O Castelo do Sabugal é um dos castelos mais bonitos da arquitetura gótica portuguesa. Localiza-se na cidade e muncípio do Sabugal (no distrito da Guarda) – um território que pertenceu ao Reino de Leão até 1297, ano em que o Rei D. Dinis assinou o Tratado de Alcanizes.
Durante as Guerras Napoleónicas no início do século XIX, o Castelo do Sabugal serviu de quartel-general aos soldados portugueses e ingleses, que conseguiram impedir o avanço das tropas francesas lideradas pelo General André Masséna.
O Castelo do Sabugal também é conhecido como “Castelo das Cinco Quinas”, devido à forma invulgar da sua Torre de Menagem, que é de planta pentagonal.
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Breve História do Castelo do Sabugal
No local onde hoje se encontra o centro histórico do Sabugal (incluindo o seu Castelo) foram encontrados inúmeros vestígios arqueológicos, que remontam ao período pré-histórico. Depois disso, este promontório da Serra da Malcata foi ainda ocupado pelos romanos, visigodos e muçulmanos.
Na altura da Reconquista Cristã, esta região foi alegadamente conquistada por D. Afonso Henriques, mas ficou na posse do Reino de Leão. No final do século XII, o rei Afonso IX de Leão fundou a vila do Sabugal, atribuindo-lhe Carta de Foral e mandando construir uma primeira fortaleza militar.
As terras de Riba-Côa sempre foram muito disputadas entre o Reino de Portugal e o Reino de Leão (ou Reino de Castela e Leão, a partir de 1230). Mas depois de terem sido reconquistadas por D. Dinis em 1296, passaram a integrar definitivamente o território português, com a assinatura do Tratado de Alcanizes no ano seguinte.

Foi precisamente este monarca quem mandou reforçar o antigo castelo leonês, acrescentando uma imponente Torre de Menagem. No reinado de D. Manuel I, o Castelo do Sabugal foi requalificado. As obras terminaram em 1515, altura em que a vila recebeu nova Carta de Foral.
Nos séculos seguintes, o Castelo do Sabugal sofreu novas reformas estruturais e alterações à sua função original. Por exemplo, durante a Guerra da Restauração (1640-1668), funcionou como prisão!
Como referi na introdução, o Castelo do Sabugal foi a base das tropas portuguesas e inglesas na Terceira Invasão Francesa (1810-1811). Mas depois de cessados os conflitos, a fortaleza militar foi deixada ao abandono.
Como Chegar ao Castelo do Sabugal
Eu já visitei o Castelo do Sabugal por duas vezes e, em ambas as ocasiões, integrei este monumento num itinerário conhecido como a “Rota das Aldeias Históricas de Portugal”. Isto porque a cidade do Sabugal fica a menos de 15 km de Sortelha e a cerca de 30 km de Belmonte, duas das 12 Aldeias Históricas de Portugal!
Outro roteiro interessante que podes fazer nesta região é o das “5 Vilas Medievais” (também chamado de “Rota dos 5 Castelos”). Este projeto foi criado pelo município do Sabugal e inclui a visita a Alfaiates, Sabugal, Sortelha, Vila do Touro e Vilar Maior.
Horários de Abertura & Preços de Bilhetes
O Castelo do Sabugal está aberto todos os dias, das 10:00 às 13:00 e das 14:00 às 18:00, sendo que a última entrada acontece 15 minutos antes da hora de encerramento (ou seja, às 12:45 e às 17:45).
O bilhete para visitar o Castelo tem um preço fixo de 2€ e também inclui a entrada no Museu do Sabugal (um museu dedicado à histórica, cultura e património do município do Sabugal, com duas salas de exposições de cariz arqueológico, etnográfico e artístico).
O Que Ver no Castelo do Sabugal
Largo do Castelo
O Largo do Castelo (ou Largo Santa Maria de Fátima) está associado a um episódio célebre da História de Portugal: o chamado “Milagre das Rosas”, protagonizado pela Rainha Santa Isabel e por D. Dinis, o seu marido. Ninguém sabe se esta história aconteceu mesmo ao não, mas a sua localização exata é disputada por outras cidades, como Leiria e Coimbra.
Reza a lenda, que a Rainha Santa Isabel saiu do Castelo do Sabugal numa “manhã fria e geada de Inverno” para distribuir pão aos mais desfavorecidos da vila. Esta não era a primeira vez que Isabel de Aragão fazia ações de caridade às escondidas do marido, já que sempre foi considerada uma rainha muito bondosa e era apelidada de “Santa” pelo povo português.

Mas naquele dia, a Rainha Santa Isabel foi intercetada por D. Dinis, que lhe perguntou o que levava no regaço. Ao que parece, o monarca já suspeitava das intenções da esposa, que frequentemente visitava os doentes e dava esmolas aos pobres. Só que D. Isabel respondeu: “São rosas, senhor!”
Desconfiado que a rainha lhe mentia, D. Dinis ripostou: “Rosas, no Inverno?” (pois não era a época delas). Mas a Rainha Santa Isabel abriu o manto e dele caíram rosas, para espanto de todos!
Torre de Menagem
A Torre de Menagem é a estrutura que melhor distingue o Castelo do Sabugal das demais fortalezas medievais em Portugal.
A imponente torre pentagonal é inspirada nas torres templárias e foi inserida numa das muralhas, com o objetivo de defender o portão principal.
Esta opção estrutural contrasta com os castelos românicos, onde era comum construir a torre menagem isolada das muralhas e no interior do recinto.

O seu interior é constituído por vários pisos, coroados por uma belíssima abóbada gótica, que ostenta o escudo nacional com as cinco quinas. Se subires os vários lances de escadas, vais encontrar um terraço amplo, com vistas panorâmicas sobre a zona histórica e a Praia Fluvial da Devesa, na margem do rio Côa.


Praça de Armas

Desde a sua construção até meados do século XVI, a Praça de Armas do Castelo do Sabugal acolhia uma série de residências, já para não falar dos depósitos de armas e outras estruturas de apoio.
Mas com o abandono da fortaleza no final das Guerras Napoleónicas, a população começou a recolher blocos de pedra do recinto, a fim de construir as suas próprias habitações fora das muralhas.
Assim, este pátio interior começou a ser utilizado como cemitério da vila por volta da década de 1840 e manteve estas funções até ao final dos anos 1930.
Além disso, parece impossível imaginar, mas este espaço já acolheu a antiga Igreja de Santa Maria do Castelo! O pequeno templo gótico era quase tão antigo quanto o Castelo do Sabugal e acabou por ser demolido em 1911, devido ao seu estado avançado de degradação.
Recentemente, a Praça de Armas foi convertida num grande anfiteatro ao ar livre, onde decorrem inúmeros concertos, espetáculos e apresentações – sobretudo nos meses quentes de Verão.
Adarve (ou Caminho de Ronda)
O Adarve é um corredor aberto que circunda o topo das muralhas, dando passagem às várias torres e ameias. Em Portugal, é igualmente conhecido como Caminho de Ronda.
O Adarve do Castelo do Sabugal é acedido por quatro escadas internas, situadas em diferentes pontos da Praça de Armas. Tem cuidado a subi-las, porque os degraus são bastante estreitos e escorregadios!
Daqui, podes percorrer todo o perímetro do Castelo do Sabugal e aproveitar para visitar os outros torreões ou fotografar as diferentes perspetivas da paisagem.

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