admirar o pavimento revestido a mosaico cerâmico. Este pavimento é inspirado nos modelos de mosaicos greco-romanos, que foram descobertos em Pompeia na primeira metade do século XIX (e nas décadas que se seguiram).

Escadaria Nobre

A Escadaria Nobre liga o Pátio das Nações ao primeiro andar do Palácio da Bolsa, onde se encontram as salas incluídas na visita, como a Sala do Tribunal, Gabinete de Gustave Eiffel, Sala do Presidente, Sala Dourada, Sala das Assembleias Gerais, Sala dos Retratos e o Salão Árabe.

Desenhada pelo arquiteto e engenheiro Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa, a Escadaria Nobre é uma estrutura monumental de granito, com uma série de detalhes decorativos: festões (ou coroas de flores), capitéis da ordem coríntia, pilastras caneladas, etc..

Depois de subires até ao topo da Escadaria Nobre, não te esqueças de observar os dois lustres criados pelo escultor António Soares dos Reis. Isto porque os dois candeeiros suspensos testemunham como o Palácio da Bolsa foi um dos primeiros edifícios da cidade do Porto dotado de eletricidade!

Sala do Tribunal

A Sala do Tribunal foi projetada pelo arquiteto Joel Pereira da Silva e, mais tarde, reformulada em estilo neorrenascentista francês por José Marques da Silva. E as pinturas que revestem as paredes e teto retratam as atividades económicas da cidade e região do Porto, bem como a função da sala.

Originalmente destinada às sessões do Tribunal do Comércio, a Sala do Tribunal é hoje utilizada para entronizar os novos confrades da Confraria do Vinho do Porto. De todos os nomes que por aqui passaram, contam-se personalidades ilustres como o Príncipe Alberto II do Mónaco!

Gabinete de Gustave Eiffel

Em 1875, o engenheiro francês Gustave Eiffel foi contratado pela Real Companhia Ferroviária Portuguesa, para construir uma ponte sobre o rio Douro no Porto: a Ponte de D. Maria Pia. E, desde aí, Gustave Eiffel regressou várias vezes a Portugal, para supervisionar outros projetos no norte do país:

  • Ponte Ferroviária de Barcelos (1877)
  • Ponte Rodo-Ferroviária de Viana do Castelo (1878)
  • Ponte Rodoviária do Pinhão (1906)

O Gabinete de Gustave Eiffel no Palácio da Bolsa ainda conserva a secretária onde o renomado engenheiro trabalhou, aquando das suas estadias prolongadas na cidade do Porto. Por essa razão, esta sala serve também como espaço de tributo ao génio francês.

Sala do Presidente

A Sala do Presidente servia de gabinete privado ao presidente da Associação Comercial do Porto. E da decoração, faz parte um conjunto de obras a óleo sobre tela representativas dos trabalhos tradicionais da civilização romana, que o pintor João Marques de Oliveira concebeu em 1890.

Outro elemento que é impossível de ignorar é o pavimento entalhado a madeiras exóticas, oriundas do Brasil e de África. E claro, a fabulosa lareira em mármore e ferro forjado, esculpida por António Teixeira Lopes e ornamentada com motivos alusivos ao comércio e ao rio Douro!

Sala Dourada

Sabias que a Direcção da Associação Comercial do Porto ainda se reúne na Sala Dourada, na primeira segunda-feira de cada mês? Esta é constituída por 15 elementos eleitos e não remunerados, que representam diversos setores de atividade.

A nível decorativo, é de salientar o pavimento em madeira e o teto em estuque, o mobiliário desenhado pelo arquiteto José Marques da Silva, os retratos pintados de antigos presidentes e os dois quadros em bronze, com os nomes de todos os presidentes da Associação Comercial do Porto.

Sala das Assembleias Gerais

A Sala das Assembleias Gerais foi erigida entre 1879 e 1883, segundo um projeto do arquiteto Tomás Soller. No entanto e à semelhança da Sala do Tribunal, acabou por ser modificada quase na íntegra entre 1883 e 1890, pelo arquiteto José de Macedo Araújo Júnior.

A exceção foi o grande lustre colocado ao centro, que pesa cerca de uma tonelada e ainda é o original. Desde a sua fundação, a Sala das Assembleias Gerais acolhe duas assembleias gerais da Associação Comercial do Porto todos os anos.

Sala dos Retratos

A Sala dos Retratos é uma sala decorada ao estilo do rei Luís XVI de França, que serve de homenagem à rainha D. Maria II, por ter doado as ruínas do antigo Convento de São Francisco para a construção do Palácio da Bolsa. Aqui, estão expostos os retratos dos últimos seis monarcas da Dinastia de Bragança:

  • Rei D. Fernando II, O Rei Artista (1837-1855) – o marido da Rainha D. Maria II, A Educadora (1834-1853)
  • Rei D. Pedro V, O Esperançoso (1853-1861)
  • Rei D. Luís I, O Popular (1861-1889)
  • Rei D. Carlos I, O Diplomata (1889-1908)
  • Rei D. Manuel II, O Patriota (1908-1910)
Retrato do Rei D. Luís I

Curiosamente, a Sala dos Retratos também acomoda uma mesa do artista e entalhador Zeferino José Pinto, considerada a sua obra-prima. A mesa, que demorou três anos a ser acabada, recebeu uma menção honrosa na Exposição Universal de Paris de 1867!

Salão Árabe

Se já tiveste a oportunidade de visitar a Alhambra de Granada em Espanha, então não vais ter dificuldades em perceber que o Salão Árabe do Palácio da Bolsa foi baseado no complexo de palácios andaluz. O desenho é atribuído ao arquiteto e engenheiro Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa.

Os trabalhos iniciaram a 15 de setembro de 1862 e terminaram a 12 de junho de 1880 – o que faz do Salão Árabe um dos espaços mais recentes do Palácio da Bolsa! Hoje em dia, a sala acolhe os atos oficiais mais importantes da cidade do Porto, assim como dezenas de concertos e outros eventos.

O pavimento foi concretizado a partir de uma misturas das madeiras mais requintadas, entre as quais jacarandá, mogno, pau-cetim, pau-rosa e plátano. E paredes e teto estão inteiramente revestidas a estuque, com carateres arábicos e outros elementos gravados a ouro.

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