Castelo De Guimarães: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

O Castelo de Guimarães ou Castelo de São Mamede é um dos castelos mais bonitos e mais importantes de Portugal. Já para não falar que é Monumento Nacional desde 1881, Património Mundial da UNESCO desde 2001 e uma das 7 Maravilhas de Portugal desde 2007. Logo, é natural que este castelo medieval seja um dos mais visitados do país!

Localizado na cidade de Guimarães (no distrito de Braga), o Castelo de Guimarães está ligado à fundação de Portugal, enquanto nação soberana e independente. Isto porque a sua construção data de meados do século X, quando a região pertencia ao Condado Portucalense – embora tenha sofrido remodelações ao longo dos séculos!

Por isso, queres saber mais sobre o Castelo De Guimarães: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024? Continua a ler!

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Castelo de Guimarães
Castelo de Guimarães

Breve História do Castelo de Guimarães

O Castelo de Guimarães foi erguido na década de 950, a pedido da Condessa D. Mumadona Dias, a mulher mais poderosa e influente do seu tempo no Condado Portucalense e no noroeste da Península Ibérica. No entanto, como a estrutura era feita de madeira, poucos vestígios restam dessa primeira fortaleza.

No final do século XI, o Conde D. Henrique de Borgonha e a Condessa D. Teresa de Leão (os pais de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal) decidiram reformar completamente o castelo primitivo. Dessa altura, destaca-se a ampliação das muralhas e a criação de duas portas de acesso.

O Castelo de Guimarães foi uma peça-chave do Cerco de Guimarães em 1127 – imposto pelo rei Afonso VII de Leão e Castela ao infante D. Afonso Henriques – e da Batalha de São Mamede em 1128 – onde D. Afonso Henriques lutou contra a sua própria mãe, D. Teresa de Leão. Ambos os eventos foram cruciais para a independência de Portugal.

Nos reinados seguintes, o Castelo de Guimarães continuou a ser expandido e reforçado. E, na segunda metade do século XIII, atingiu o seu aspeto atual, depois do acrescento de oito torreões góticos. Mas desde então, não voltou a recuperar o protagonismo de outrora e acabou por perder a sua função militar entre os séculos XV e XVI.

Património Mundial

Sabias que o Castelo de Guimarães (e o Centro Histórico de Guimarães) fez parte do oitavo conjunto de inscrições de Portugal na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 25ª sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Helsínquia (Finlândia), entre os dias 11 e 16 de dezembro de 2001.

Apenas um outro sítio português foi anunciado na sessão: o Alto Douro Vinhateiro.

Hoje em dia, Portugal é o décimo-oitavo país do mundo e o nono país da Europa com mais sítios UNESCO, empatado com a Chéquia e a Polónia. Possui dezassete bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar catorze:

Como Chegar ao Castelo de Guimarães

Vamos supor que queres visitar o Castelo de Guimarães numa day trip desde o Porto ou numa road trip pelo distrito de Braga. Nesse caso, podes aproveitar para descobrir não só a cidade de Guimarães, mas também outros destinos nas redondezas: Vizela (a 13 km), Fafe (a 14 km), Póvoa de Lanhoso (a 20 km), Braga (a 26 km), Vila Nova de Famalicão (a 32 km), Vieira do Minho (a 34 km) e Celorico de Basto (a 37 km).

Na minha opinião, a forma mais rápida e prática de chegar ao Castelo de Guimarães é de carro. Porém, se não tiveres essa possibilidade, podes viajar de comboio pela Linha de Guimarães. E para isso, só tens de apanhar o comboio suburbano nas estações do Porto-São Bento ou Porto-Campanhã e sair em Guimarães (1,8 km a pé)!

DICA: Esta viagem tem um custo mínimo de 3.25€, mas consulta todos os preços, horários, linhas e serviços no site oficial da CP – Comboios de Portugal.

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

O Castelo de Guimarães está aberto todos os dias, das 10:00 às 18:00, sendo que o encerramento da bilheteira e a última entrada acontecem às 17:30. Os únicos dias do ano em que o monumento fecha são os feriados de 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro.

Os bilhetes custam 2€ (adultos) ou 1€ (detentores do Cartão Jovem ou Cartão de Estudante, e séniores com mais de 65 anos), e as crianças até aos 12 anos não pagam entrada. Também existem bilhetes conjuntos a 6€ (Castelo de Guimarães + Paço dos Duques de Bragança) ou 8€ (Castelo de Guimarães + Paço dos Duques de Bragança + Museu de Alberto Sampaio).

DICA: Tal como os restantes monumentos e museus geridos pela Direção Regional de Cultura do Norte, o Castelo de Guimarães é grátis aos domingos até às 14:00, para todos os residentes em Portugal!

O Que Ver no Castelo de Guimarães

Porta Principal

Como referi anteriormente, a Porta Principal do Castelo de Guimarães foi projetada no final do século XI, por ordem do Conde D. Henrique de Borgonha e a Condessa D. Teresa de Leão, os então governantes do Condado Portucalense.

Instalada na muralha oeste da fortaleza, a Porta Principal está hoje ladeada por duas imponentes torres góticas. O mesmo acontece com a segunda porta de acesso – a Porta da Traição – que integra a muralha leste, no lado oposto.

Como os torreões foram erguidos entre finais do século XIII e inícios do século XIV, não se sabe ao certo se esta campanha de obras foi promovida no reinado de D. Afonso III (1248-1279), ou no reinado de D. Dinis I (1279-1325).

Alcáçova

Quando o Conde D. Henrique de Borgonha e a Condessa D. Teresa de Leão se mudaram para o Castelo de Guimarães, a Alcáçova tornou-se a sua residência oficial. Na realidade, há quem afirme que o rei D. Afonso Henriques nasceu aqui!

Infelizmente, a Alcáçova é um dos elementos do Castelo de Guimarães que mais se deteriorou com a passagem do tempo. Mas as ruínas ainda são visíveis na muralha norte, assim que entras na fortaleza!

Entre os vestígios, sobressaem as janelas exteriores e duas chaminés. Uma delas foi reconstruída parcialmente entre 1936 e 1940, como parte do projeto de requalificação desenvolvido pelo Estado Novo, para as comemoração centenárias da Fundação de Portugal (em 1140) e da Restauração da Independência (em 1640).

Praça de Armas

A Praça de Armas do Castelo de Guimarães é bastante diminuta, quando comparada às praças de armas de outros castelos medievais portugueses, como o Castelo de São Jorge (em Lisboa), o Castelo de Santa Maria da Feira, o Castelo dos Mouros (em Sintra), o Castelo de Monsaraz, o Castelo de Óbidos, o Castelo de Bragança, o Castelo do Sabugal, o Castelo de Tomar, o Castelo de Montemor-o-Velho ou o Castelo de Marvão!

Dominada pela impressionante Torre de Menagem ao centro, a Praça de Armas do Castelo de Guimarães servia como local de concentração da guarnição militar, em caso de cerco ou assalto à fortaleza. Aliás, foi isso mesmo que aconteceu no Cerco de Guimarães de 1127, provocado pelo rei Afonso VII de Leão e Castela!

Adarve

O Adarve é um corredor aberto muito caraterístico dos castelos medievais, que circunda o topo das muralhas e dá passagem as várias torres e ameias.

Também chamado de Caminho de Ronda, o Adarve do Castelo de Guimarães permite-te percorrer todo o perímetro defensivo e, claro, apreciar as vistas panorâmicas da cidade velha de Guimarães.

Curiosamente, as muralhas do Castelo de Guimarães têm a disposição geométrica de um pentágono, pois o troço sul termina em bico – ao contrário do troço norte, que é reto. E as ameias são igualmente pentagonais e de recorte pontiagudo.

Se pesquisares fotografias aéreas do monumento, vais reparar que a sua forma faz lembrar um escudo!

Torre de Menagem

A Torre de Menagem é a estrutura principal do Castelo de Guimarães, bem como de qualquer outro castelo medieval. De planta quadrangular e cerca de 27 metros de altura, tem pouquíssimas aberturas para o exterior e a sua única porta de acesso encontra-se ao nível do Adarve, como era usual na Idade Média.

Se seguires pela pequena ponte de madeira, que faz a ligação entre a muralha oeste e a Torre de Menagem, podes visitar os três pisos que a constituem e a cobertura. Daqui, tens vistas panorâmicas sobre o centro histórico de Guimarães, em especial do Paço dos Duques de Bragança e da Capela de São Miguel do Castelo!

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