Casa Batlló Em Barcelona: Melhores Dicas Para Visitar Em 2024

A Casa Batlló em Barcelona é uma das obras-primas de Antoni Gaudí, o famoso arquiteto catalão responsável por outros espaços e edifícios icónicos na capital da Catalunha, como a Casa Milà, o Parque Güell ou a Basílica da Sagrada Família. Na realidade, sete deles foram inscritos na Lista do Património Mundial da UNESCO em 1984 e 2005!

Construída na luxuosa avenida Passeig de Gràcia, a Casa Batlló integra um dos quarteirões mais irreverentes de Barcelona: a Illa de la Discòrdia. A “Ilha da Discórdia” é basicamente uma fila de casas projetadas pelos arquitetos mais importantes do Modernismo Catalão:

  • Lluís Domènech i Montaner (Casa Lleó Morera)
  • Enric Sagnier (Casa Mulleras)
  • Marceliano Coquillat (Casa Bonet)
  • Josep Puig i Cadafalch (Casa Amatller)
  • Antoni Gaudí (Casa Batlló)

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Casa Batlló em Barcelona
Casa Batlló em Barcelona

Breve História da Casa Batlló em Barcelona

Em outubro de 1904, um industrial abastado do setor têxtil chamado Josep Batlló i Casanovas encomendou a Antoni Gaudí a reforma de um imóvel situado no número 43 da avenida Passeig de Gràcia, em Barcelona. Ao projeto, juntaram-se outros dois arquitetos representativos do Modernismo Catalão: Josep Maria Jujol e Joan Rubió i Bellver.

A modernização da Casa Batlló em Barcelona acabou por ser uma das intervenções mais radicais de Gaudí. Da fachada principal, ao andar nobre dos proprietários – não esquecendo os pátios interiores, sótão e telhado – multiplicam-se os detalhes extravagantes e elementos “fantasiosos” do mestre catalão.

Antoni Gaudí trabalhou na Casa Batlló durante três anos, enquanto realizava outros projetos. Por exemplo, em 1904 também iniciou a reforma da Catedral de Palma de Maiorca e decorou a Sala Mercè em Barcelona. E no ano seguinte, desenhou duas obras em La Pobla de Lillet (na província de Barcelona): o Chalé do Catllaràs e os Jardins Artigas.

Além disso, Gaudí mantinha a sua atividade como arquiteto principal da Basílica da Sagrada Família, cargo que ocupava há já vinte anos! Por isso, é realmente notável pensar na quantidade de ideias criativas e originais que continuou a desenvolver. A Casa Batlló em Barcelona ficou pronta em 1907 mas – tal como aconteceu com a Casa Milà em 1912 – o edifício foi muito criticado pelos locais, que lhe chamavam “Casa dos Ossos” e “Casa dos Bocejos”.

Património Mundial

Sabias que a Casa Batlló em Barcelona fez parte do décimo-sexto conjunto de inscrições de Espanha na Lista do Património Mundial da UNESCO? Esta 29ª sessão do Comité de Património Mundial realizou-se em Durban (África do Sul), entre os dias 10 e 17 de julho de 2005.

Apenas um outro sítio espanhol foi anunciado na sessão: o Parque Nacional de Doñana (extensão da sua inscrição original em 1994). No entanto, a Casa Batlló em Barcelona não foi a única obra de Antoni Gaudí premiada nesta sessão. Num total de quatro obras do arquiteto, estavam ainda a Casa Vicens, a Cripta da Colónia Güell e a Fachada da Natividade e Cripta da Basílica da Sagrada Família.

Hoje em dia, Espanha é o quinto país do mundo e o quarto país da Europa com mais sítios UNESCO. Possui cinquenta bens patrimoniais (tanto culturais, como naturais) inscritos na lista mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura!

Entretanto, já tive a oportunidade de visitar dez:

Como Chegar à Casa Batlló em Barcelona

A Casa Batlló em Barcelona foi aberta pela primeira vez ao público em 2002, quando a cidade catalã organizou o Ano Internacional Gaudí. Este ano marcava os 150 anos do nascimento de Antoni Gaudí e a capital da Catalunha decidiu promover diversas atividades para celebrar a vida e a obra do arquiteto.

Durante a sua intervenção na Casa Batlló, Gaudí decidiu acrescentar dois pisos à parte superior do edifício original, que conta agora com um total de oito andares (excluindo o terraço no telhado):

  • Cave
  • Entrada (no rés-do-chão) – com acesso ao elevador e à escadaria dos moradores (o andar principal tem uma escadaria própria)
  • Apartamento da família Batlló (no primeiro andar)
  • Quatro andares de apartamentos para aluguer
  • Lavandaria e área de armazenamento (no sótão)

A Casa Batlló em Barcelona fica a menos de 500 metros de outra obra de Antoni Gaudí: a Casa Milà, localizada no número 92 do Passeig de Gràcia. Uma vez que esta é uma das avenidas centrais de Barcelona, o acesso à Casa Batlló não podia ser mais fácil. Podes chegar de metro (linhas 2, 3 e 4, estação Passeig de Gràcia), de autocarro (linhas H10, V15, 7, 22 e 24) ou de comboio (Renfe, estação Passeig de Gràcia ou FGC, estação Provença).

Horários de Abertura & Preços de Bilhetes

A Casa Batlló está aberta todos os dias do ano, das 09:00 às 20:15, sendo que a última entrada acontece às 19:15. E no monumento, é possível passear pelo andar nobre, sótão e terraço. A visita tem uma duração aproximada de 1h-1h30, mas podes demorar o tempo que quiseres.

No que diz respeito aos bilhetes, existem quatro tipos:

  • Visita Geral a partir de 35€ (adultos), inclui visita com audioguia, salas imersivas e a opção de escolher outros extras durante o processo de compra
  • Pacote Família 39€ (adulto + criança), inclui visita com audioguia + tablet, e salas imersivas
  • Seja A Primeira Visita45€ (adultos), inclui visita matinal com audioguia, salas imersivas, muito poucos visitantes e a oportunidade para tirar as melhores fotos
  • Noites Mágicas a partir de 59€ (adultos), inclui visita noturna com audioguia, salas imersivas, concertos, e mesa + copo de cava de boas-vindas

Consulta todas as informações sobre os vários tipos de bilhetes no site oficial da Casa Batlló!

O Que Ver na Casa Batlló em Barcelona

Fachada Principal

A Fachada Principal da Casa Batlló em Barcelona é a que está virada para o Passeig de Gràcia. E apesar de ser constituída por três partes distintas, estas integram-se de forma equilibrada, criando uma atmosfera de inspiração marinha, naturalista e fantasiosa.

A primeira das três corresponde ao andar nobre da família Batlló, na qual se destaca uma sacada de arenito de Montjuïc em forma de galeria. Esta é formada por colunas exteriores de pedra que imitam ossos e flores, assim como por grandes janelas de guilhotina que iluminam todo o espaço.

A segunda secção da Fachada da Casa Batlló em Barcelona é marcada pelas oito grades das sacadas, que se assemelham a máscaras ou caveiras. Feitas de ferro fundido, foram depois pintadas de marfim e ouro, para se fundirem melhor com a estética do edifício.

Por último, mas não menos importante: o telhado. Aqui, Antoni Gaudí intensificou as formas onduladas e fluídas do edifício ao criar o que aparenta ser a espinha dorsal de um animal. Muitos acreditam tratar-se de um dragão, por causa da lenda de São Jorge, o padroeiro da Catalunha.

Segundo esta lenda, São Jorge salvou uma princesa e o seu povo ao matar um dragão com a própria espada. Outro destaque do telhado é a cruz de quatro braços que se ergue de uma torre e que a mesma lenda associa à espada do santo.

Sabias que os vários discos de cerâmica e pedaços de vidro colorido espalhados pela Fachada da Casa Batlló em Barcelona foram preparados através de técnicas tradicionais? A partir de barro, esmalte e vidro cozido, Gaudí criou uma textura e harmonia que lembram os quadros impressionistas de Claude Monet (em especial “Nenúfares”)!

Andar Nobre

A visita ao Andar Nobre da Casa Batlló em Barcelona começa no hall de entrada privado da família, que faz lembrar uma gruta submarina. Além disso, o corrimão da escadaria de madeira de carvalho foi esculpido de forma a imitar as vértebras de um animal gigante!

Hall de Entrada
Escritório de Josep Batlló

Uma vez no apartamento propriamente dito, é fácil perceber as suas dimensões monumentais: afinal, são mais de 700 m² de espaço! É possível visitar várias divisões, como por exemplo o vestíbulo, a sala principal, sala de almoço, sala de costura ou o escritório de Josep Batlló, com uma lareira em forma de cogumelo.

Sala Principal (ou Sala de Estar)

No Andar Nobre da Casa Batlló em Barcelona, o arquiteto prestou especial atenção à iluminação e ventilação de todos os espaços. Para isso, Antoni Gaudí projetou paredes e tetos com formas invulgares, como o famoso teto em redemoinho da sala principal.

Sala de Almoço (ou Sala de Jantar)

Por fim, é importante salientar que Gaudí também desenhou a capela particular da família Batlló, bem como todo o mobiliário da casa. As mesas, cadeiras, poltronas e candeeiros que encontras durante a visita – além das janelas, portas, maçanetas, puxadores, etc. – são da sua autoria!

Pátio de Luzes

Os pátios interiores do antigo edifício foram também modificados por Antoni Gaudí, que começou por ampliá-los de modo a facilitar a circulação de ar e luz natural. Assim sendo, foi construída uma grande claraboia que ilumina todos os pisos. No entanto, a ideia mais genial do arquiteto para o Pátio de Luzes foi a gradação de cores nas paredes para criar uma espécie de jogo cromático.

No topo, ele usa azulejos em azul-cobalto, cuja cor vai perdendo intensidade nos pisos inferiores até se tornar branca. A este efeito, Gaudí juntou ainda janelas maiores nos andares inferiores, que decrescem de tamanho nos últimos pisos. E estas primeiras janelas possuem frinchas de madeira, que podem ser abertas ou fechadas para controlar a ventilação.

Todas estas técnicas engenhosas que o mestre catalão incorporou no Pátio de Luzes da Casa Batlló em Barcelona servem o mesmo propósito: garantir uma distribuição uniforme da luz e do ar. No centro deste espaço, encontras o elevador original que Gaudí desenhou e que funciona até aos dias de hoje. Curiosamente, a sua numeração tradicional foi substituída por um sistema de letras de A a I, por isso repara na grafia especial da letra G!

Jardim Interior

Antoni Gaudí também decidiu reformar a Fachada Traseira da Casa Batlló em Barcelona e adicionou-lhe sacadas onduladas e com gradeamento de ferro. À volta de cada piso, o arquiteto aplicou a técnica de trencadís, que se tornou uma das suas imagens de marca.

Mas estes fragmentos de cerâmica e vidro coloridos são utilizados de forma muito mais extensiva no Jardim Interior, isto é, o terraço do Andar Nobre. Este pátio traseiro – de uso exclusivo da família Batlló – era facilmente acedido através da sua sala de jantar.

Aqui, podes admirar os vários vasos de plantas e canteiros de flores, decorados com os mesmos discos de cerâmica da Fachada Principal e motivos de trencadís. E no fundo, um muro de formas sinuosas e com vasos embutidos (que lembram um jardim suspenso) confere mais privacidade ao terraço.

Sótão

O Sótão da Casa Batlló em Barcelona foi criado à volta do Pátio de Luzes e servia simultaneamente de lavandaria e área de armazenamento para os inquilinos dos vários apartamentos. Construído aplicando formas simples, influências mediterrâneas (pela utilização do branco), excelente ventilação e iluminação natural, é a combinação perfeita de estética com funcionalidade.

Considerado um dos espaços mais insólitos do edifício, este andar incorpora uma série de sessenta arcos catenários, que Gaudí viria a replicar no Sótão da Casa Milà. Mais uma vez, muita gente interpreta estes arcos como sendo a caixa torácica de um animal. Aliás, a divisão que se encontra voltada para a Fachada Principal foi mesmo apelidada de “Ventre do Dragão”!

Terraço

O Terraço da Casa Batlló em Barcelona é aquilo que em Espanha se chama de Azotea, ou seja, um “telhado plano”. Aqui, é possível admirar de perto a cruz que faz parte da Fachada Principal e perceber alguns pormenores da mesma. Por exemplo, a cruz está apoiada numa base de cerâmica bulbosa, quase como se fosse uma cúpula. E na torre que a sustenta, Gaudí incluiu os monogramas da Sagrada Família: José (JHP), Maria (M) e Jesus (JHS).

Desta mesma perspetiva, também é mais fácil observar as telhas que compõem o pequeno telhado, na secção superior da Fachada Principal. Dispostas em degradê, foram a grande contribuição de Josep Maria Jujol e Joan Rubió i Bellver e fazem lembrar as escamas do dragão.

No total, o Terraço da Casa Batlló em Barcelona possui 36 chaminés distribuídas em quatro grupos, com mais de seis metros de altura. E estas chaminés estão decoradas com pedaços de cerâmica e vidro coloridos, formando vários padrões. Os seus formatos incomuns foram uma escolha funcional para favorecer a circulação do ar.

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