Museu Carmen Thyssen Andorra: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

O Museu Carmen Thyssen Andorra pertence a uma das coleções privadas mais importantes do mundo: a Coleção Carmen Thyssen-Bornemisza. Localizado em Escaldes-Engordany, uma das sete freguesias que constituem o Principado de Andorra, apresenta maioritariamente pinturas dos séculos XIX e XX.

Inaugurado em 2017, o Museu Carmen Thyssen tornou-se rapidamente um dos museus mais visitados em Andorra, muito devido às suas exposições temporárias, que são renovadas todos os anos. Desta forma, os turistas têm uma oportunidade de conhecer obras de arte novas a cada visita!

Por isso, queres saber mais sobre o Museu Carmen Thyssen Andorra: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024? Continua a ler!

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Museu Carmen Thyssen Andorra
Museu Carmen Thyssen Andorra

Breve História do Museu Carmen Thyssen Andorra

O Museu Carmen Thyssen Andorra abriu no dia 16 de março de 2017, no rés-do-chão do antigo Hostal Valira. Curiosamente, é o primeiro museu internacional criado a partir dessa coleção privada, depois do Museo Nacional Thyssen-Bornemisza (em Madrid) e do Museo Carmen Thyssen Málaga (na Andaluzia).

Carmen Thyssen (também conhecida como Carmen “Tita” Cervera) é a viúva do empresário e colecionador de arte Hans Heinrich Thyssen-Bornemisza. Conhecida negociante e colecionadora de arte no panorama internacional, a socialite espanhola também se destaca pelo seu trabalho filantropo.

O Que Ver no Museu Carmen Thyssen Andorra

Durante várias décadas, o Barão e a Baronesa Thyssen-Bornemisza reuniram um elevado número de obras de arte, que chegou a ser considerada a segunda maior coleção privada do mundo depois da Coleção Real Britânica!

As suas pinturas podem ser organizadas em três grandes grupos geográficos – Espanha, Europa e Estados Unidos – e incluem obras de arte particularmente relevantes de três movimentos artísticos: Impressionismo, Pós-Impressionismo e Expressionismo.

“Retrat del dramaturg Joaquín Dicenta”, de Ramon Casas i Carbó

Ramon Casas i Carbó (1866-1932) é, sem dúvida, o artista mais famoso desta exposição no Museu Carmen Thyssen Andorra.

Natural de Barcelona, Ramon Casas dedicou grande parte da sua vida aos retratos, pintado as mais variadas figuras da alta sociedade europeia.

No entanto, também se destacou como designer gráfico, criando pósteres e cartazes para revistas e estabelecimentos como o Els Quatre Gats (um café em Barcelona, que era o ponto de encontro dos artistas durante o Modernismo Catalão).

Neste quadro a óleo de 1905, o protagonista é o dramaturgo, escritor e poeta espanhol Joaquín Dicenta, amigo próximo do pintor.

“Pati i figura”, de Santiago Rusiñol i Prats

Um dos grandes amigos e colegas de trabalho de Ramon Casas i Carbó foi Santiago Rusiñol i Prats (1861-1931), também ele pintor, poeta e dramaturgo.

Santiago Rusiñol foi um dos artistas mais prolíferos da sua geração, tendo criado mais de mil quadros e publicado inúmeras obras, tanto em catalão como em espanhol.

Nascido em Barcelona, assumiu-se como um dos primeiros representantes do Modernismo Catalão, pintando paisagens bucólicas desta região espanhola e cenas relacionadas com a vida quotidiana – como este quadro “Pati i figura”.

“Prats de Santa Coloma, Andorra”, de Joaquim Mir i Trinxet

O quadro pós-impressionista de Joaquim Mir i Trinxet que está em exposição no Museu Carmen Thyssen Andorra distingue-se claramente dos outros devido ao uso da cor. Na realidade, este artista espanhol nascido em Barcelona ficou muito conhecido exatamente pelas cores vivas das suas pinturas de paisagens.

Depois de ter estudado na Escola Llotja – a escola superior de arte e desenho mais antiga de Espanha, onde muitos artistas catalães começaram a sua formação – Mir i Trinxet integrou dois grupos culturais, responsáveis pelo desenvolvimento do Modernismo Catalão: o Colla del Safrà e Els Quatre Gats.

“A l’era, batent”, de Laureà Barrau Buñol

Laureà Barrau Buñol (1863-1957) é um dos poucos artistas com mais do que um quadro em exposição no Museu Carmen Thyssen Andorra – os outros são Lluís Rigalt i Farriols, Joan Roig y Soler, Joaquim Terruella Matilla e Rafael Durancamps i Folguera.

Igualmente conhecido como Laureano Barrau, o pintor nasceu em Barcelona e foi um dos grandes nomes do Impressionismo espanhol. Depois de ter estudado com o mestre Jean-Léon Gérôme em Paris, Laureà Barrau dedicou-se à pintura de paisagens campestres, tornando os fazendeiros nos protagonistas das suas obras.

“Platja de Vilanova”, de Joan Roig i Soler

Nesta exposição temporária do Museu Carmen Thyssen Andorra, reparei num facto interessante: das 28 pinturas que a compõem, apenas 5 integram a Col·lecció Carmen Thyssen – as restantes fazem parte da Col·lecció d’art de Crèdit Andorrà! Platja de Vilanova de Joan Roig i Soler é um desses cinco e os outros são:

  • “Eivissenca traient aigua del pou“, de Laureà Barrau Buñol
  • “Flors al vas“, de Rafael Durancamps i Folguera
  • “Corbera de Llobregat“, de Lluís Rigalt i Farriols
  • “Platja de Port de Llançà“, de Joaquim Terruella Matilla

Joan Roig i Soler (1852-1909) nasceu em Barcelona e foi discípulo de Modest Urgell i Inglada – outro artista representado nesta exposição. Adepto fervoroso da pintura paisagista, criou quadros dos mais variados locais à beira-mar na região da Catalunha.

Guia Prático do Museu Carmen Thyssen Andorra

Como referi na introdução, o Museu Carmen Thyssen Andorra distingue-se pela singularidade do seu acervo, que está em constante mudança. Portanto, é importante pesquisar que exposição temporária está no museu antes da visita!

Eu tive a oportunidade de observar e admirar a exposição pintura “Talents amb Denominació d’Origen – De Rigalt a Puigdengolas.” (em português, “Pintores Talentosos das Mesmas Origens – De Rigalt a Puigdengolas”), uma parceria entre a Col·lecció d’art de Crèdit Andorrà e a Col·lecció Carmen Thyssen.

1. Escolhe Bem o Dia

O Museu Carmen Thyssen Andorra está aberto todos os dias (exceto às segundas-feiras), das 10:00 às 18:00, mas aos sábados fecha às 19:00 e aos domingos às 14:00. Ou seja, o melhor é não visitar Andorra (ou até mesmo Escaldes-Engordany, onde fica o museu) num domingo ou segunda-feira!

Eu visitei Andorra numa day trip desde Barcelona e sabia que, como só disponha de um dia, tinha de aproveitar ao máximo tudo o que Andorra-a-Velha e Escaldes-Engordany tinham para oferecer. Por isso, escolhi viajar para o principado num sábado, para ter a certeza que ia encontrar os monumentos abertos.

2. Procura Descontos

O bilhete para visitar o Museu Carmen Thyssen Andorra custa 9€, mas a entrada é gratuita para menores de 18 anos e tem um preço reduzido (5€) para maiores de 65 anos e menores de 26 anos (ou detentores do Cartão Jovem).

Normalmente, eu recomendo a compra antecipada dos ingressos de museus (e, se quiseres, podes fazê-lo na bilheteira online do museu), mas acho que neste caso não se justifica. A grande maioria dos turistas visitam Andorra-a-Velha por causa do ski ou de fazer compras, por isso é raro encontrar filas nos espaços culturais!

3. Não Te Esqueças de Admirar o Exterior do Museu!

O Hostal Valira (em português, Hotel Valira) é um antigo estabelecimento hoteleiro e termal, que apesar de ter fechado no ano 2000, continua a ser um dos edifícios mais importantes de Les Escaldes – uma área urbana da freguesia de Escaldes-Engordany – por causa da sua história e arquitetura.

O edifício em granito foi projetado em 1933 pelo arquiteto Pere Celestí Gusi i Rossell, discípulo de Josep Puig i Cadafalch – uma das grandes figuras da arquitetura modernista. Celestí Gusi era igualmente um monge beneditino e sabe-se que o Hostal Valira foi promovido por Antoni Maria Marcet i Poal, o Abade de Montserrat.

Inicialmente, o Hostal Valira tinha como objetivo servir de residência aos monges, mas acabou por se tornar num hotel de luxo. Com o seu encerramento permanente no século XXI, os vários andares do edifício foram convertidos em apartamentos e o piso térreo acabou por se tornar no Museu Carmen Thyssen Andorra.

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