O Castelo de Torres Novas é um monumento muito pitoresco, localizado a cerca de 115 km de Lisboa. Construído na Idade Média como parte da Linha do Tejo, esta fortaleza militar ajudou a defender a fronteira sul do Reino de Portugal durante a Reconquista Cristã da Península Ibérica.
Infelizmente, parte do castelo foi destruído com o Terramoto de Lisboa em 1755 e durante a Guerra Peninsular contra as tropas napoleónicas. Ainda assim, o Castelo de Torres Novas é hoje a atração turística mais popular de Torres Novas, por causa dos seus spots fotogénicos e das vistas panorâmicas sobre a cidade!
Por isso, queres saber mais sobre o Castelo De Torres Novas: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024? Continua a ler!
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Breve História do Castelo de Torres Novas
Como tantos outros castelos portugueses – o Castelo de Almourol (em Vila Nova da Barquinha), Castelo de Tomar e Castelo dos Mouros (em Sintra) são apenas alguns dos exemplos já mencionados neste blogue – o Castelo de Torres Novas foi fundado como uma fortaleza árabe, neste caso do século XII. E esse mesmo castelo mouro foi definitivamente conquistado em 1190, pelo rei D. Sancho I.
No seu apogeu, o Castelo de Torres Novas estava rodeado por uma muralha com onze torres e por uma casa senhorial, onde vivia o Alcaide-Mor de Torres Novas. Desde então, o monumento sofreu várias intervenções e reconstruções que lhe alteraram o aspeto original. E a 16 de junho de 1910, o Castelo de Torres Novas foi classificado como Monumento Nacional.
Como Chegar ao Castelo de Torres Novas
Vamos supor que queres visitar o Castelo de Torres Novas numa day trip desde Lisboa ou numa road trip pelo distrito de Santarém (ou pela sub-região do Médio Tejo). Nesse caso, podes aproveitar para descobrir algumas cidades e vilas nas redondezas: Entroncamento (a 7 km), Golegã (a 12 km), Alcanena (a 14 km), Vila Nova da Barquinha (a 18 km), Chamusca (a 20 km), Constância (a 20 km), Ourém (a 25 km), Tomar (a 27 km) ou Abrantes (a 35 km).
Na minha opinião, a forma mais rápida e prática de chegar ao Castelo de Torres Novas é de carro. Porém, se não tiveres essa possibilidade, podes viajar de autocarro por apenas 19€ (ida e volta) ou 10€ (ida)! Saindo da estação Lisboa-Sete Rios, a viagem demora à volta de 1h15-1h30, mas recomendo que consultes todas as informações práticas no site oficial da Rede Expressos.
Horários de Abertura & Preços de Bilhetes
O Castelo de Torres Novas está aberto todos os dias, das 09:00 às 17:30 (de segunda a sexta-feira) ou das 10:00 às 17:30 (aos fins de semana e feriados). No que diz respeito a bilhetes, a entrada é gratuita para todos e a visita ao interior do Castelo e ao Jardim é feita sem nenhuma ordem específica.
O Que Ver no Castelo de Torres Novas
Estátua de D. Sancho I
Sabias que o Castelo de Torres Novas foi primeiro tomado pelo rei D. Afonso Henriques (em 1147-48), antes de ser finalmente conquistado pelo seu filho e sucessor, o rei D. Sancho I (em 1190)?
Por essa razão, é normal que a primeira coisa que veja antes de entrar pela porta principal do Castelo de Torres Novas seja esta Estátua de D. Sancho I, homenageando o fundador da vila de Torres Novas.
A estátua do monarca foi criada em vários tipos de pedra pelo escultor português João Cutileiro. Datado de 2006, o busto foi colocado em frente ao Castelo de Torres Novas, para celebrar a atribuição da Carta de Foral à antiga vila.
A Carta de Foral foi concedida pelo próprio rei D. Sancho I, no dia 1 de outubro de 1190.
Alcaidaria
A Alcaidaria do Castelo de Torres Novas era o local onde se situava a residência oficial do Alcaide-Mor de Torres Novas. Erigida no século XIV, esta mansão senhorial chegou a servir de prisão e de casa do carcereiro (entre 1758 e o início da década de 1960), bem como de arquivo histórico (até aos anos 1990)!
Nos registos históricos do município de Torres Novas, foram encontradas menções a dezanove Alcaides-Mores de Torres Novas, que governaram a vila ao longo de quase seis séculos! Esses nomes estão agora listados à entrada do Castelo de Torres Novas:
- Século XII – Mendo Extrema
- Século XIII – Pedro Anes
- Século XIV – Gil Paes, Gonçalo Vasques e Afonso Lopes de Texeda
- Século XV – Fernando Álvaro de Almeida, Álvaro Fernandes de Ameida, João d’Osem e Lopo de Ameida
- Século XVI – Diogo Fernandes de Almeida, Pedro d’Osem, João de Almeida e Rodrigo Caldeira Pimentel
- Século XVII – Pedro de Almeida, Francisco Pimentel de Brito, Rodrigo Pimentel de Almeida e Martim Barroso
- Século XVIII – Manuel Caetano Lopes do Lavra, Francisco Feliciano Velho da Costa Mesquita Castelo Branco
Muralha & Torres
Como referi anteriormente, o Castelo de Torres Novas é circundado por uma extensa muralha, onde foram incorporadas onze torres quadrangulares. À semelhança dos outros castelos medievais, o objetivo primário destes torreões era vigiar e defender tanto a fortaleza militar como a população que habitava dentro das muralhas.
Depois da primeira campanha de obras promovida pelo rei D. Sancho I no final do século XII, sobressai a ampliação das muralhas levada a cabo pelo rei D. Fernando I na década de 1370, como consequência dos conflitos travados com o Reino de Castela na segunda metade desse mesmo século.
Quando a vila estava circunscrita ao interior das muralhas do Castelo de Torres Novas, este era dotado com quatro portas – entre elas a Porta Principal e a infame Porta da Traição. Contudo, sabe-se que a povoação rapidamente extravasou o perímetro muralhado, como prova a construção de duas igrejas paroquiais fora de muros.
Paisagem Sul
A Paisagem Sul do Castelo de Torres Novas é marcada pelo “coração” da cidade velha, de onde se destacam três igrejas: as ruínas da Igreja de Santa Maria do Castelo, a Igreja da Misericórdia e a Igreja do Salvador.
Fora isso, é impossível não referir a Praça 5 de Outubro, um dos lugares do centro histórico mais frequentados pelos turistas que visitam Torres Novas. Com inúmeros cafés e restaurantes de comida típica ribatejana, as suas esplanadas estão quase sempre cheias de gente!
Das torres na muralha sul do Castelo de Torres Novas, avista-se igualmente o Museu Municipal Carlos Reis, um dos museus municipais mais entusiasmantes e completos, que já tive a oportunidade de explorar!
Paisagem Norte
Se, por um lado, a Paisagem Sul nos revela as maravilhas arquitetónicas do centro histórico, por outro lado, a Paisagem Norte do Castelo de Torres Novas tem vistas privilegiadas sobre o gigantesco Jardim Municipal de Torres Novas.
Projetado em ambas as margens do rio Almonda, o Jardim Municipal de Torres Novas é composto por inúmeras zonas de lazer e recreio, como a Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes, as Piscinas Municipais Fernando Cunha e o Jardim das Rosas.
Aqui também há cafés e restaurantes que servem refeições leves, assim como um parque infantil, um anfiteatro ao ar livre e dezenas de caminhos sinuosos para caminhar ou correr. E existe um parque de estacionamento gratuito entre a biblioteca e as piscinas!
Jardim
Parece mesmo difícil de acreditar, mas o Jardim do Castelo de Torres Novas serviu de cemitério municipal durante quase um século! Mas sim, tal aconteceu entre 1835 e 1938, na mesma altura em que o edifício da Alcaidaria acolheu a Cadeia Comarcã de Torres Novas!
Nos dias que correm, já não se vêem vestígios do antigo cemitério – apenas um agradável e muito bem cuidado jardim. Este parque verde integrou projeto de requalificação desenvolvido pelo Estado Novo em 1940, aquando das comemorações centenárias da Fundação de Portugal (em 1140) e da Restauração da Independência (em 1640).
Na minha opinião, o Jardim do Castelo de Torres Novas é o melhor local para passear e apreciar a natureza na cidade, logo depois do Jardim Municipal. E daqui, tens acesso direto a vários lances de escadas, que te permitem subir às muralhas e às torres para apreciar a paisagem envolvente!
Porta da Traição
A Porta da Traição do Castelo de Torres Novas está bastante escondida no meio das árvores e vegetação rasteira do Jardim e, por isso, pode passar despercebida aos olhares menos curiosos.
Também conhecida como Poterna, Porta do Ladrão ou Porta Falsa, a Porta da Traição é um elemento arquitetónico muito caraterístico dos castelos e fortalezas militares da Idade Média.
Geralmente, consistia numa porta secundária dissimulada na muralha, que permitia aos seus ocupantes saírem (ou entrarem) despercebidos.
Atualmente, a Porta da Traição do Castelo de Torres Novas tem um perímetro de segurança a impedir o seu acesso, uma vez que o túnel onde se encontra tem sido alvo de escavações arqueológicas.
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