Casa Vicens Em Barcelona: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

A Casa Vicens em Barcelona é uma residência estival, que Antoni Gaudí i Cornet projetou para Manuel Vicens i Montaner (um corretor da bolsa). Construída entre 1883 e 1885, é considerada a obra-prima mais antiga de Antoni Gaudí, uma vez que foi a primeira grande encomenda que o arquiteto recebeu.

Percursora do movimento modernista catalão, a Casa Vicens em Barcelona combina influências arquitetónicas orientais (sobretudo, da Índia, Pérsia e Japão), elementos decorativos da arte islâmica hispânica (incluindo a arte nasrida e a arte mudéjar) e acabamentos com motivos vegetais e naturalistas!

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Casa Vicens em Barcelona
Casa Vicens em Barcelona

Breve História da Casa Vicens em Barcelona

Quando Antoni Gaudí foi contratado para desenhar um edifício residencial para Manuel Vicens i Montaner, não tinha qualquer experiência na construção de casas de habitação, uma vez que só tinha trabalhado em obras públicas (como são exemplo os candeeiros da Plaça Reial, também em Barcelona).

As obras da Casa Vicens em Barcelona começaram no mesmo ano em que Antoni Gaudí assumiu o cargo de arquiteto principal da Basílica da Sagrada Família. Por essa razão, esta residência de veraneio tornou-se um projeto onde o artista explorou soluções criativas a nível da arquitetura e da decoração.

Quarto Principal
Varanda

Embora tenha ficado concluída em 1885, a Casa Vicens em Barcelona sofreu uma intervenção radical entre 1925 e 1927, quando foi ampliada e reconfigurada por Joan Baptista Serra de Martínez. As principais mudanças incluíram a remoção da escadaria e da tribuna, a disposição dos azulejos de forma uniforme (em vez de alternada, como Antoni Gaudí havia feito) e a criação de um templo para abrigar a antiga fonte de Santa Rita (hoje desaparecida).

Património Mundial

Sabias que a Casa Vicens em Barcelona fez parte do décimo-sexto conjunto de inscrições de Espanha na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 29ª Sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Durban (África do Sul), entre os dias 10 e 17 de julho de 2005.

Apenas um outro sítio espanhol foi anunciado na sessão: o Parque Nacional de Doñana (extensão da sua inscrição original em 1994). No entanto, a Casa Vicens em Barcelona não foi a única obra de Antoni Gaudí premiada nesta sessão. Num total de quatro obras do arquiteto, estavam ainda a Casa Batlló, a Cripta da Colònia Güell e a Fachada da Natividade e Cripta da Basílica da Sagrada Família.

Hoje em dia, Espanha é o quinto país do mundo e o quarto país da Europa com mais sítios UNESCO. Possui cinquenta bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar dez:

Como Chegar à Casa Vicens em Barcelona

A Casa Vicens situa-se na Carrer de les Carolines, uma rua sossegada no distrito de Gràcia. Para lá chegares desde outros pontos de Barcelona, podes apanhar o metro e sair nas estações Fontana ou Lesseps (ambas na linha 3). Ou então, viaja até à estação de Gràcia de comboio (linhas ES, S1, S2, S5 e S6) ou metro (linhas L6, L7, S7 ou S7T).

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

A Casa Vicens em Barcelona está aberta todos os dias do ano (exceto a 6 de janeiro e 25 de dezembro), das 10:00 às 20:00 (de abril a outubro). E de novembro a março, o horário funciona das 10:00 às 15:00 (às segundas-feiras) ou das 10:00 às 17:00 (de terça-feira a domingo).

Os bilhetes para visitar a Casa Vicens em Barcelona custam 18€ (adultos) ou 16€ (estudantes dos 12 aos 25 anos e séniores com mais de 65 anos), enquanto que as crianças até aos 11 anos não pagam entrada. E como os ingressos são 2€ mais caros na bilheteira local, recomendo que os compres através do site oficial da Casa Vicens.

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O Que Ver na Casa Vicens em Barcelona

Fachadas

Sabias que a Fachada Principal da Casa Vicens em Barcelona não é a que está voltada para a Carrer de les Carolines, mas sim a que tem a Tribuna, que fica no lado oeste? Isto significa que os visitantes entram pelas traseiras e contornam grande parte do monumento, antes de explorarem o seu interior!

Antoni Gaudí foi responsável por três fachadas (norte, oeste e sul) e Joan Baptista Serra de Martínez projetou a quarta (a leste), depois do edifício contíguo ter sido demolido. Aqui, predominam as formas geométricas, as linhas retas e o uso de azulejos (desenhados pelo próprio Antoni Gaudí, a partir de uma flor que crescia no local).

Entrada Principal

Antes de entrares na Casa Vicens em Barcelona, aprecia o gradeamento em ferro forjado, que separa a propriedade da rua. Já reparaste que o motivo central são folhas de palmeira? Este pequeno detalhe foi idealizado pelo escultor Llorenç Matamala e posto em prática pelo ferreiro Joan Oñós – dois artesãos que se tornaram colaboradores habituais de Antoni Gaudí!

Quanto à Entrada Principal, a que vês atualmente não é a original planeada por Antoni Gaudí. Pelo contrário, este acesso (e respetiva escada) datam da expansão de 1925! A visita ao interior da Casa Vicens em Barcelona começa no Hall de Entrada e continua pelo rés-do-chão, composto pela Sala de Jantar, Tribuna e Sala de Fumo (além da Cozinha e Lavandaria, que estão fechadas ao público).

Sala de Jantar

A Sala de Jantar da Casa Vicens em Barcelona é um espaço amplo e sumptuoso, que apresenta uma decoração à base de motivos naturais: ramos de cerejeira de gesso policromado no teto de madeira trabalhada; heras de estuque nas paredes; e figuras de garças, flamingos, grous, pardais, colibris e outras aves nos vãos das portas.

Poucas pessoas sabem, mas Antoni Gaudí desenhou o mobiliário em madeira da Sala de Jantar! E estas peças enquadram-se harmoniosamente com as pinturas paisagistas de Francesc Torrescassana i Sallarés. Por fim, uma lareira revestida por cerâmica vidrada em relevo, complementa esta divisão da Casa Vicens em Barcelona.

Tribuna

Sabias que a atual Tribuna da Casa Vicens em Barcelona só foi recuperada na reforma de 2015-2017? O projeto original de Antoni Gaudí tinha sido substituído por uma vidraça em 1925, durante a intervenção de Joan Baptista Serra de Martínez!

Construído como um prolongamento da Sala de Jantar, este alpendre coberto dispõe de uma fonte de mármore, que permitia refrescar o espaço nos dias e noites mais quentes.

Aberta para o jardim graças às treliças de madeira de inspiração oriental, a Tribuna oferecia uma melhor iluminação e ventilação à Sala de Jantar (e, consequentemente, a todo o rés-do-chão da Casa Vicens em Barcelona) – dois aspetos que Antoni Gaudí sempre procurou otimizar nas suas obras.

Sala de Fumo

A Sala de Fumo da Casa Vicens em Barcelona é um espaço fascinante, cuja atmosfera oriental era muito apreciada pela burguesia barcelonesa naquela época. Logo, Antoni Gaudí concebeu um verdadeiro “oásis mourisco”, onde as muqarnas de gesso em tons de azul e dourado do teto fazem lembrar folhas de palmeiras com cachos de tâmaras.

Quando a família Vicens morava na Casa Vicens em Barcelona, havia um narguilé (ou cachimbo de água) no centro da Sala de Fumo, que estava rodeado por várias almofadas e bancos baixos.

Já as paredes combinam azulejos com motivos florais (na parte inferior) com um revestimento em papel machê (na parte superior). A porta de madeira que vês na foto, é feita com uma treliça de estilo chinês e dá acesso ao jardim.

Quartos & Sala de Estar

O primeiro andar da Casa Vicens em Barcelona destinava-se aos dormitórios da família e, portanto, era a área mais privada e íntima da residência. O piso era constituído por dois Quartos, uma Sala de Estar e uma Casa de Banho, além de uma Varanda (ou Terraço) adornada com um banco corrido de madeira e metal.

Nos dias que correm, é difícil imaginar a aparência original destes aposentos, visto que não têm mobília. Mas os elementos decorativos coincidem com os do rés-do-chão, representando vinhas, canas, juncos, samambaias e outras plantas. E os materiais utilizados também são os mesmos: estuque, madeira, papel-machê, azulejo, etc..

Casa de Banho

A Casa de Banho da Casa Vicens em Barcelona pode ser uma divisão bastante modesta – quando comparada com as restantes do edifício – mas tinha um detalhe importante: água corrente (o que não era muito comum na cidade, no final do século XIX)!

Dividida em três espaços distintos – Quarto de Vestir, Casa de Banho e “Toilette” (isto é, a Sanita) – a Casa de Banho está adornada com um rodapé em azulejos brancos e azuis, que por sua vez estão rodeados por azulejos em ocre e um friso de azulejos com motivos florais pintados a óleo.

Se por um lado o pavimento é uma simples tijoleira em tons de cinzento, por outro o lado o teto de vigas está ricamente ornamentado com relevos cerâmicos de folhas de hera.

Sótão

O Sótão da Casa Vicens em Barcelona corresponde ao segundo andar do monumento, outrora reservado às áreas de serviço. Hoje, é uma grande galeria expositiva, onde os visitantes podem conhecer a história e a coleção permanente deste sítio do Património Mundial da UNESCO!

É incrível pensar, mas este Sótão chegou a acomodar dois apartamentos totalmente independentes do resto da casa! Aquando da mais recente remodelação, todas as paredes internas e tetos falsos foram removidos, permitindo transformar o espaço num pequeno museu.

Telhado

Se visitaste outras casas de Antoni Gaudí – como a Casa Batlló, a Casa Milà ou o Palácio Güell – então já sabes que o Telhado (ou Cobertura) é sempre uma das partes mais especulares e fotogénicas. E a Casa Vicens em Barcelona não é exceção, com as suas torres e chaminés de tijolos vermelhos e azulejos verdes e brancos!

Com uma área de 150 m2, este terraço panorâmico foi projetado como mais um espaço de recreio e até inclui um pequeno templo no canto noroeste (de Antoni Gaudí) e outro no canto sudeste (de Joan Baptista Serra de Martínez). Mais uma vez, são bem visíveis as influências da arquitetura islâmica e asiática nas soluções estruturais e decorativas.

Jardim

Provavelmente, tiveste oportunidade de explorar o Jardim da Casa Vicens em Barcelona antes de visitares o seu interior. Contudo, eu decidi deixá-lo para o fim, para que possas voltar a apreciá-lo em toda a sua plenitude!

Como referi na introdução, a Casa Vicens em Barcelona era uma residência estival. Ou seja, é natural que o Jardim fosse um dos componentes mais importantes – se não mesmo o mais crucial!

Infelizmente, as dimensões diminutas deste Jardim em nada se comparam com as que tinha no passado, perdidas para a construção de moradias e prédios.

Por último, é interessante referir que a flora original englobava árvores de fruto, palmeiras, trepadeiras, magnólias e roseiras, entre outras espécies vegetais.

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