Meet Vincent Van Gogh Em Lisboa: Melhores Dicas Para Visitar

A experiência oficial criada pelo Museu Van Gogh (em Amesterdão, Países Baixos) chegou a Lisboa no dia 28 de fevereiro de 2020, depois de ter passado por cidades como Pequim (na China), Barcelona (em Espanha) e Seul (na Coreia do Sul). Através de um conceito inovador e imersivo, Meet Vincent Van Gogh em Lisboa é uma exposição concebida para deslumbrar todas as idades.

Mais do que um “museu itinerante”, esta é uma viagem inédita e multissensorial pelas várias fases da vida e obra do pintor neerlandês Vincent Van Gogh, cujos quadros são conhecidos em todo o mundo. Desde a emergência do artista na década de 1880, à sua partida para o sul de França e consequente doença, Meet Vincent Van Gogh em Lisboa é uma forma original de conhecer o ser humano que lhe dá o nome!

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Meet Vincent Van Gogh em Lisboa
Meet Vincent Van Gogh em Lisboa

Breve História do Meet Vincent Van Gogh em Lisboa

Meet Vincent Van Gogh (em português, Conhecer Vincent Van Gogh) iniciou a sua digressão mundial a 15 de junho de 2016, no Centro Comercial Jinyuan Yansha de Pequim, tendo permanecido na capital chinesa até ao dia 16 de setembro do mesmo ano. Já a estreia na Europa aconteceu três anos depois, quando esteve em exibição no Port Vell de Barcelona, entre os dias 14 de março e 14 de julho de 2019.

Ao mesmo tempo que cativava o público espanhol, Meet Vincent Van Gogh voltou ao continente asiático, desta vez ao Centro de Arte Woojung de Seul. A experiência ficou cerca de quatro meses na capital da Coreia do Sul, mais propriamente de 19 de abril a 25 de agosto de 2019.

No dia 7 de fevereiro de 2020, foi a vez do Reino Unido receber este “museu itinerante” no South Bank de Londres. A 28 de fevereiro de 2020, Meet Vincent Van Gogh chegou a Portugal e escolheu o Terreiro das Missas em Belém (Lisboa) como local.

O Que Ver no Meet Vincent Van Gogh em Lisboa

Concebido pelo Museu Van Gogh de Amesterdão, Meet Vincent Van Gogh em Lisboa apresenta réplicas em tamanho real de aldeias, ruas, cafés e casas onde o artista neerlandês viveu, trabalhou e/ou inspirou-se. Além disso, podes encontrar inúmeras reproduções das suas obras, conseguidas através da impressão 3D!

Em resumo, o recurso à tecnologia digital permitiu uma abordagem moderna e criativa à personalidade e ao trabalho de um dos pintores mais celebrados nos últimos cento e cinquenta anos. É a combinação perfeita da arte com história e entretenimento, capaz de cativar todos os tipos de público.

Com o slogan “Experience a journey through his life” (em português, “Experiencia uma viagem pela vida dele”), Meet Vincent Van Gogh em Lisboa divide-se em seis galerias (ou espaços expositivos), com os seguintes nomes:

  1. Infância e juventude (1853-1879): Zundert e Haia (Países Baixos), e Londres (Reino Unido)
  2. Emerge o Artista (1880-1885): Bruxelas (Bélgica), Etten, Haia, Emmen, e Nuenen (Países Baixos)
  3. Emerge o Artista (1886-1887): Antuérpia (Bélgica) e Paris (França)
  4. No Sul (1888): Arles e Les Saintes-Maries-de-la-Mer (França)
  5. Doença e Criatividade (1889-1890): Saint-Rémy-de-Provence (mais propriamente, o asilo de Saint-Paul-de-Mausole) e Auvers-sur-Oise (França)
  6. Sucesso (de 1891 aos dias de hoje): Amesterdão (Países Baixos) e reconhecimento mundial

Emerge o Artista (1886-1887)

Vincent Van Gogh faleceu com 37 anos, mas os seus últimos quatro anos de vida foram absolutamente determinantes para o legado que nos deixou. Aliás, sabias que Van Gogh este ativo como artista durante dez anos? Sim, apenas dez anos!

A verdade é que a sua curta carreira torna as suas obras de arte ainda mais excecionais. Afinal de contas, o artista neerlandês criou mais de 1000 desenhos e 900 pinturas a óleo, 150 pinturas em aguarela, 10 obras gráficas, 9 litografias e 1 gravura!

Depois de uma breve introdução sobre a sua infância, juventude e primeiros anos de atividade profissional, eis que chega um dos meus espaços favoritos de toda a exposição: uma representação à escala real do Café du Tambourin, no número 62 da Boulevard de Clichy, em Paris!

Naquela altura, Vincent Van Gogh vivia com o seu irmão Theo em Montmartre e pintava naturezas-mortas – destinadas à decoração do Café du Tambourin – em troca de refeições gratuitas no local. Este restaurante e cabaret era frequentado por diversos pintores, escritores e críticos de arte, como Édouard Dantan, Paul Gauguin, Louis Anquetin, Henri de Toulouse-Lautrec e Émile Bernard, entre outros.

O Café du Tambourin foi igualmente o primeiro espaço na capital francesa onde Van Gogh exibiu as suas pinturas, neste caso, as naturezas-mortas oferecidas à proprietária do restaurante, Agostina Segatori. De forma criativa e original, Meet Vincent Van Gogh decorou as mesas com fotografias, desenhos, esboços e cartas, várias das mais de 900 cartas (a maioria escritas ao seu irmão Theo van Gogh).

No Sul (1888)

A quarta galeria de Meet Vincent Van Gogh em Lisboa foca-se no período que o artista passou em Arles, uma pequena cidade no sul de França. O ano de 1888 revelou-se um dos mais prolíficos da sua carreira, resultando em mais de 200 pinturas e cerca de uma centena de desenhos e aguarelas.

Dois elementos que se destacam nesta secção são o quarto e pensão onde Van Gogh morou e que foram imortalizados em quadros como “A Casa Amarela (A Rua)” e Quarto em Arles. Este último consiste em três versões, expostas no Museu Van Gogh, no Instituto de Arte de Chicago e no Museu de Orsay, respetivamente.

Doença e Criatividade (1889-1890)

Vincent Van Gogh criou algumas das suas obras mais emblemáticas em Arles (“Noite Estrelada Sobre o Ródano” ou “O Café à Noite” – além das referidas anteriormente), mas foi também nesta altura que a sua saúde mental se deteriorou de forma dramática.

A automutilação da orelha esquerda em dezembro de 1888 levou ao seu internamento num hospital local. E apesar de ter recuperado e voltado à “Casa Amarela”, Van Gogh passou os meses seguintes entre casa e o hospital, devido a surtos, alucinações e delírios.

Em maio de 1889, Vincent Van Gogh internou-se voluntariamente no Hospício de Saint-Paul-de-Mausole, onde permaneceu durante um ano. Este confinamento prolongado limitou os temas dos seus quadros, ainda que tenha pintado bastante.

Os corredores e jardins do antigo mosteiro de Saint-Paul tornaram-se objeto de estudo para o artista, assim como os ciprestes e oliveiras que observava nas suas pequenas caminhadas supervisionadas. Nesta penúltima parte de Meet Vincent Van Gogh em Lisboa, é possível observar ainda a obra-prima “A Noite Estrelada”, além de “A Siesta” e “Amendoeira em Flor”.

Sucesso (de 1891 aos dias de hoje)

Em maio de 1890, Van Gogh regressou ao norte de França e instalou-se na pequena aldeia de Auvers-sur-Oise. O principal objetivo era ficar mais perto do seu irmão Theo – que morava em Paris e queria que Vincent fosse tratado pelo doutor Paul Gachet, um pintor amador e médico homeopata local.

Auvers-sur-Oise era, desde a segunda metade do século XIX, uma verdadeira comunidade de artistas. Jean-Baptiste Camille Corot, Honoré Daumier, Charles-François Daubigny, Camille Pissarro e Paul Cézanne foram algumas das personalidades que ali viveram.

Vincent Van Gogh ficou hospedado no Auberge Ravoux, um antigo albergue convertido no museu Maison de Van Gogh. Nos dois meses seguintes, o mestre pós-impressionista criou aproximadamente 70 pinturas a óleo, algumas delas inacabadas.

Isto porque a 27 de julho de 1890, Van Gogh disparou um revólver contra o peito e os médicos não conseguiram remover-lhe a bala. Theo soube da notícia e viajou imediatamente para junto do irmão, que acabou por falecer dois dias depois, vítima de uma infeção causada pelo ferimento da bala.

Theo van Gogh, que já estava doente, piorou muito depois da morte de Vincent e faleceu no dia 25 de janeiro de 1891. Em 1914, a sua viúva Johanna van Gogh-Bonger publicou a correspondência dos dois irmãos e mandou transladar o corpo de Theo para o cemitério de Auvers.

A partir de 1891, as suas obras começaram a ser exibidas em diversas capitais europeias e a fama de Vincent Van Gogh foi crescendo. As centenas de cartas, agora publicadas, atraíram muita atenção e curiosidade no mundo da pop culture e Vincent Willem Van Gogh (o sobrinho do artista) decidiu fundar o Museu Van Gogh em Amesterdão, para expor as criações do tio.

Guia Prático do Meet Vincent Van Gogh em Lisboa

Quando visitei Meet Vincent Van Gogh em Lisboa, Portugal tinha começado o período de desconfinamento – à semelhança do que aconteceu no ano de 2020. Portanto, posso assegurar-te que todas as medidas de segurança estavam a ser compridas, desde a regra do distanciamento social, à higienização regular dos espaços e objetos.

Posto isto, deixo-te algumas dicas para que também possas desfrutar desta experiência com toda a tranquilidade possível. E mesmo que as informações práticas (horários, bilhetes, acessos, etc.) possam ser consultadas no site oficial de Meet Vincent Van Gogh em Lisboa, eu decidi inclui-las neste guia de visita.

1. Compra o Bilhete com Antecedência

Os bilhetes para Meet Vincent Van Gogh em Lisboa têm dois preços distintos: um de segunda a sexta-feira e outro para os fins de semana e feriados. Por isso, as entradas durante a semana custam 13€ (adultos) e 9€ (estudantes, crianças dos 4 aos 17 anos, séniores com mais de 65 anos, pessoas com mobilidade reduzida, invisuais e surdos).

Por outro lado, aos sábados, domingos e feriados, os preços sobem 2€. Ou seja, a tarifa completa passa para os 15€ e a tarifa reduzida para os 11€. Meet Vincent Van Gogh em Lisboa disponibiliza ainda bilhetes para famílias de 4 pessoas (máximo de 2 adultos) a 29.50€ ou 36€, respetivamente, e para grupos com mais de 10 pessoas, onde o preço por pessoa se fixa nos 9€ ou 10€, respetivamente.

Embora exista uma bilheteira no local, é sempre aconselhado comprar os ingressos antecipadamente. Poderás fazê-lo no site da Ticketine (a bilheteira online oficial de Meet Vincent Van Gogh em Lisboa) ou em lojas físicas como a Fnac, Worten ou El Corte Inglés.

É importante salientar que o preço da entrada inclui um audioguia gratuito, disponível em versão infantil (dos 4 aos 12 anos) e versão para adultos. Entre os idiomas disponíveis, contam-se o português, inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, mandarim e coreano.

2. Planeia um Dia Inteiro em Belém

Meet Vincent Van Gogh em Lisboa está aberto todos os dias, exceto às segundas e terças-feiras. De quarta a sexta-feira, o horário funciona das 10:00 às 19:00, sendo que a última entrada se efetua às 18:00. Quanto aos fins de semana, só está aberto da parte da manhã (das 09:00 às 13:00), com a última entrada às 12:00.

Já que Belém tem um património tão rico no que toca a museus, palácios e outros monumentos, porque não dedicar um dia inteiro a conhecer esta zona histórica? Por exemplo, nas imediações de Meet Vincent Van Gogh em Lisboa, podes visitar:

3. Não Te Esqueças da Máquina Fotográfica!

Um das coisas mais curiosas sobre Meet Vincent Van Gogh em Lisboa é o seu mote “Por favor, toque!”. Quer dizer, é certo e sabido que os museus nunca nos deixam tocar nas obras em exposição, nem fotografa-las com flash. Mas isso é algo que não acontece nesta experiência.

Em Meet Vincent Van Gogh em Lisboa, os visitantes são convidados a tocar e a experimentar o ambiente que os rodeia. Até a tirar fotografias (com flash, se for preciso) ou selfies! Acima de tudo, o objetivo desta exposição é tornar a arte de Vincent Van Gogh acessível ao maior número de pessoas.

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