Paço Dos Duques De Bragança: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

O Paço dos Duques de Bragança é um palácio ducal situado no centro histórico de Guimarães, a poucos metros de outro monumento icónico desta cidade: o Castelo de Guimarães. Habitada essencialmente no século XV, esta casa senhorial é considerada um exemplar arquitetónico único na Península Ibérica!

O Paço dos Duques de Bragança foi encomendado por D. Afonso, por volta de 1420 – o ano do seu segundo casamento com D. Constança de Noronha. D. Afonso era filho ilegítimo do rei D. João I e acumulou os títulos de 8º Conde de Barcelos, 2º Conde de Neiva e 1º Duque de Bragança!

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Paço dos Duques de Bragança
Paço dos Duques de Bragança

Breve História do Paço dos Duques de Bragança

Apesar de ter servido de residência dos Duques de Bragança desde a sua construção, no início do século XV, até ao final desse mesmo século, o Paço dos Duques de Bragança foi deixado de forma progressiva. Como consequência, a casa senhorial ficou em ruínas nos séculos seguintes.

Com as Invasões Francesas (1807-1811), o Paço dos Duques de Bragança foi convertido num quartel militar. Já no século XX, o monumento foi reconstruído e abriu ao público em 1959 – o mesmo ano em que se tornou na Residência Oficial do Presidente da República no Norte do País!

Património Mundial

Sabias que o Paço dos Duques de Bragança (e o Centro Histórico de Guimarães) fez parte do oitavo conjunto de inscrições de Portugal na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 25ª sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Helsínquia (Finlândia), entre os dias 11 e 16 de dezembro de 2001.

Apenas um outro sítio português foi anunciado na sessão: o Alto Douro Vinhateiro.

Hoje em dia, Portugal é o décimo-oitavo país do mundo e o nono país da Europa com mais sítios UNESCO, empatado com a Chéquia e a Polónia. Possui dezassete bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar catorze:

Como Chegar ao Paço dos Duques de Bragança

Vamos supor que queres visitar o Paços dos Duques de Bragança numa day trip desde o Porto ou numa road trip pelo distrito de Braga. Nesse caso, podes aproveitar para descobrir não só a cidade de Guimarães, mas também outros destinos nas redondezas: Vizela (a 13 km), Fafe (a 14 km), Póvoa de Lanhoso (a 20 km), Braga (a 26 km), Vila Nova de Famalicão (a 32 km), Vieira do Minho (a 34 km) e Celorico de Basto (a 37 km).

Na minha opinião, a forma mais rápida e prática de chegar ao Paço dos Duques de Bragança é de carro. Porém, se não tiveres essa possibilidade, podes viajar de comboio pela Linha de Guimarães. E para isso, só tens de apanhar o comboio suburbano nas estações do Porto-São Bento ou Porto-Campanhã e sair em Guimarães (1,5 km a pé)!

DICA: Esta viagem tem um custo mínimo de 3.25€, mas consulta todos os preços, horários, linhas e serviços no site oficial da CP – Comboios de Portugal.

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Paço dos Duques de Bragança está aberto todos os dias, das 10:00 às 18:00, sendo que o encerramento da bilheteira e a última entrada acontecem às 17:30. Os únicos dias do ano em que o monumento fecha são os feriados de 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro.

Os bilhetes custam 5€ (adultos) ou 2.5€ (detentores do Cartão Jovem ou Cartão de Estudante, e séniores com mais de 65 anos), e as crianças até aos 12 anos não pagam entrada. Também existem bilhetes conjuntos a 6€ (Castelo de Guimarães + Paço dos Duques de Bragança) ou 8€ (Castelo de Guimarães + Paço dos Duques de Bragança + Museu de Alberto Sampaio).

DICA: Tal como os restantes monumentos e museus geridos pela Direção Regional de Cultura do Norte, o Paço dos Duques de Bragança é grátis aos domingos até às 14:00, para todos os residentes em Portugal!

O Que Ver no Paço dos Duques de Bragança

Sala de Cipião

A Sala de Cipião era um dos três espaços interiores que constituíam os aposentos privados de D. Afonso, o 1º Duque de Bragança. Os outros dois eram a Antecâmara e a Câmara de Dormir. Todos se localizavam no segundo andar do Paço dos Duques de Bragança, se bem que existiam mais três câmaras no terceiro andar.

A Sala de Cipião deve o seu nome às quatro tapeçarias em lã e seda, que retratam episódios essenciais da vida de Cipião – um general, estadista e político romano. Datadas do segundo quartel do século XVII, foram produzidas na oficina de Andries van den Dries, um renomado tapeceiro belga.

Câmara de Dormir

Como referi anteriormente, a Câmara de Dormir fazia parte dos aposentos privados de D. Afonso, o 1º Duque de Bragança, em conjunto com a Antecâmara, a Sala de Cipião e outras três salas no piso superior. Estas últimas eram acedidas por uma escada junto à porta de entrada do quarto.

Decorada com mobílias, cerâmicas e têxteis dos séculos XVII e XVIII, a Câmara de Dormir tinha ainda uma pequena divisão anexa, que servia provavelmente de guarda-roupa. E todo este espaço era aquecido pela lareira da Antecâmara, graças à pequena abertura na parede que vês na fotografia!

Salão Nobre

O Salão Nobre é uma das salas mais espetaculares do Paço dos Duques de Bragança, muito devido ao teto em forma de barco invertido. Projetada em madeira de castanho no segundo quartel do século XX, esta cobertura é uma reprodução bastante fiel da original.

Como acontecia noutros palácios, o Salão Nobre do Paço dos Duques de Bragança era o espaço onde os senhores da casa (D. Afonso e, a sua mulher, D. Constança de Noronha) entretinham e passavam tempo com os seus convidados.

Galeria Superior

A Galeria Superior é, na minha opinião, o melhor local para observar alguns dos detalhes arquitetónicos mais interessantes do Paço dos Duques de Bragança. Entre eles, contam-se as trinta e nove chaminés do edifício, a Galeria Inferior e o Pátio!

Concebida como um espaço de circulação, a Galeria Superior liga uma série de salas, quartos e aposentos do Paço dos Duques de Bragança. E é igualmente aqui que se encontra a entrada da Capela (na segunda fotografia, ao centro).

Capela

A Capela do Paço dos Duques de Bragança foi completamente remobilada pelo arquiteto Mário Barbosa Ferreira. Desde as cadeiras e bancos à mesa do altar, tribunas e balaustrada do coro, todas estas peças de mobiliário foram executadas em madeira de castanho, em 1959.

Vale ainda a pena salientar os vitrais pintados por António Lino. Estes representam uma série de figuras religiosas (Jesus Cristo, Santo António, São Francisco de Assis, São Jorge, Santiago Maior e Santa Maria de Guimarães) e históricas (D. Afonso e D. Constança de Noronha, D. João I e D. Filipa de Lencastre, D. Afonso Henriques e D. Nuno Álvares Pereira).

Salão dos Passos Perdidos

O Salão dos Passos Perdidos é uma sala enigmática, uma vez que se desconhece a sua função no século XV. Aliás, o nome “Salão dos Passos Perdidos” foi-lhe atribuído apenas aquando da inauguração pública do Paço dos Duques de Bragança em 1959!

Na fotografia, podes observar duas tapeçarias monumentais: “O Cerco de Arzila” (à esquerda) e “O Desembarque em Arzila” (à direita). Pertencentes a uma série de quatro, as “Tapeçarias de Pastrana” celebram episódios da conquista de Arzila e Tânger em 1471, pelas tropas do rei D. Afonso V!

Salão de Banquetes

O Salão de Banquetes foi assim designado pela comissão que mobilou e decorou o monumento, após a campanha de obras das décadas de 1930-1950. Não há certezas de que esta sala fosse de facto um salão de banquetes para os Duques de Bragança, mas o Estado Novo assim o decidiu.

Três elementos surgem logo à vista no Salão de Banquetes: o teto em forma de barco invertido (muito semelhante ao do Salão Nobre); a longa mesa de jantar (que é, na realidade, composta por várias mesas); e “A Tomada de Arzila” (outra da quatro “Tapeçarias de Pastrana”)!

Sala de Comer Íntima

A Sala de Comer Íntima era outro dos espaços destinados às refeições dos Duques de Bragança – desta vez, sem a presença de convidados. É claro que esta sala de jantar privada é uma simples recriação, mas não deixa de ser bastante fidedigna.

Além da mesa e quatro cadeiras no centro, a Sala de Comer Íntima está adornada com diversas pinturas relacionadas com alimentos e refeições. E, a complementar a decoração, existem arcas e armários de madeira, bem como peças de cerâmica, porcelana oriental e faiança portuguesa.

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