Fórum Romano E Monte Palatino: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

O Fórum Romano (em latim, Forum Romanum; e em italiano, Foro Romano) foi o centro comercial, político, administrativo, judicial e religioso da Roma Antiga, durante vários séculos. E o Monte Palatino (em latim, Collis Palatium ou Mons Palatinus; e em italiano, Palatino), uma das sete colinas da capital italiana, foi o local escolhido pelos imperadores romanos para instalar os seus palácios.

Dezenas de casas e monumentos (como templos, basílicas e arcos) foram construídos numa área de 2 hectares, além de outros edifícios e estruturas públicas. E, hoje em dia, estas ruínas fazem do Fórum Romano e Monte Palatino um dos maiores complexos arqueológicos urbanos da Europa!

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Fórum Romano
Fórum Romano

Breve História do Fórum Romano e Monte Palatino

Como referi na introdução, o Fórum Romano era o coração da Roma Antiga. A sua projeção começou no século VII a.C., com o surgimento do Reino de Roma (em latim, Regnum Romanum), e prolongou-se pela República Romana (em latim, Res Pvblica Romana) e pelo Império Romano (em latim, Imperium Romanum).

A última adição monumental feita ao Fórum Romano foi a Coluna de Focas, erigida em 608 d.C. para homenagear o imperador bizantino Focas. Isto significa que este vale entre o Monte Palatino e o Monte Capitolino foi frequentado durante mais de um milénio! Ainda assim, é sabido que muitas das estruturas já tinham sido deixadas ao abandono ou convertidas em igrejas cristãs, após a Queda do Império Romano do Ocidente (em 395 d.C.).

Templo de Saturno e Templo de Vespasiano

Na Idade Média, o Fórum Romano e o Monte Palatino tinham-se transformado numa pedreira de mármore e travertino. Muitos destes materiais foram reaproveitados para construir outros edifícios em Roma (incluindo a Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano). E dezenas de ruínas acabaram escondidas debaixo de terra.

O interesse histórico nesta área surgiu apenas no final do século XVIII, sendo que as escavações arqueológicas decorreram ao longo do século XIX e no início do século XX. E estas sucessivas campanhas de intervenção permitiram restaurar e preservar alguns dos monumentos mais icónicos do Fórum Romano e do Monte Palatino!

Património Mundial

Sabias que o Fórum Romano e Monte Palatino fizeram parte do segundo conjunto de inscrições de Itália na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 4ª sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Paris (França), entre os dias 1 e 5 de setembro de 1980.

Apenas um outro sítio italiano foi anunciado na sessão: a Igreja e Convento Dominicano de Santa Maria delle Grazie com “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci.

Hoje em dia, Itália é o país do mundo com mais sítios UNESCO: possui cinquenta e nove bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar oito:

Como Chegar ao Fórum Romano e Monte Palatino

O Fórum Romano e Monte Palatino ficam na Via della Salara Vecchia, uma das avenidas mais turísticas da capital italiana. E daqui, estás muito perto de muitos outros sítios arqueológicos populares, como o Foro di Nerva (350 metros), o Foro di Augusto (450 metros), o Foro di Cesare (450 metros), o Foro di Traiano (500 metros) e o Coliseu (600 metros).

Na minha opinião, Roma é um verdadeiro “museu a céu aberto” e, portanto, merece ser percorrida a pé. Contudo, se preferires deslocar-te de transportes públicos, podes chegar ao Fórum Romano e Monte Palatino de autocarro (números 85, 87 e 118; paragem Fori Imperiali) ou metro (linha B1, estação Colosseo).

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Fórum Romano e Monte Palatino estão abertos todos os dias do ano (exceto nos feriados de 1 de janeiro e 25 de dezembro), das 09:00 às 17:30 (em março), das 09:00 às 19:15 (de abril a agosto), das 09:00 às 19:00 (em setembro), das 09:00 às 18:30 (em outubro), ou das 09:00 às 16:30 (em novembro e dezembro).

Quanto aos bilhetes, estes custam 18€ (adultos) ou 4€ (jovens entre os 18 e os 25 anos, que sejam cidadãos da União Europeia), sendo que os menores de 18 anos não pagam entrada. Além disso, é importante referir que este ingresso dá acesso a todo o Parco Archeologico del Colosseo, o que inclui o Colosseo!

DICA: Uma vez que o Fórum Romano e Monte Palatino são das atrações turísticas mais visitadas em Roma, recomendo que compres o bilhete com antecedência, de forma a evitar as longas filas no local. E se quiseres, também podes consultar outros tipos de bilhetes no site oficial do Parque Arqueológico do Coliseu!

O Que Ver no Fórum Romano e Monte Palatino

Foro Romano

Antes de mais nada, é importante referir que o Fórum Romano e o Monte Palatino são um complexo arqueológico extenso, com quase uma centena de pontos de interesse para explorar. Eu vou descrever apenas os mais interessantes, mas estes são os edifícios e estruturas que podes visitar no Fórum Romano:

  • Portico degli Dei Consenti (ou Pórtico dos Deuses Harmoniosos)
  • Tempio di Vespasiano (ou Templo de Vespasiano)
  • Tempio della Concordia (ou Templo da Concórdia)
  • Tempio di Saturno (ou Templo de Saturno)
  • Vicus Jugarius (ou Vico Jugário)
  • Milliarium Aureum (ou Miliário Dourado)
  • Rostri (ou Rostra)
  • Umbilicus Urbis Romae (ou “Umbigo da Cidade de Roma”)
  • Volcanale (ou Vulcanal)
  • Arco di Settimio Severo (ou Arco de Septímio Severo)
  • Curia (ou Cúria)
  • Lapis Niger (ou Lápis Níger)
  • Via Sacra (ou Via Sagrada)
  • Colonna di Foca (ou Coluna de Focas)
  • Basilica Giulia (ou Basílica Júlia)
  • Lacus Curtius (ou Lago Cúrcio)
  • Sacello di Venere Cloachina (ou Santuário de Vénus Cloacina)
  • Basilica Emilia (ou Basílica Emília)
  • Tempio del Divo Giulio (ou Templo de César)
  • Arco di Augusto (ou Arco de Augusto)
  • Tempio di Castore e Polluce (ou Templo de Castor e Pólux)
  • Fonte di Giuturna (ou Fonte de Juturna)
  • Oratorio dei Quaranta Martiri (ou Oratório dos Quarenta Mártires)
  • Chiesa di Santa Maria Antiqua (ou Antiga Igreja de Santa Maria)
  • Rampa Imperiale (ou Rampa Imperial)
  • Tempio di Vesta (ou Templo de Vesta)
  • Regia (ou Régia)
  • Tempio di Antonino e Faustina (ou Templo de Antonino e Faustina)
  • Sepolcreto Arcaico (ou Cemitério Arcaico)
  • Tempio di Romolo (ou Templo de Rómulo)
  • Casa delle Vestali (ou Casa das Vestais)
  • Via Nova
  • Portichetto Medievale (ou Pórtico Medieval)
  • Basilica di Massenzio (ou Basílica de Magêncio)
  • Arco di Tito (ou Arco de Tito)
  • Tempio di Venere e Roma (ou Templo de Vénus e Roma)

Portico degli Dei Consenti

O chamado Pórtico dos Deuses Harmoniosos (ou Pórtico dos Deuses da Concordância) era composto por doze colunas de mármore, com um número semelhante de salas por trás destas. Apesar de apenas sete destas divisões terem sobrevivido até aos dias de hoje, sabe-se que eram dedicadas a cada um dos doze principais deuses da mitologia romana: Júpiter, Juno, Neptuno, Minerva, Marte, Ceres, Febo, Diana, Vulcano, Vénus, Mercúrio e Baco.

Segundo os historiadores, esta estrutura enigmática já existia no século I a.C.. Ainda assim, as ruínas que vês datam do final do século I d.C., tendo sido reconstruídas em meados do século IV d.C. e, mais recentemente, restauradas durante as escavações arqueológicas do século XIX. Curiosamente, acredita-se que este foi o último santuário pagão em funcionamento no Fórum Romano!

Tempio di Vespasiano

O Templo de Vespasiano foi mandado construir em 79 d.C. pelos imperadores Tito e Domiciano, para homenagear o seu pai (o imperador Vespasiano).

Das três únicas colunas subsistentes, ainda é possível reconhecer a rica decoração dos seus capitéis coríntios, assim como do friso de parte da arquitrave. Entre outros detalhes, observam-se motivos vegetais, objetos sacrificiais e símbolos do falecido imperador romano.

A inscrição (agora incompleta) regista o momento em que o Templo de Vespasiano foi restaurado: no início do século III d.C., mais especificamente durante os governos dos imperadores Septímio Severo e Caracala (o seu primogénito).

Tempio di Saturno

O Templo de Saturno é um dos monumentos mais antigos do Fórum Romano e também um dos mais famosos deste sítio arqueológico.

Estabelecido no sopé do Monte Capitolino no final do século VI a.C., este edifício monumental abrigava o Aerarium (o tesouro da Roma Antiga).

No seu interior, existia uma estátua de madeira do deus romano Saturno, que na mitologia grega se chamava Cronos. No entanto, tanto esta escultura como grande parte do Templo de Saturno desapareceram com o passar do tempo.

Atualmente, restam apenas oito colunas jónicas e o respetivo friso e arquitrave, que antes compunham o pórtico de entrada.

Arco di Settimio Severo

O Arco de Septímio Severo foi inaugurado no início do século III d.C., para comemorar a vitória liderada por este imperador romano, na guerra contra o Império Parta. Situado na extremidade noroeste do Fórum Romano, este arco triunfal (ou arco do triunfo) tem cerca de 23 metros de altura, 25 metros de largura e quase 12 metros de profundidade!

O Arco de Septímio Severo foi criado a partir de travertino e mármore, duas rochas muito utilizadas na arquitetura clássica. Nas suas duas fachadas, apresenta três entradas em arco, uma fila de oito colunas (quatro de cada lado) e uma série de inscrições, relevos e esculturas.

Curia

A Cúria era o local onde se realizavam as assembleias do senado na Roma Antiga. Este edifício robusto é frequentemente apelidado de Cúria Júlia, para a distinguir das duas primeiras cúrias romanas (a Cúria Hostília e a Cúria Cornélia).

Ora, é fácil entender que a construção da Cúria Júlia foi patrocinada por Júlio César, tal como as duas anteriores foram promovidas por Túlio Hostílio, Lúcio Cornélio Sula e Fausto Cornélio Sula.

Ao contrário da maioria das estruturas do Fórum Romano, a Cúria permaneceu quase intacta até à atualidade, porque foi convertida numa igreja em 630 d.C.. E parece impensável, mas a Chiesa di Sant’Adriano al Foro Romano manteve a sua atividade religiosa durante mais de treze séculos!

Basilica Giulia

A Basílica Júlia foi mandada construir por Júlio César – daí o nome – para substituir a Basílica Semprónia (uma das quatro basílicas originais do Fórum Romano). É importante referir que, na Roma Antiga, a basílica era um edifício civil e multifuncional, podendo acomodar todo o tipo de serviços públicos (políticos, comerciais, sociais, etc.).

No caso da Basílica Júlia, sabe-se que era a sede das cortes de direito civil e de algumas tabernae (lojas com as mais diversas atividades económicas). Infelizmente, pouco se conserva da estrutura, à exceção das fundações, dos pisos, de uma única coluna e de um canto com cerca de uma dezena de arcos.

Basilica Emilia

Se quiseres explorar as ruínas de mais uma basílica civil, então só tens de te dirigir à Basílica Emília, outra das quatro basílicas originais do Fórum Romano. Já agora, as restantes duas chamavam-se Basílica Pórcia e Basílica Opímia.

E embora hoje só consigas vislumbrar alguns vestígios arqueológicos, a verdade é que a Basílica Emília era um edifício gigantesco, com aproximadamente 100 metros de comprimento e 30 metros de largura!

Não há consentimento entre os historiadores, mas pensa-se que esta espécie de “centro de negócios” foi erguido a partir das fundações de duas basílicas anteriores: a Basílica Fúlvia e a Basílica Paula.

Tempio di Castore e Polluce

O Templo de Castor e Pólux (também conhecido como Templo dos Dióscuros) foi dedicado aos dois irmãos que, segundo a mitologia romana, formavam a constelação de Gémeos.

Reza a lenda que Castor e Pólux foram avistados no Fórum Romano – mais propriamente na vizinha Fonte di Giuturna – a dar água aos seus cavalos. Esta aparição aconteceu depois dos dois terem ajudado os romanos a vencer a Batalha do Lago Regilo contra os latinos e os etruscos.

Como forma de agradecimento, o ditador Aulo Postúmio Albo Regilense estabeleceu um templo junto à Fonte de Juturna, do qual ainda se preservam três colunas com capitéis coríntios.

Chiesa di Santa Maria Antiqua

A Antiga Igreja de Santa Maria foi o primeiro monumento cristão do Fórum Romano. Erguida entre os séculos V e VI, inclui o Oratorio dei Quaranta Martiri (um pequeno local de oração, visível desde o Tempio di Castore e Polluce). Ao mesmo tempo, era aqui que se situava a Rampa Imperiale, o acesso monumental ao complexo de palácios imperiais no Monte Palatino, com cerca de 50 metros de comprimento!

No interior deste edifício religioso, encontras mosaicos pagãos (dos séculos IV a VI) e frescos bizantinos (dos séculos VI a IX), além da mais antiga representação romana da Santa Maria Regina (criada no século VI). Fora isso, as escavações arqueológicas do início do século XX descobriram sepulturas dos séculos II e III d.C., decoradas com inúmeros objetos pagãos!

Tempio di Vesta

Tal como o nome indica, o Templo de Vesta é um monumento dedicado à deusa Vesta, a personificação do fogo sagrado na mitologia romana. Fundado no coração do Fórum Romano, este templo circular era guardado pelas Virgens Vestais (um grupo de sacerdotisas, que eram recrutadas em crianças e tinham de servir a deusa durante trinta anos).

Templo de Castor e Pólux e Templo de Vesta

O culto da deusa Vesta é um dos mais antigos e sagrados de Roma, embora fosse um dos poucos exclusivos às mulheres. O Templo de Vesta foi reconstruído por diversas vezes e as ruínas atuais datam do final do século II d.C., período em que o então imperador Septímio Severo mandou restaurar o edifício, depois deste ter sido atingido por um incêndio.

Tempio di Antonino e Faustina

O Templo de Antonino e Faustina está voltado para a Via Sacra e fica mesmo no centro do Fórum Romano.

Construído por Antonino Pio em 141 d.C. para honrar a sua falecida esposa Faustina, acabou por ser rededicado ao casal depois da morte do imperador em 161 d.C..

Algures entre os séculos VII e IX, o Templo de Antonino e Faustina foi transformado na Chiesa di San Lorenzo in Miranda.

Esta ação acabou por ajudar a sua preservação da obra, da qual se destacam as dez magníficas colunas coríntias.

Tempio di Romolo

Instalado entre o Templo de Antonino e Faustina e a Basílica de Magêncio, em frente à Via Sacra e à Casa das Vestais, o Templo de Rómulo é uma estrutura cujas origens dividem os historiadores. Ora, uma grande parte afirma que este templo foi erguido pelo imperador Magêncio, em memória do seu filho Valério Rómulo.

Templo de Rómulo
Basílica dos Santos Cosme e Damião

Por outro lado, há quem defenda que se trata de uma construção projetada pelo próprio Rómulo, o primeiro rei de Roma. A verdade é que o Templo de Rómulo foi anexado à Basílica dos Santos Cosme e Damião na primeira metade do século VI. E a sua arquitetura também se distingue dos demais templos, graças à sua planta circular de tijolos!

Casa delle Vestali

Na minha opinião, a Casa das Vestais é o sítio mais deslumbrante do Fórum Romano e do Monte Palatino – razão pela qual escolhi uma fotografia desta localização como imagem de destaque (ou imagem de capa) deste guia. Também conhecida pelo seu nome em latim Atrium Vestae, esta era a morada das Virgens Vestais, o grupo de sacerdotisas que zelavam pelo Templo de Vesta.

O complexo residencial e espiritual da Casa das Vestais era constituído por várias salas e quartos, dispostos à volta de um grande pátio decorado com arcadas, fontes e estátuas das Virgens Vestais mais célebres. Há registo de que existia uma cozinha, um moinho, uma despensa e algumas tabernae, além de pavimentos em mármore e complexos sistemas de aquecimento!

Basilica di Massenzio

Estas ruínas monumentais que vês na foto pertencem à Basílica de Magêncio, outrora o maior edifício da Roma Antiga. O seu nome deve-se ao seu promotor – o imperador Magêncio – que iniciou as obras em 308 d.C.. Estas ficaram concluídas quatro anos depois, já sob o governo do imperador Constantino.

A Basílica de Magêncio foi a última basílica civil a ser construída no Fórum Romano, daí que também seja chamada de Basílica Nova. Depois das suas dimensões megalómanas, é sobretudo conhecida por ter abrigado o “Colosso de Constantino” (uma estátua com cerca de 12 metros de altura, cujos fragmentos ainda podem ser admirados no Palazzo dei Conservatori).

Arco di Tito

O Arco de Tito é outro arco triunfal que ornamenta a Via Sacra, a artéria principal do Fórum Romano. Porém, este monumento é anterior ao Arco de Septímio Severo, visto que foi construído no final do século I d.C..

A obra foi encomendada pelo imperador Domiciano, para homenagear o seu falecido irmão (o imperador Tito) e a vitória deste na chamada Grande Revolta Judaica. E também aqui é possível admirar os painéis de relevos e inscrições esculpidos, tanto nas fachadas como no interior do arco!

Com mais de 15 metros de altura e 13 metros de largura, e quase 5 metros de profundidade, o Arco de Tito serviu de modelo para a conceção do Arco do Triunfo de Paris.

Tempio di Venere e Roma

O Templo de Vénus e Roma localiza-se no extremo leste do Fórum Romano, no chamado Monte Vélia e a poucos metros do Coliseu. Idealizado pelo imperador Adriano por volta de 121 d.C., só foi terminado duas décadas depois, por ordem do imperador Antonino Pio.

À semelhança de tantos outros edifícios do Fórum Romano, o Templo de Vénus e Roma foi adaptado para formar a Chiesa e Monasterio di Santa Maria Nuova, no século IX. Nos dias que correm, este templo religioso é conhecido como Basilica de Santa Francesca Romana.

Palatino

Nunca é demais repetir que o complexo histórico do Fórum Romano e do Monte Palatino não pode ser visitado a correr, devido às suas dimensões consideráveis e às suas numerosas atrações arqueológicas. Aliás, eu passei 5 horas neste sítio do Património Mundial da UNESCO! E no Monte Palatino, podes ver estes palácios e monumentos:

  • Orti Farnesiani (ou Jardins Farnésios)
  • Teatro del Fontanone
  • Uccelliere (ou Aviário)
  • Domus Tiberiana (ou Palácio Tiberiano)
  • Tempio della Magna Mater (ou Templo da Magna Mater)
  • Villaggio di Capanne (ou Aldeia de Cabanas)
  • Tempio della Vittoria (ou Tempo da Vitória)
  • Cisterne Arcaiche (ou Cisternas Arcaicas)
  • Casa di Livia (ou Casa de Lívia)
  • Casa di Augusto (ou Casa de Augusto)
  • Tempio di Apollo (ou Templo de Apolo)
  • Criptoportico Neroniano (ou Criptopórtico Neroniano)
  • Domus Flavia (ou Palácio Flávio)
  • Casina Farnese (ou Casa de Campo Farnese)
  • Casa dei Grifi (ou Casa dos Grifos)
  • Museo Palatino (ou Museu Palatino)
  • Domus Augustana (ou Palácio Augustano)
  • “Stadio” Palatino (ou “Estádio” Palatino)
  • Complesso Severiano (ou Complexo Severiano)
  • Terme di Massenzio (ou Termas de Magêncio)
  • Arcate Severiane (ou Arcadas Severianas)
  • Terme di Eta’ Severiana (ou Termas Severianas)
  • Chiesa di San Bonaventura (ou Igreja de São Boaventura)
  • Vigna Barberini (ou Vinha Barberini)
  • Chiesa di San Sebastiano (ou Igreja de São Sebastião)
  • Tempio di Elagabalo (ou Templo de Heliogábalo)

Orti Farnesiani

Os Jardins Farnésios são considerados os primeiros jardins botânicos privados da Europa. Tudo começou em 1542, quando o cardeal Alessandro Farnese (sobrinho do Papa Paulo III) começou a comprar estas terras no norte do Monte Palatino. Naquela época, o local estava completamente em ruínas e coberto por vegetação selvagem.

A partir de 1565, Alessandro Farnese começou a delinear aquilo que viriam a ser os Jardins Farnésios: jardins italianos com canteiros de flores, passagens subterrâneas, grutas artificiais com cascatas de água (os chamados ninfeus), passarelas suspensas, terraços panorâmicos e caminhos pitorescos decorados com esculturas antigas.

Teatro del Fontanone

O Teatro del Fontanone era uma das estruturas que compunham a propriedade do cardeal Alessandro Farnese. Atualmente, funciona como uma a entrada oficial dos Jardins Farnésios.

Se estiveres no Fórum Romano, podes chegar ao Teatro del Fontanone subindo uma série de rampas e escadas a partir da Via Nova.

Quase no topo, vais encontrar um amplo terraço panorâmico com uma fachada arquitetónica imponente. Aqui, é possível vislumbrar nichos que já acolheram estátuas de deuses, bem como uma grande cascata ao centro.

Curiosamente, os dois pavilhões que coroam este conjunto monumental já serviram de aviários!

Domus Tiberiana

O Palácio Tiberiano foi a primeira das várias residências imperiais construídas no Monte Palatino. Aliás, sabias que a palavra “palácio” tem origem etimológica no nome desta colina de Roma?

Este complexo palatino da primeira metade do século I d.C. foi onde viveu Tibério, o segundo imperador romano.

Mas as arcadas de vários andares que vês na fachada norte foram uma adição do imperador Adriano, cerca de um século depois.

Infelizmente, restam poucos vestígios do Palácio Tiberiano. Isto porque foi neste local que o cardeal Alessandro Farnese instalou os Jardins Farnésios.

Villaggio di Capanne

Esta Aldeia de Cabanas foi descoberta numa escavação arqueológica em meados do século XX e parece estar diretamente relacionada com a fundação da cidade de Roma. Datadas do século VIII a.C., as duas cabanas encontradas tinham paredes de terra batida e telhado feitos com ramos entrelaçados e suportados por uma estrutura de postes de madeira.

Este assentamento pré-histórico está situado numa parte mais recuada do Monte Palatino, voltada para o rio Tibre. E, segundo os historiadores, esta localização parece coincidir com a descrição da residência do próprio Rómulo, feita por vários autores da Antiguidade Clássica!

Cisterne Arcaiche

As Cisternas Arcaicas do Monte Palatino estão a poucos metros de distância da Aldeia de Cabanas. Tratam-se de duas cisternas circulares do século VI a.C., que ocupam uma pequena área dos santuários da Magna Mater e da Vitória (o Tempio della Magna Mater e o Tempio della Vittoria, respetivamente).

Feitas de tufo e com um revestimento interno de gesso, as Cisternas Arcaicas tinham uma diferença entre si: uma estava descobera e era acedida por uma escada, enquanto a outra possuía um telhado ogival. Contudo, foram descobertos dezenas de fragmentos cerâmicos no interior de ambas – o que pressupõe que nem sempre foram utilizadas para armazenar água!

Domus Flavia

O Palácio Flávio é, provavelmente, a residência imperial mais impressionante do Monte Palatino. Concluído no ano 92 d.C., o seu primeiro proprietário foi o imperador Domiciano, um dos membros da chamada Dinastia Flaviana (ou Dinastia Flávia) e que lhe deu o nome.

Em oposição aos complexos palatinos vizinhos, o Palácio Flávio era usado para eventos de estado e não como residência principal do imperador. Por entre as ruínas, não te esqueças de visitar a famosa Aula Régia, assim como a colunata exterior, o peristilo, o ninfeu elíptico e a Casina Farnese (ou Casino del Belvedere, na fotografia).

Museo Palatino

O Museu Palatino (ou Antiquário Palatino) é um museu arqueológico, que reúne alguns dos melhores artefactos encontrados em escavações arqueológicas no Monte Palatino, desde o século XIX até ao presente. Entre os achados, destacam-se os mármores com motivos vegetais, os frescos coloridos retratando batalhas históricas, os frisos em terracota com relevos alusivos à mitologia romana, e os bustos de imperadores e seus familiares.

Inaugurado por volta de 1930, o Museu Palatino ocupa um edifício construído sobre o antigo Convento delle Monache della Visitazione. Por sua vez, este convento foi erguido numa área do Palácio Flávio. E no andar inferior do antiquário, ainda é possível observar as diferentes fases das fundações da residência imperial!

Domus Augustana

O Palácio Augustano corresponde à parte mais privada do Palácio Flávio, isto é, a zona onde se encontravam os aposentos do imperador. Composto por dois pisos, o andar superior estava organizado à volta de um peristilo com colunas de mármore colorido e uma piscina no centro, à qual foi acrescentado um pequeno templo acessível por uma pequena ponte.

Este pátio colunado concentrava uma série de salas de estar e de banquetes, de uso exclusivo do imperador e dos seus convidados. Por outro lado, o andar inferior era onde ficavam os apartamentos privados da família imperial, cujos terraços panorâmicos ofereciam vistas privilegiadas sobre o Circo Máximo.

“Stadio” Palatino

O “Estádio” Palatino foi a última estrutura do Palácio Flávio e Palácio Augustano a ser construída. Apesar disso, ocupa cerca de um terço da área total do complexo! Feito quase inteiramente de tijolos durante o governo do imperador Domiciano (final do século I d.C.), sofreu algumas reformas na época do imperador Adriano (primeira metade do século II d.C.) e do imperador Septímio Severo (início do século III d.C.).

Antigamente, os estádios não eram propriamente recintos desportivos como agora, mas sim jardins recreativos com canteiros de flores e esculturas decorativas. O “Estádio” Palatino era como uma espécie de “avenida curva”, usada pelo imperador para passear a pé ou de liteira. No lado oriental, ainda sobrevivem as ruínas da êxedra semi-circular de Septímio Severo, que providenciava vistas desafogadas sobre o amplo jardim.

Complesso Severiano

O Complexo Severiano é a parte mais afastada do Fórum Romano e diz respeito às ampliações que o imperador Septímio Severo fez ao Palácio Flávio e Palácio Augustano. Em resumo, foi aproveitado o terreno entre o lado oriental do “Estádio” Palatino e o Circo Máximo, no extremo sudeste do Monte Palatino.

As ruínas não são muitas e estão bastante deterioradas, mas deixam transparecer vestígios de antigas salas sumptuosas e jardins luxuriantes. É certo que, naquele tempo, a falta de espaço físico no Monte Palatino já era notória, pelo que os acrescentos foram realizados graças a um sistema de subestruturas abobadadas.

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