Como Visitar O Jardim Das Tulherias Em 2024

O Jardim das Tulherias (em francês, Jardin des Tuileries) é o jardim mais famoso de Paris e um dos locais mais agradáveis para passear na capital francesa. Localizado na margem direita do rio Sena, entre a Praça da Concórdia e o Jardim do Carrossel, este parque verde também acolhe dois museus de arte importantes (o Museu da Orangerie e a Galeria Nacional do Jeu de Paume).

A história do Jardim das Tulherias remonta ao século XVI, quando foi criado em estilo italiano a pedido de Catarina de Médici, para embelezar a área em redor do Palácio das Tulherias. Um século depois, o arquiteto paisagista André Le Nôtre (autor dos jardins do Palácio de Versalhes e do Palácio de Fontainebleau) converteu-o no atual jardim francês, com canteiros de flores simétricos e estátuas decorativas!

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Jardim das Tulherias
Jardim das Tulherias

Breve História do Jardim das Tulherias

Em 1564, a então rainha consorte Catarina de Médici (viúva de Henrique II, o rei de França) ordenou a construção de uma nova residência real, no local de antigas fábricas de telhas (em francês, tuiles). E foi assim que surgiu o nome curioso do Palais des Tuileries (ou Palácio das Tulherias)!

Ao mesmo tempo, a monarca chamou o arquiteto paisagista florentino Bernard de Carnesse, para desenhar um jardim renascentista italiano adjacente ao palácio. Com 500 metros de comprimento e 300 metros de largura, o Jardim das Tulherias tinha canteiros de flores, relvados, hortas, vinhas, fontes, um labirinto e uma gruta artificial.

Nos reinados seguintes, o Jardim das Tulherias continuou a ser aperfeiçoado com pomares, parterres, um caramanchão coberto e um grande lago ornamental, além de caminhos para a família real passear a pé ou a cavalo. No entanto, nenhum destes acrescentos se compara com a transformação realizada por André Le Nôtre, em 1664!

Arquiteto paisagista pessoal do rei Luís XIV, André Le Nôtre reformulou o Jardim das Tulherias como um “jardin à la française” – um estilo de jardim formal que o próprio desenvolveu e já tinha implementado no Palácio de Vaux-le-Vicomte, Palácio de Versalhes, Palácio de Chantilly e Palácio de Fontainebleau, entre outros.

Os jardins franceses caraterizam-se pela simetria, ordem e perspetiva. E o Jardim das Tulherias reunia esses três conceitos harmoniosamente, com canteiros de flores formando padrões geométricos, lagos ornamentais com fontes ao centro, caminhos ladeados por árvores de grande porte e terraços amplos com vistas panorâmicas!

Como Chegar ao Jardim das Tulherias

Não podia ser mais fácil visitar o Jardim das Tulherias. Afinal de contas, este parque verde fica no 1º arrondissement, a zona mais central de Paris! E para lá chegares desde qualquer outro ponto da capital francesa, só tens de apanhar o metro e sair na estação “Tuileries” (linha 1) ou “Concorde” (linhas 1, 8 e 12).

Não só o Jardim das Tulherias é uma das atrações imperdíveis de Paris, como também fica a uma curta distância de outros locais turísticos, entre os quais o Obelisco de Luxor (150 metros), a Avenida dos Campos Elísios (300 metros), o Museu de Orsay (300 metros), a Praça Vendôme (300 metros), o Museu do Louvre (800 metros), o Palácio Real (800 metros), o Petit Palais (800 metros), o Grand Palais (900 metros) e a Ponte Alexandre III (900 metros).

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Jardim das Tulherias está aberto todos os dias, mas com horários diferentes consoante a altura do ano: das 07:00 às 21:00 (em abril, maio e setembro), das 07:00 às 23:00 (de junho a agosto) ou das 07:30 às 19:30 (de janeiro a março, e de outubro a dezembro).

Antes da tua visita, recomendo que confirmes estas informações práticas no site oficial do Museu do Louvre. De qualquer das formas, a entrada é gratuita para todos. E sabias que o Jardim das Tulherias é considerado o jardim público mais antigo de Paris?

O Que Ver no Jardim das Tulherias

Jardin du Carrousel

O Jardim do Carrossel (em francês, Jardin du Carrousel) recebeu o nome no reinado de Luís XIV, depois de ter sido palco de um desfile de nobres a cavalo, para celebrar o nascimento do seu primeiro filho. Na verdade, a origem dos carrosséis das feiras populares está também relacionada com este tipo de cerimónia!

Jardim do Carrossel visto do Museu do Louvre

Quando Napoleão Bonaparte se instalou no Palácio das Tulherias no início do século XIX, mandou construir um grande arco triunfal inspirado no Arco de Septímio Severo, para celebrar as suas vitórias.

Voltado para a Praça do Carrossel (onde se esconde a Pirâmide Invertida) e para a própria Pirâmide do Louvre e Museu do Louvre, o Arco do Triunfo do Carrossel ainda hoje serve de porta de entrada para o Jardim do Carrossel e para o Jardim das Tulherias.

Grand Carré & Grand Bassin Rond

A Praça Grande (em francês, Grand Carré) é a parte mais oriental do Jardim das Tulherias, a poucos metros do Jardim do Carrossel. Composta pelo Grande Lago Circular (em francês, Grand Bassin Rond) e por dois outros lagos ornamentais circulares mais pequenos, esta secção ainda apresenta o esquema original de André Le Nôtre.

Se antigamente a Praça Grande era o jardim privado do rei, nos dias que correm, é o sítio mais concorrido do Jardim das Tulherias (pela sua proximidade com o Museu do Louvre). Aqui, sugiro que descontraias numa das muitas cadeiras de ferro verdes, ou que dês uma volta para admirar as várias estátuas e esculturas decorativas!

Grand Couvert & Grande Allée

O Grande Coberto (em francês, Grand Couvert) é a parte mais central do Jardim das Tulherias e também a mais arborizada.

Nesta zona, encontras relvados decorados com estátuas e rodeados de árvores, quatro cafés-restaurantes com esplanadas, bem como duas êxedras do tempo da Revolução Francesa.

O Grande Coberto é dividido ao meio pelo Grande Caminho (em francês, Grande Allée). Também chamada de Caminho Central (em francês, Allée Centrale), esta calçada integra o famoso “Axe historique” (uma linha de monumentos, edifícios e vias públicas com 8.5 km, que une o Museu do Louvre ao Grande Arco da La Défense)!

Terrace & Esplanade des Feuillants

O Terraço dos Feuillants (em francês, Terrace des Feuillants) e a Esplanada dos Feuillants (em francês, Esplanade des Feuillants) são dois caminhos paralelos à Rua do Rivoli, que delimitam o lado norte do Jardim das Tulherias. Segundo os registos históricos, a Esplanada já existia no tempo de Henrique IV (ou seja, no final do século XVI e início do século XVII), altura em que estava repleta de amoreiras.

Quanto ao Terraço, este foi projetado por André Le Nôtre, para separar o jardim real de um antigo convento beneditino chamado Couvent des Feuillants (daí o nome). Depois de servir de pomar durante séculos, a Esplanada dos Feuillants foi aberta e agora é utilizada para eventos ao ar livre. Os mais conhecidos são a Festa das Tulherias (em francês, Fête des Tuileries) e o Mercado de Natal das Tulherias (em francês, Marché de Noël des Tuileries).

A Festa das Tulherias acontece entre a primeira semana de julho e a última de agosto. Recriando as tradicionais feiras populares, a Esplanada dos Feuillants acolhe cerca de 60 atrações para todas as idades, além de barracas de comida e brinquedos. O Mercado de Natal das Tulherias decorre do fim de novembro ao início de janeiro e segue o conceito dos “mercados de natal europeus”, com diversões temáticas e quiosques de bebidas quentes e souvenirs.

Bassin Octogonal & Fer à Cheval

Quem chega ao Jardim das Tulherias desde a Praça da Concórdia, tem de passar pelos portões monumentais desenhados por Ange-Jacques Gabriel, no ano de 1757.

Arquiteto pessoal do rei Luís XV, Ange-Jacques Gabriel foi também o autor do projeto da Praça da Concórdia, a maior praça de Paris e a segunda maior de França (depois da Praça dos Quinconces, em Bordéus)!

Fonte dos Rios (em francês, Fontaine des Fleuves) na Praça da Concórdia

Primeiro chamada de Praça Luís XV (em francês, Place Louis XV) e depois de Praça da Revolução (em francês, Place de la Révolution), a Praça da Concórdia está perfeitamente alinhada com a Igreja da Madalena (a norte), os Jardins das Tulherias (a este), o rio Sena (a sul) e a Avenida dos Campos Elísios (a oeste).

Uma vez passados os portões ocidentais do Jardim das Tulherias, vais encontrar o Lago Octogonal (em francês, Bassin Octogonal), onde as crianças fazem corridas de barcos em miniatura nos meses mais quentes. E, de cada lado desta entrada, existem duas rampas em forma de ferradura (ou “fer à cheval”), que conduzem os visitantes à Galeria Nacional do Jeu de Paume (a norte) e ao Museu da Orangerie (a sul).

Galérie Nationale du Jeu de Paume

A Galeria Nacional do Jeu de Paume (em francês, Galérie Nationale du Jeu de Paume) é um centro de arte dedicado à fotografia e multimédia dos séculos XX e XXI. Este museu também costumava ter uma coleção de obras impressionistas criadas desde 1947, que foram entretanto transferidas para o Museu de Orsay.

O edifício onde a galeria de arte foi estabelecida data da década de 1860, quando o imperador Napoleão III estava no poder. Inicialmente, o pavilhão era utilizado para a prática do jogo de palma (em francês, jeu de paume), um desporto de raquetes do qual deriva o ténis. Hoje em dia, é conhecido como ténis real.

Localizada no extremo noroeste do Jardim das Tulherias e em perfeita simetria com o Museu da Orangerie (que fica no extremo sudoeste), a Galeria Nacional do Jeu de Paume foi transformada num museu de arte contemporânea depois da Primeira Guerra Mundial, tendo servido de extensão ao Museu do Louvre, ao Museu da Orangerie e ao Museu do Luxemburgo antes de se tornar uma instituição independente.

Musée de l’Orangerie

O Museu da Orangerie (em francês, Musée de l’Orangerie) começou por ser uma estufa, construída para abrigar as laranjeiras do Palácio das Tulherias, em 1852. Com a queda do Segundo Império de Napoleão III em 1870 e o incêndio que destruiu o palácio no ano seguinte, a Orangerie (ou “Laranjal”), tornou-se propriedade estatal.

Décadas depois, o estadista Georges Clemenceau sugeriu que a série de quadros “Les Nymphéas”, doados por Claude Monet ao Estado, fossem exibidos na Orangerie. Assim sendo, o artista idealizou duas salas ovais, com luz natural e formando o símbolo do infinito, para expôr os oito painéis de “Nenúfares”.

“Reflets d’arbres”, de Claude Monet no Museu da Orangerie

O chamado Musée Claude Monet foi inaugurado pelo próprio Georges Clemenceau no dia 17 de maio de 1927, já depois da morte do pintor impressionista. Mais tarde, a galeria de arte foi anexada ao Musée du Luxembourg e formalmente renomeada Musée National de l’Orangerie des Tuileries.

Lê o meu guia completo sobre o Museu da Orangerie, que inclui todas as informações práticas (acessos, horários e preços) e uma lista das obras de arte imperdíveis nesta galeria de arte!

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