3 Dias Em Veneza: O Roteiro De Veneza Perfeito

Queres descobrir as melhores coisas para fazer em Veneza? Veneza (em italiano, Venezia) é não só um dos melhores lugares para visitar em Itália, como também um dos destinos mais populares da Europa. Todos os anos, dezenas de milhões de turistas viajam até Veneza, para experienciarem toda a beleza e romantismo desta cidade italiana!

Capital da região de Véneto, Veneza é completamente diferente de qualquer outra cidade no mundo, pois foi construída por entre os canais de uma lagoa com o mesmo nome: a Laguna di Venezia. Aliás, “Veneza e a Sua Lagoa” foram inscritas na Lista do Património Mundial da UNESCO em 1987, pelo seu valor cultural, arquitetónico e artístico!

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Roteiro de Veneza
Roteiro de Veneza

Breve História de Veneza

Tanto quanto se sabe, a cidade de Veneza foi fundada em 421 d.C. pelos Vénetos, um povo do nordeste da atual Itália. Naquela altura, o Império Romano (e futuro Império Bizantino) procurava defender grande parte desta região das constantes invasões germânicas e hunas, o que fazia de Veneza uma espécie de “centro de refugiados”.

O ano de 697 d.C. foi outra data crucial na história de Veneza, pois marcou a eleição do primeiro Doge de Veneza. Ora, o “doge” (inicialmente chamado de “dux”) foi o dirigente máximo e primeiro magistrado da Serenissima Repubblica di Venezia até ao final do século XVIII, governando a partir do Palácio Ducal de Veneza na Piazza San Marco.

Rio di San Moise visto da Ponte di San Moise
Rio di San Salvador visto da Ponte del Lovo

Considerada uma grande potência marítima desde o século IX, a República de Veneza transformou-se num dos Estados mais ricos da Europa, por causa do comércio de sedas e especiarias. Além disso, foi determinante no panorama artístico e musical durante o Renascimento e o Barroco, graças a artistas como Tiziano Vecellio, Giorgione, Tintoretto, Paolo Veronese, Tomaso Albinoni, Antonio Vivaldi, Giovanni Battista Tiepolo e Canaletto.

Contudo, a Era dos Descobrimentos Portugueses e Espanhóis (séculos XV-XVII) destruiu o império comercial marítimo que Veneza mantinha com o Oriente através do Mediterrâneo. Este declínio culminou na invasão de Napoleão Bonaparte em 1797 e na consequente extinção da República de Veneza e anexação ao Império Austríaco. Finalmente, a (agora) cidade de Veneza tornou-se parte do recém-criado Reino de Itália no ano de 1866.

Património Mundial

Sabias que Veneza e a sua Lagoa fizeram parte do quarto conjunto de inscrições de Itália na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 11ª Sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Paris (França), entre os dias 7 e 11 de dezembro de 1987.

Apenas um outro sítio italiano foi anunciado na sessão: a Piazza del Duomo, Pisa.

Hoje em dia, Itália é o país do mundo com mais sítios UNESCO: possui cinquenta e nove bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar oito:

Visitar Veneza

A cidade de Veneza é servida pelo Aeroporto de Veneza Marco Polo (VCE), que tem diversas ligações para outras grandes cidades europeias – tornando-a num destino turístico ainda mais atrativo para os viajantes internacionais. E, se já estiveres em Itália, então podes chegar a Veneza de comboio, autocarro ou carro!

No entanto, é importante salientar que o transporte dentro do centro histórico de Veneza faz-se exclusivamente por água ou a pé. Além das famosas gôndolas – que se tornaram numa verdadeira atração turística da cidade – é possível deslocares-te pela Lagoa de Veneza de “vaporetto” (uma espécie de autocarro aquático).

Chiesa di San Simeon Piccolo vista da Stazione di Venezia Santa Lucia
Rio dei Greci visto da Ponte della Pietà

Construída num arquipélago composto por 118 ilhas, Veneza é atravessada por mais de 100 canais e cerca de 400 pontes. As mais conhecidas destas centenas de pontes são as quatro que atravessam o Grande Canal: a Ponte di Rialto, a Ponte della Accademia, a Ponte degli Scalzi e a Ponte della Costituzione.

Uma outra ponte chamada de Ponte della Libertà, é a responsável por ligar todo o trânsito rodoviário e ferroviário entre o continente e os terminais no extremo norte da cidade. Na minha opinião, a forma mais prática (e agradável) de viajar por Itália é de comboio. Com ligações diretas para várias capitais de outras regiões italianas, Veneza fica a cerca de 1h30 de Bolonha (Emília-Romanha), 2h15 de Florença (Toscana), 2h30 de Milão (Lombardia) e 4h de Roma (Lazio).

Roteiro de Veneza – Dia 1

Ponte di Rialto

A Ponte di Rialto é a ponte mais antiga e mais famosa do Grande Canal de Veneza. Construída entre 1588 e 1591, é também a obra mais conhecida do arquiteto veneziano Antonio da Ponte.

Até ao final do século XII, os bairros de San Polo e San Marco não tinham qualquer tipo de ligação pedestre. Mas tal mudou em 1181, quando Nicolò Barattieri desenhou uma ponte flutuante.

Esta primeira ponte acabou por ser substituída por uma outra em madeira em 1255, devido ao aumento de tráfego proveniente do Mercato di Rialto. Só que esta nova ponte necessitava de manutenção constante e chegou a desmoronar-se por duas vezes!

À semelhança do que acontece com a Ponte Vecchio em Florença, o tabuleiro em arco único da Ponte de Rialto acolhe uma série de lojas de luxo, na sua grande maioria ourivesarias e joalharias.

Torre dell’Orologio

As restantes melhores coisas para fazer em Veneza no teu primeiro dia de visita ficam todas numa única praça: a icónica Piazza San Marco. E um deles é a Torre dell’Orologio, um dos primeiros edifícios renascentistas desta cidade italiana!

A torre central foi projetada por Mauro Codussi em 1496. Além do relógio mecânico ricamente decorado (cujo mostrador indica os signos do zodíaco, assim como as fases do sol e da lua), é possível admirar na fachada uma estátua de Nossa Senhora, uma escultura do Leão de São Marcos e o célebre “Sino dos Dois Mouros” no topo.

As estruturas laterais foram adicionadas uma década depois e reformadas já em meados do século XVIII. Outro detalhe curioso é o arco monumental, que liga a Piazza San Marco à Merceria dell’Orologio (uma das principais artérias de Veneza).

A Torre dell’Orologio está aberta todos os dias, das 12:00 às 16:00, mas a visita é feita somente com reserva e acompanhada por um guia especializado. Os bilhetes custam 12€ (adultos) ou 7€ (crianças dos 6 aos 14 anos, estudantes dos 15 aos 25 anos, e maiores de 65 anos) e podem ser comprados antecipadamente no site oficial da Fundação Museus Cívicos de Veneza.

Basilica di San Marco

A Basilica di San Marco é, provavelmente, a basílica mais famosa de Itália. Situado mesmo ao lado do Palácio Ducal de Veneza, é um dos melhores exemplos de arquitetura bizantina do país e foi inspirada por dois importantes templos religiosos de Constantinopla (atual Istambul, na Turquia): a Agia Sophia e a Igreja dos Santos Apóstolos (esta última, entretanto destruída).

A sua história remonta à primeira metade do século IX d.C., quando os mercadores venezianos regressaram da cidade egípcia de Alexandria, com as supostas relíquias de São Marcos Evangelista. A igreja foi erigida precisamente para abrigar estes tesouros cristãos, mas teve de ser reconstruída várias vezes nos dois séculos seguintes.

Il corpo di San Marco venerato dal doge(mosaico de Sebastiano Ricci e Leopoldo Del Pozzo)
Il Corpo di San Marco è accolto solennemente a Venezia (mosaico de Pietro Vecchia)

As obras do monumento que vemos hoje em dia arrancaram em 1071 e prolongaram-se por mais de quinhentos anos. Apresentando uma planta de cruz grega, a Basílica de São Marcos é composta por seis naves com diferentes capelas e altares, uma cripta, um coro alto, um batistério, uma sacristia e um baldaquino sobre o altar-mor.

Da impressionante decoração, destaca-se o retábulo do altar-mor (ou “Pala d’Oro”) e os Cavalos de São Marcos (um conjunto de quatro estátuas de bronze, roubadas de Constantinopla durante a Quarta Cruzada). No entanto, há centenas de mosaicos, esculturas e relevos em mármore, ouro, bronze e pedras preciosas para contemplar!

A Basilica di San Marco está aberto todos os dias, das 09:30 às 17:15 (de segunda-feira a sábado) ou das 14:00 às 17:15 (domingos e feriados). Os bilhetes custam 6€ (adultos), mas podes pagar um suplemento para visitar a Pala d’Oro (6€), o Museo – Loggia dei Cavalli (9€) ou ambos (14€). Independentemente do tipo de entrada que prefiras, recomendo que a compres diretamente no site oficial da Basílica de São Marcos.

Campanile di San Marco

O Campanile di San Marco é a torre sineira da Basilica di San Marco e um dos símbolos mais reconhecidos desta cidade do norte de Itália.

Inicialmente projetada no século XI para substituir uma antiga torre de vigia romana, acabou por ser totalmente reconstruída entre 1511 e 1514, altura em que recebeu o carrilhão de cinco sinos, o pináculo revestido em cobre e um cata-vento dourado com a figura do Arcanjo Gabriel.

Com cerca de 99 metros de altura e perfeitamente visível da Bacia de São Marcos, especula-se que o Campanário de São Marcos já serviu de farol, para os barcos que chegavam à Lagoa de Veneza.

Na base desta torre de tijolo de planta quadrada, encontras a Loggetta del Sansovino, que foi construída por este arquiteto entre 1537 e 1549 e está decorada com estátuas de bronze e relevos em mármore.

O Campanile di San Marco está aberto todos os dias, das 09:30 às 17:15, podendo encerrar em caso de condições climatéricas adversas. Quantos aos bilhetes, estes custam 10€ (adultos) e podem ser adquiridos site oficial da Basílica de São Marcos.

Palazzo Ducale

Na minha opinião, o Palácio Ducal de Veneza (em italiano, Palazzo Ducale di Venezia) é o edifício mais deslumbrante da Piazza San Marco, empatado com a Basilica di San Marco. Também conhecido como Palácio dos Doges, é considerado uma verdadeira obra-prima da arquitetura gótica veneziana!

O Palácio Ducal de Veneza foi construído nos séculos XIV e XV, para servir de residência do Doge e de sede administrativa da Serenissima Repubblica di Venezia. E no século XVI, continuou a ser reformado, recebendo elementos decorativos típicos do Renascimento e do Maneirismo.

O Palácio Ducal de Veneza está aberto todos os dias do ano, das 09:00 às 18:00. E o bilhete custa 26€ (adultos) ou 14€ (para crianças dos 6 aos 14 anos, estudantes dos 15 aos 25 anos, e visitantes com mais de 65 anos), podendo ser adquirido no site oficial da Fundação de Museus Cívicos de Veneza.

Lê o meu guia completo sobre o Palácio Ducal de Veneza, uma atração turística imperdível em qualquer roteiro de Veneza!

Musei di Piazza San Marco

Dependendo do tempo que te resta neste primeiro dia em Veneza, podes ainda ter a oportunidade de explorar outros Museus da Praça de São Marcos. Isto porque o bilhete para o Palazzo Ducale inclui igualmente a entrada no Museo Archeologico Nazionale di Venezia, no Museo Correr e nas Sale Monumentali delle Biblioteca Nazionale Marciana.

Museo Archeologico Nazionale di Venezia

Já agora, se tiveres interesse em visitar mais espaços culturais no centro histórico, podes optar pelo Museum Pass (a 36€ ou 19€), que te dá acesso aos quatro museus da Praça de São Marcos e oito outros museus cívicos de Veneza:

Roteiro de Veneza – Dia 2

Ca’ Rezzonico

A Ponte dell’Accademia é uma ponte em arco, que liga os bairros de Dorsoduro e San Marco.

Depois da Ponte di Rialto, esta foi a segunda ponte construída sobre o Grande Canal de Veneza, apesar de ter sido inaugurada em duas ocasiões distintas: primeiro em 1854 e depois em 1933.

O projeto original consistia numa ponte em aço e foi realizado por Alfred Neville. Mas a estrutura acabou por ser substituída pela ponte de madeira que vemos atualmente, da autoria de Eugenio Miozzi.

Recomendo que a atravesses, nem que seja só para ver as vistas, pois esta é uma das melhores coisas para fazer em Veneza. Daqui, consegues tirar fotografias panorâmicas espetaculares do Grande Canal e dos palácios e outros edifícios históricos junto às margens!

Em meados do século XVII, Filippo Bon (um dos renomados patrícios de Veneza) encomendou uma residência familiar a Baldassare Longhena, que desenhou um palácio elegante em estilo barroco voltado para o Grande Canal. Contudo, tanto o proprietário como o arquiteto faleceram antes da obra ficar concluída.

Cerca de um século depois, o palácio foi vendido a Giambattista Rezzonico, que contratou Giorgio Massari para terminar a construção do edifício. Desde 1936, a Casa Rezzonico acolhe várias coleções de pinturas, esculturas e artes decorativas venezianas do século XVIII, que pertenciam ao Museo Correr.

O Ca’ Rezzonico está aberto todos os dias (exceto às terças-feiras), das 10:00 às 17:00. O bilhete tem um custo de 10€ (adultos) ou 7.5€ (para crianças dos 6 aos 14 anos, estudantes dos 15 aos 25 anos, e visitantes com mais de 65 anos), e pode ser comprado no site oficial da Fundação de Museus Cívicos de Veneza. Se tiveres tempo para visitar outros palácios aristocráticos durante a tua estadia em Veneza, recomendo o Ca’ Foscari, o Ca’ Pesaro ou o Ca’ d’Oro!

Ponte dell’Accademia

A Ponte dell’Accademia é uma ponte em arco, que liga os bairros de Dorsoduro e San Marco.

Depois da Ponte di Rialto, esta foi a segunda ponte construída sobre o Grande Canal de Veneza, apesar de ter sido inaugurada em duas ocasiões distintas: primeiro em 1854 e depois em 1933.

O projeto original consistia numa ponte em aço e foi realizado por Alfred Neville. Mas a estrutura acabou por ser substituída pela ponte de madeira que vemos atualmente, da autoria de Eugenio Miozzi.

Recomendo que a atravesses, nem que seja só para ver as vistas, pois esta é uma das melhores coisas para fazer em Veneza. Daqui, consegues tirar fotografias panorâmicas espetaculares do Grande Canal e dos palácios e outros edifícios históricos junto às margens!

Gallerie dell’Accademia

A Gallerie dell’Accademia é um conceituado museu e galeria de arte, cujo acervo compreende os séculos XIII-XVIII. A sua fundação data de 1750, ano em que foi criada a Accademia di Belle Arti di Venezia, a primeira escola de pintura, escultura e arquitetura da cidade.

De todos os museus e galerias de arte existentes em Veneza, este é certamente o mais importante, pelo que a visita é mesmo recomendada. Ao longo de várias salas e corredores distribuídos por dois pisos, vais poder admirar obras-primas de Giovanni Bellini, Leonardo da Vinci, Tiziano Vecellio, Giorgio Vasari, Tintoretto, Paolo Veronese, Giovanni Battista Tiepolo e Canaletto, entre muitos outros.

A Gallerie dell’Accademia (ou simplesmente Accademia, como é mais conhecida) está aberta todos os dias, das 08h15 às 14:00 (às segundas-feiras) ou das 08:15 às 19:15 (de terça-feira a domingo). Quanto aos bilhetes, estes custam 12€ (adultos) ou 2€ (jovens entre os 18 e os 25 anos, que sejam cidadãos da União Europeia), e podem ser reservados diretamente no site oficial das Galerias da Academia.

Collezione Peggy Guggenheim

A Collezione Peggy Guggenheim fica a apenas 400 metros da Gallerie dell’Accademia, pelo que podes visitá-la logo de seguida ou depois de uma pausa para almoço. Ora, este museu foi inaugurado em 1951, no antigo Palazzo Venier dei Leoni, um dos muitos instalados em frente ao Grande Canal de Veneza.

Pertencente à Fundação Solomon Robert Guggenheim – que tem museus semelhantes em Nova Iorque, Bilbau, Berlim e Las Vegas – a Coleção Peggy Guggenheim é o museu de arte moderna norte-americana e europeia mais importante de Itália, exibindo obras de Wassily Kandinsky, Pablo Picasso, Max Ernst, Joan Miró, René Magritte, Salvador Dalí e Jackson Pollock, entre outros artistas cubistas, surrealistas e expressionistas abstratos.

A Collezione Peggy Guggenheim está aberta todos os dias (exceto às terças-feiras), das 10:00 às 18:00. E os bilhetes custam 16€ (adultos), 14€ (maiores de 65 anos) ou 9€ (estudantes com menos de 26 anos), podendo ser adquiridos antecipadamente no site oficial da Coleção Peggy Guggenheim.

Basilica di Santa Maria della Salute

A Basilica di Santa Maria della Salute é uma das muitas basílicas que existem em Veneza. Quer dizer, quando estive em Veneza, vi/visitei seis: Basilica di Santa Maria Gloriosa dei Frari, Basilica dei Santi Giovanni e Paolo, Basilica di San Marco, Basilica di Santa Maria della Salute, Basilica di San Giorgio Maggiore e Basilica di San Pietro di Castello!

Poucas pessoas sabem isto, mas a Basílica de Santa Maria da Saúde é a realização de uma promessa feita por Giovanni Battista Tiepolo (o então Patriarca de Veneza) em 1630! Isto porque nesse ano, despoletou um surto de peste, que dizimou grande parte da população local.

O projeto ficou a cargo de Baldassare Longhena (o arquiteto do Ca’ Rezzonico), que a desenhou em estilo barroco. As obras arrancaram no ano seguinte e ficaram concluídas meio século depois, em 1681. E o local escolhido foi a Punta della Dogana (a alfândega de Veneza), situada na extremidade do bairro de Dorsoduro.

Basilica di Santa Maria della Salute vista da Riva degli Schiavoni

Um dos detalhes arquitetónicos mais interessentes deste templo católico é a nave central de forma octogonal, que é encimada por uma cúpula hemisférica e está rodeada por seis capelas menores. Além disso, vale a pena mencionar o altar-mor dedicado à Virgem Maria e os frescos de Tiziano Vecellio, retratando episódios do Antigo Testamento.

A Basilica di Santa Maria della Salute está aberta todos os dias, das 09:30 às 12:00 e das 15:00 às 17:30. Apesar do acesso ser gratuito, existe um bilhete a 4€ (adultos) ou 2€ (estudantes e maiores de 65 anos) para entrar na Sacristia Principal (isto é, o Museu). Neste caso, os horários de visita são das 10:00 às 12:00 e das 15:00 às 17:00 (de segunda-feira a sábado) ou das 15:00 às 17:00 (aos domingos).

Roteiro de Veneza – Dia 3

Giardini della Biennale

O terceiro e último dia deste “Roteiro de 3 Dias em Veneza” é dedicado a um dos bairros menos explorados da cidade: o Castello. A verdade é que muitos turistas aproveitam o fim da sua estadia em Veneza para viajar até outras ilhas da Lagoa de Veneza (como Murano ou Burano), mas eu quis concentrar este roteiro cultural somente na ilha de Veneza.

E o dia começa nos Giardini della Biennale di Venezia, palco da célebre exposição internacional de arte, que se realiza bienalmente (daí o nome)! A Bienal de Veneza é conhecida sobretudo por causa da “Mostra Internazionale d’Arte Cinematografica”, mas também existem eventos sobre arquitetura, artes visuais, dança, música e teatro!

Curiosamente, estes jardins foram criados por Napoleão Bonaparte, no início do século XIX. E desde que a exposição foi inaugurada em 1895, já foram construídos dezenas de pavilhões de países estrangeiros, que exibem obras de artes dos seus respetivos artistas, como é o caso da Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Egito, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Grécia, Rússia, Suíça, Tailândia e Venezuela (entre muitos outros).

Isola di Sant’Elena

Explorar a Isola di Sant’Elena é não só uma das melhores coisas para fazer em Veneza, como também uma das mais originais! Totalmente fora do radar das enchentes de turistas que enchem as ruas e canais de bairros como San Marco ou Dorsoduro, a Ilha de Santa Helena é aquilo que muitos apelidam de “hidden gem” ou “off the beaten path”.

Rio di Sant’Elena

As atrações principais de Sant’Elena são a Chiesa Parrocchiale di Sant’Elena Imperatrice (a principal igreja desta ilha), o Stadio Pierluigi Penzo (um estádio polivalente e casa do Venezia Football Club), o Campo Marco Stringari (um jardim público) e alguns dos pavilhões permanentes da Bienal de Veneza.

Isola di San Pietro di Castello

A Isola di San Pietro di Castello (ou simplesmente, Isola di San Pietro) é bem mais pequena do que a Isola di Sant’Elena, mas igualmente deslumbrante. Podes encontrá-la no extremo leste do centro histórico da cidade, a escassos metros do Arsenale de Venezia.

Canale di San Pietro

Apesar do seu tamanho diminuto, a Ilha de São Pedro do Castelo foi muito importante na história de Veneza, uma vez que a Basilica di San Pietro di Castello serviu de sede do Patriarcado de Veneza entre 1451 e 1807, altura em que Napoleão Bonaparte a transferiu para a Basilica di San Marco!

Arsenale

E eis que chegámos ao último ponto de interesse deste “Roteiro de 3 Dias em Veneza”: o Arsenale di Venezia. Na Idade Média, quando a cidade atingiu o estatuto internacional de grande potência marítima, este estaleiro e base naval tornou-se uma das áreas mais relevantes de Veneza.

E embora não existam registos sobre a sua construção, pensa-se que as obras começaram no início do século XII. Porém, um século depois, foi criado o “Arsenale Nuovo”, bem maior do que o original. Aqui, foram produzidos centenas de navios mercantes e navios de guerra, assim como vários tipos de armas de fogo e artilharia naval pesada.

Mapa do Roteiro de Veneza

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