A Basílica do Sacré-Coeur (em francês, Basilique du Sacré-Cœur) é um dos monumentos mais visitados de Paris, com mais de 11 milhões de visitantes anuais. Localizada no bairro de Montmartre, esta basílica em mármore travertino foi projetada por Paul Abadie e a sua construção decorreu entre 1875 e 1914.
Mas sabias que o templo católico simboliza uma penitência nacional, em resposta à derrota da França na Guerra Franco-Prussiana? Os franceses acreditavam que os infortúnios decorrentes no conflito tinham causas espirituais e concluíram que só uma obra megalómana como esta poderia salvar o país!
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Breve História da Basílica do Sacré-Coeur
Poucas pessoas sabem isto, mas a Basílica do Sagrado Coração é a realização de uma promessa feita por Alexandre Legentil e Hubert Rohault de Fleury em 1870! Isto porque nesse ano, despoletou um conflito entre o Império Francês e o Reino da Prússia (atual Alemanha), que terminou com uma pesada derrota para a França.
Ora, estes dois homens acreditavam piamente que esta tragédia tinha sido um “castigo divino”, não pela falta de organização militar ou pela má gestão política, mas sim por sucessivos pecados e ofensas a Deus. Então, juraram erguer uma igreja dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, como forma de arrependimento.

Em 1872, o Cardeal e Arcebispo de Paris Joseph-Hippolyte Guibert aprovou este “Voto Nacional” e escolheu o topo da colina de Montmartre – o ponto mais alto da capital francesa – para construir o templo. Naquela altura, Montmartre era considerado um local sagrado, pois tinha sido palco dos primeiros martírios, no século III.
Depois do arquiteto Paul Abadie ter ganho o concurso para desenhar o monumento, as obras começaram a 16 de junho de 1875 e prolongaram-se durante quatro décadas, sempre financiadas por doações. No entanto, a Consagração da Basílica aconteceu apenas a 16 de outubro de 1919, por causa da Primeira Guerra Mundial.
Como Chegar à Basílica do Sacré-Coeur
Existem diversas formas de chegar à Basílica do Sacré-Coeur desde as zonas centrais e turísticas e de Paris, mas as duas mais simples, baratas e práticas envolvem uma combinação de uma viagem de metro com uma pequena caminhada – ou escalada.
Em primeiro lugar, a estação Anvers (na linha 2) fica a cerca de 500 metros do Sacré-Coeur, embora implique subir os mais de 200 degraus da Place Louise-Michel. Se preferires, podes optar pelo Funicular de Montmartre, cuja entrada fica no lado esquerdo da praça. O bilhete para esta subida/descida é o mesmo que o do metro.
A segunda alternativa é sair na estação Abbesses (na linha 12) e percorrer aproximadamente 550 metros até à basílica. E quando chegares à Place Saint-Pierre, só tens de decidir entre o funicular e os degraus, como na primeira opção.
Horários de Abertura & Preços de Bilhetes
A Basílica do Sacré-Coeur está aberta todos os dias (para visitas e/ou oração), das 06:30 às 22:30. Como a entrada gratuita, é provável que encontres filas de espera ou muitos aglomerados de pessoas, visto que o templo é visitado por milhões de turistas e peregrinos todos os anos.
Uma das caraterísticas mais fascinantes do Sacré-Coeur é o facto de ter uma “adoração perpétua” diante do Santíssimo Sacramento, que começou em 1885 e continua até hoje de forma ininterrupta! Contudo, apenas as pessoas inscritas para a adoração noturna podem frequentar a basílica depois das 23:00.
O Que Ver na Basílica do Sacré-Coeur
Fachada
Para a construção desta basílica, Paul Abadie inspirou-se em dois monumentos icónicos: a Basílica de São Marcos em Veneza (em Itália) e a Agia Sophia em Istambul (na Turquia). Portanto, a arquitetura do Sacré-Coeur é uma mistura destes dois edifícios religiosos: o chamado estilo romano-bizantino.
Apesar destas fortes influências estrangeiras, a Basílica do Sacré-Coeur apresenta uma série de elementos nacionalistas, a começar pela fachada. Por exemplo, as duas estátuas equestres em bronze criadas por Hippolyte Lefèbvre em 1927, representam dois importantes santos franceses: São Luís e Santa Joana d’Arc.

No frontão, podes admirar dois baixos-relevos: um de Maria Madalena aos pés de Jesus (de Léon Fagel e Louis Noël) e outro de Cristo e a Samaritana (de André d’Houdain). Ao centro, há ainda uma imagem do Sacré-Coeur, acompanhada por uma galinha e um pelicano em alto-relevo, símbolos do afeto de Deus.
Na entrada, o peristilo de três arcos é marcado por três magníficas portas de bronze (realizadas por Lefèbvre e que retratam cenas bíblicas relacionadas com o Sagrado Coração de Jesus. Os tímpanos que coroam cada uma delas descrevem episódios semelhantes, mas são da autoria de Léon Fagel.
Nave & Coro
A Basílica do Sacré-Coeur tem umas dimensões impressionantes: o Domo tem uma altura de 83 metros e o Campanário atinge os 84 metros!
Acrescentando a elevação de Montmartre e o facto do templo assentar numa fundação de 83 pilares enterrados a 33 metros de profundidade, é fácil de perceber porque é o Sacré-Coeur é o segundo edifício mais alto de Paris – depois da Torre Eiffel!

Dito isto, vais certamente precisar de uns minutos para te habituares à grandiosidade do seu interior. Por isso, começa por te sentar num dos bancos da Nave e admirar a grande cúpula que inunda o espaço de luz, com os seus 16 metros de diâmetro.
De seguida, repara no Altar-Mor e na estrutura ricamente decorada do Santíssimo Sacramento, o “coração” do templo. Não é deslumbrante?
Esta zona da Abside é rodeada pelos assentos do Coro e por uma obra-prima que cobre a abóbada: o mosaico de “Cristo em Glória”. Concebido por três pintores (Luc-Olivier Merson, Henri-Marcel Magne e René Martin), é o maior mosaico de França e um dos maiores do mundo com uma superfície de 475 m2!
Capela da Santa Virgem
O Deambulatório da Sacré-Coeur é constituído por sete capelas: três do lado esquerdo (Capela de Santa Úrsula, Capela de Santo Inácio de Loyola e Capela de São Lucas), três do lado direito (Capela de São José, Capela de São João Batista e Capela de São Francisco de Assis) e uma última mesmo detrás do Altar-Mor: a Capela da Santa Virgem.

A mais bela destas sete capelas tem o seu próprio Domo, datado de 1907 e criado por Henri-Marcel Magne. Tanto este mosaico como os das várias Virgens que decoram as paredes têm fundos dourados, uma clara inspiração bizantina.
Outra caraterística que distingue a Capela da Santa Virgem das restantes seis é o facto de ter uma planta quadrangular – enquanto as outras são circulares.
Parvis du Sacré-Coeur
O Parvis du Sacré-Coeur é o adro em frente à basílica, que podes explorar antes e/ou depois de entrares no monumento. E se o visitares num dia com céu limpo, aproveita as vistas panorâmicas para detetar alguns dos edifícios mais icónicos de Paris, no horizonte. Eis alguns deles, da esquerda para a direita:
- Gare du Nord | Gare do Norte
- Centre Georges Pompidou | Centro Georges Pompidou
- Cathédrale Notre-Dame de Paris | Catedral Notre Dame de Paris
- Sainte-Chapelle de Paris | Santa Capela de Paris
- Musée du Louvre | Museu do Louvre
- Tour Montparnasse | Torre Montparnasse
- Musée d’Orsay | Museu de Orsay
- Palais Garnier (ou Opéra Garnier) | Palácio Garnier (ou Ópera Garnier)
- Tour Eiffel | Torre Eiffel
- Arc de Triomphe | Arco do Triunfo

Antes de ires embora, dá uma volta completa ao Sacré-Coeur para admirares outras perspetivas menos conhecidas do templo. Além disso, é precisamente nas traseiras da basílica que se situa o Campanário, uma torre com cinco sinos desenhada pelo arquiteto Lucien Magne e incorporada no monumento em 1904.
O sino mais antigo da Campanile du Sacré-Coeur é o seu bordão, que pesa 19 toneladas e é o maior sino de França! Os parisienses apelidaram-no de Savoyarde, porque foi oferecido pelo departamento francês de Savoie (ou Saboia). Os outros quatro são bem mais pequenos e foram transferidos de outra igreja em 1969.
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